capítulo 30

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Assim que Hyunjin saiu do hospital, mandou uma mensagem para atualizar Minho. Contou para ele tudo o que havia sido falado e o mais velho perguntou se ele podia ajudar em alguma coisa, o mais novo apenas negou e disse que iria ir logo para casa, disse que precisava tomar um banho e dormir.  Minho apenas aceitou, disse que tentaria sair mais cedo do trabalho e que ficaria ao lado de Hyunjin.

Minho não sabia como agir, estava de mãos atadas, queria ajudar o namorado, mas não sabia como. Mandou mensagem para os amigos e acabou falando tudo o que queria.

O casal prestou todo seu apoio e aconselhou o mais velho, dizendo que era para servir de apoio e ajudar no que Hyunjin pedisse, tendo isso em mente, Minho continuou fazendo o de sempre. Iria estar ao lado de Hyunjin!

***

Hyunjin despertou lentamente, sentindo uma pontada de fome aguda em sua barriga. Embora tentasse mergulhar de volta no sono, sua necessidade de comida o impediu. Ele esfregou os olhos para dissipar o torpor do sono, involuntariamente deixando escapar um bocejo sonoro. Com um suspiro, pegou o celular para verificar a hora e foi surpreendido ao ver que já passava das 11 da manhã. Um calafrio de preocupação percorreu sua espinha ao perceber que havia quase um dia inteiro desde sua última refeição.

Ao tentar se levantar, Hyunjin sentiu um calor reconfortante em sua cintura, e ao olhar para o lado, viu Minho adormecido ao seu lado. O coração de Hyunjin acelerou enquanto tentava entender a cena diante dele. A confusão aumentou quando Minho começou a despertar, revelando um leve sorriso sonolento enquanto seus olhos se abriam lentamente para encarar Hyunjin.

— Bom dia, amor — Minho falou ainda sonolento, puxou o mais novo para si e ficou ainda um tempo daquele jeito, abraçado ao mais novo.

— Bom dia, vida! Você não vai trabalhar hoje? Já são 11hrs — Hyunjin perguntou se virando para o mais velho e deixou uma carícia nos fios do namorado.

— Hoje não, tirei o dia de folga para ficar com você e para irmos ao hospital juntos — Minho murmurou com ternura, seus olhos refletindo uma determinação gentil enquanto ele observava Hyunjin.

— Besteira, Minho. Você não deveria faltar ao trabalho por minha causa. — Hyunjin protestou, levantando-se da cama e dirigindo-se à janela para deixar entrar um pouco de ar fresco.

— Não se preocupe com isso, Hyune. Eu quero estar aqui com você — Minho insistiu, aproximando-se e envolvendo Hyunjin em um abraço reconfortante. Ele plantou um beijo suave no canto da boca de Hyunjin antes de se afastar para se sentar na cama. — Vou verificar o que temos para o almoço e, em seguida, iremos ao hospital juntos. — Ele sorriu gentilmente para Hyunjin antes de se levantar para começar o dia.

Hyunjin apenas concordou em silêncio enquanto observava Minho se encaminhar para o banheiro. Ele se afundou na poltrona perto da janela, deixando-se envolver pelo suave balanço das cortinas ao vento.

Enquanto estava ali, perdido em seus pensamentos, Hyunjin mergulhou nas lembranças de sua mãe. Cada momento feliz e cada abraço caloroso inundava sua mente, trazendo consigo uma mistura de alegria e tristeza. Recordou-se dos dias ensolarados no parque, das risadas compartilhadas e das histórias contadas ao cair da noite.

No entanto, mesmo enquanto tentava se agarrar a essas memórias felizes, sua mente teimosamente retornava à imagem dolorosa de sua mãe deitada em uma cama de hospital. As lágrimas começaram a brotar de seus olhos, silenciosamente, como uma expressão de sua dor interior.

Tão imerso estava em sua melancolia que mal percebeu a presença reconfortante de Minho até sentir sua mão gentilmente secando suas lágrimas. Erguendo os olhos, encontrou o olhar amoroso de seu parceiro, que estava ali para compartilhar o peso de suas preocupações e oferecer conforto em meio à sua tristeza silenciosa.

— Vamos almoçar, a comida está pronta — Minho falou com a voz baixa, tentando trazer um pouco de normalidade ao momento.

— Já está pronta? Que rápido — Hyunjin tentou soar animado, mas sua voz denunciava a tristeza que o consumia.

— Sobrou comida de ontem, então eu só esquentei — explicou Minho enquanto segurava a mão do namorado e o conduzia até a cozinha. — Ainda tem brownie para você.

— Obrigado — Hyunjin respondeu brevemente, sem ânimo para prolongar a conversa. Sua mente ainda estava mergulhada nas lembranças dolorosas, tornando difícil encontrar conforto mesmo nas pequenas gentilezas de Minho.

Minho percebeu a falta de entusiasmo de Hyunjin e sentiu um aperto no coração ao testemunhar a dor do parceiro. Ele o abraçou gentilmente enquanto caminhavam até a mesa, desejando poder aliviar de alguma forma o fardo que Hyunjin carregava.

Sentados à mesa, o silêncio pairava no ar, interrompido apenas pelo ocasional som dos talheres contra os pratos. Minho observava Hyunjin com preocupação enquanto ele brincava com a comida, parecendo perdido em pensamentos sombrios.

Quando terminaram o almoço, Minho serviu uma porção generosa de brownie para Hyunjin, tentando oferecer um pouco de conforto através do doce. Hyunjin aceitou o gesto com um simples agradecimento, mas sua expressão permanecia sombria.

Após a refeição, Minho sugeriu suavemente que eles se preparassem para ir ao hospital. Hyunjin concordou em silêncio.

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