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#TACERAM

– Puta que pariu! Que demora viu. – Diz o amapaense assim que vê o carioca entrando no carro.

– Esqueci geral mano, bebi demais ontem. –Fala se acomodando no acento da frente do carro. – E aí Matin? –  Cumprimenta o amigo que está no banco de trás, que só murmura um "Oi". – E aí? Como vai ser isso? – Pergunta para o Amapá, que estava ligando o carro para seguir viagem.

– Vamos ir pra um matagal encontrar o mano lá, mas relaxem, lá é um pouco movimentado e fica perto da casa da minha tia fica uns 150 kilometros daqui. – Responde enquanto dirige.

– Porra Amapá! Se não tem medo de morrer não?? – Mato-Grosso pergunta incrédulo ao ver como o Amapá fica calmo com a situação. – E se esse "mano" aí achar alguma coisa estranha e fuzilar a gente todinho? –

– Então! – Rio concorda com o Matin.

– Puta que pariu! Vocês acham mesmo que eu não estou com o cu na mão? Se eles acharem alguma coisa estranha a gente tá ferrado. – Responde o Amapá. – Mas, nós já estamos no meio do caminho, então, não tem como voltar atrás. – Explica, e assim os dois se deem por vencido em seguir em frente.

– Como você sabe quem vende essas coisas? – Pergunta o fluminense.

– Na época do terceirão eu era um delinquente, o que a galera pedia pra mim eu dava, armas, drogas e outras coisas, em troca de dinheiro. Ai eu acabava andando com esse tipo e conhecendo pessoas que trabalham com isso. – Responde ainda concentrado no volante.

– Nossa fi, se era poucas ideia' então, e minha mãe ainda reclamava se eu ficar deitado o dia inteiro. –

– Se eles pedissem o seu cu, você dava? – Pergunta Mato Grosso, com um sorriso malicioso no rosto, fazendo o carioca dar risada, e Amapá só fazer uma cara de desgosto.

– O matin fazendo piada? Jesus, rachei muito agora. – Fala o carioca ainda rindo.

– NÃO NÉ! Eu não me prostituía, mas, já me pediram um boquetão'. – Amapá fala respondendo a pergunta do mato-grossense.

– E o que você falou? – Questiona o carioca ainda rindo, assim como o mais velho que estava no banco de trás.

– Eu fiquei em choque, ainda estava no armário, aí ameacei a bater nele, e ele foi embora. –

Assim que termina de falar, eles dão risada do Amapá, o que fez o próprio se perguntar, do por que ainda não abriu a porta do carro, e se jogou do mesmo em movimento? Com isso o caminho seguiu silencioso por alguns minutos.

– Nossa mané', e esse boot aí? – Rio zoa o amapaense assim que vê o sapato do mesmo.

– MEU DEUS,  VOCÊ NÃO DÁ PAZ UM SEGUNDO! – Grita com o carioca, que estava rindo da reação do mesmo.

– Eu vi também! Tive que segurar a risada. – Afirma Mato Grosso, também rindo de Amapá.

– Alpagartas são muito mais confortáveis, tá? – Diz o amapaense.

Enquanto riem, eles ouvem uma risada a mais, o que faz eles pararem de rir, e a outra risada permanecer.

– Que isso? – Pergunta o Amapá.

– Deve ser o moleque que te pediu o boquete. – Responde o carioca, o que fez ele levar um soco do mato-grossense, com isso colocou a mão no braço onde tinha levado o soco e exclamou um "ai".

– Cala boca, porra. – Manda Amapá.
– Vou estacionar pra ver o que tem no porta malas. – Diz, e assim faz, desceu do carro junto com Mato Grosso e Rio.

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⏰ Última atualização: Sep 22 ⏰

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