Uma Aliança Inesperada

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Porto Real

"O senhor não deveria o encorajar a esse tipo de luta selvagem!" – Alicent disse, sua voz era feroz.

"Você precisa aprender a confiar mais no seu filho. Foi para isso que ele foi treinado, ele é um guerreiro." – Otto contestou.

"Você está o usando para se manter no poder, assim como fez comigo. Eu não vou permitir isso." – Alicent bateu o pé.

"Eu estou mantendo nossa casa de pé. O que acha que Rhaenyra fará se Aegon ainda estiver vivo, ou for coroado. Lucerys é o filho preciso dela. Além disso, eu confio em Aemond para que ele não machuque o garoto." – Otto esclareceu.

A sala ainda está tensa, as cortinas esvoaçam com a brisa que entra pelas janelas altas da fortaleza vermelha. Alicent, vestida em sedas verdes que refletem a luz do sol poente, encara seu pai com uma determinação férrea nos olhos.

"Não, pai," ela diz, sua voz um sussurro que carrega o peso de uma tempestade. "Não posso permitir que Aemond seja jogado em um jogo tão perigoso. Um julgamento dos sete? É uma sentença de morte!"

Otto Hightower, o lorde mão, ergue-se de sua cadeira, as mãos apoiadas firmemente na mesa de carvalho.

"Você está sendo tola, Alicent," ele responde, sua voz é um rugido que parece sacudir as próprias pedras do castelo. "É assim que o poder é mantido, é assim que as alianças são forjadas!"

Alicent dá um passo à frente, desafiadora. "E se perdermos Aemond? E se o preço for a vida de meu filho?" Ela balança a cabeça, os cachos balançando com o movimento. "Não, eu não aceitarei isso. Não posso."

Otto olha para ela, seus olhos são como dois pedaços de gelo. "Você está sendo tola novamente, Alicent. Mulheres não devem dar opinião em assuntos de homens." – Otto diz, com sua voz suave.

Alicent se mantém firme, a luz do sol agora é uma aura dourada ao seu redor. "Meu lugar é ao lado de meu filho, protegendo-o, mesmo que de você, pai." – Alicent contesta, sua voz cheia de emoção.

A discussão entre eles é um duelo de vontades, uma batalha entre o antigo e o novo, entre o poder e a proteção. Alicent Hightower, com a força de uma mãe e a coragem de uma rainha, está pronta para mudar o destino de sua família, custe o que custar. Mas Otto Hightower é como uma praga que cresceu nas paredes da Fortaleza Vermelha. Ele sabe que não vai tranquilizar sua filha, a não ser que dê algo para que ela se acalme.

"Embora eu tenha mais fé em seu filho do que você, eu irei garantir que ele não morra. Você deve ficar tranquila quanto a isso. Nós temos aliados fortes, e eu tenho um plano para garantir que não apenas Aemond vença, como também que Aegon prevaleça no final. Aegon sentará no trono, até o final desse ano." – Otto Hightower revela.

Alicent olha seu pai com apreensão.

"Você não tem como garantir que Aemond vença a luta." – Alicent disse, sua voz soava insegura.

"Eu estou e irei. – Otto se levantou de seu lugar, se aproximando de sua filha. Ajeitou seu cabelo, e colocou a mecha de seu cabelo por trás de sua orelha. – Volte para os seus aposentos. Vista-se adequadamente, e fique bela. Apoie os homens da sua família, como sempre foi e como sempre será. Deixe que seu pai fará tudo." – Diz Otto, olhando nos olhos de Alicent.

Derivamarca

"Quando o papai e Luke voltam?" – Joffrey perguntou para Daemon, assim que eles aterrissaram em Derivamarca.

Daemon levantou seu rosto do pergaminho que estava lendo e então olhou para o seu enteado.

"Eu não sei." – Daemon respondeu.

O Príncipe ExiladoOnde histórias criam vida. Descubra agora