Divino

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Par:?

Nome: Koa

Idade: 23

Personalidade: Altruísta, um pouco desligado do mundo, mas muito focado no que acredita ser certo e ama

Informação da rota + história: Rota_2 ínicio

Existem três tipos de crentes neste mundo.

Aqueles que oram para si, pedindo boa sorte, sendo em batalha, numa aventura ou noutras conquistas. Existem os que oram pelos outros, ajuda a um ente querido, o fim da guerra, que alguém nasça saudável. Tem ainda alguns casos que são um misto, oram para o bem comum, pedem que chova em tempos de seca, pedem para a segurança de si e do seu povo, e rezam que a abundância lhes chegue. Contudo, há um engano. Existe ainda em casos raros, aqueles que apenas pedem pelo bem do seu Deus que já lhes ajudou muito e não deve ser esquecido.

Esse era o caso de Koa, num reino onde a abundância já vinha de gerações, já ninguém acreditava nos deuses. Saúde não era u problema, seca também não, dinheiro e segurança muito menos. Mas Koa era um órfão, uma criança de fora que tinha sido acolhida naquele mundo quando bebé. Mas por mais que a aquele povo cuidasse dele, o rapaz passava muito do seu tempo quando jovem sozinho. Explorava terrenos antigos, os caminhos que os rios levavam, o modo como os animais caçavam, os sons que a floresta gerava e edifícios a cair aos pedaços.

Koa não gostava muito de falar, tinha mutismo seletivo, mas não era ansioso, apenas não era de falar. Sabia ler e escrever como lhe tinha sido ensinado e foi isso que o deixou animado verdadeiramente com algo mundano, não muito, mas lá perto. Os edifícios, das cidades antigas, não tinham nada demais, mas um em específico era um templo ainda bem preservado. Falava de como a divindade tinha ajudado aquele povo, como aquele templo (uma porta entre os dois mundos) devia ser guardada e protegida. Koa era pequeno e embora não soubesse o nome do seu deus, nem do que era (visto que as escrituras estavam muitas ilegíveis) achou piada ao seu povo ainda ser abençoado com tanta fortuna, mesmo o templo estando naquele estado. A criança, assim, achou aquele deus amável e compassivo, sentindo que precisava de seguir os seus paços.

O templo, junto á cidade em ruinas ficava a duas horas de onde era o seu povo e como "caçador" autônomo, isto é, sem supervisor, podia perfeitamente sair de manhã, tratar do templo por umas boas 5 horas, ir caçar para uns  5 ou 6 membros da sua gente e a coisa estava feita. Também dependia se iria caçar animais mais pequenos ou de maior porte. De todo modo, só necessitava de estar com a sua gente de sol nascer a sol pôr, sendo que era alguém a quem os outros podiam facilmente confiar, uma vez que conhecia maior parte de todas as fronteiras da zona e para lá delas.

Então, a sua infância foi assim, tratar do templo daquele Deus desconhecido, talvez fosse burrice, talvez ele não existisse ou sequer se lembrasse daquele povo, mas pelas gerações futuras á que ele ajudou permanecia agradecido. Algo cego mesmo, estranho era quando não se apercebia de possíveis pretendentes da sua terra cegas de amor por si. Nunca se interessou numa família, pensava que ser uma espécie de monge religioso, traria mais segurança ao seu povo.

Mas Koa não teve como saber se estava certo ou não, visto que durante uma das suas orações, levou uma flechada desconhecida. O seu corpo rapidamente ficou gélido e antes de conseguir virar o seu rosto para ver quem era, já a sua visão se fazia turva. Pediu então, uma última vez, a quem quer que fosse, que tirassem o seu sangue do templo e respeitassem o mesmo com orgulho.

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A vida devia ter acabado ali, o seu coração foi destrocado, juntamente com um dos seus pulmões, isto se não tivera o seu corpo sido mais profanado. Mas, não, estava ali.

Ali? Ali aonde, o lugar onde se apresentava era diferente de tudo o que tinha visto, sendo só possível numa realidade distinta, num reino divino diria, mas ainda não sabia o que estava ali a fazer. Seria julgado por algum crime? Algum erro dos seus antecessores? Será que o templo e cidade que tratava tinham sido proibidos á humanidade? Koa estava demasiado perdido em si. Mas e se aquele fosse território inimigo e um xamã com poderes curativos dele o tivesse tratado e novamente estivesse a ser julgado por estar em território individuo.

Koa não tirava os olhos do chão, demasiado preocupado com possibilidades idiotas.



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