A luz suave do amanhecer se espalhava pelos aposentos reais, dando um brilho que elucidava a poeira que contrastava com o brilho dourado e tranquilo do sol. Eu hesitei na soleira da porta, observando meu avô, o Rei Viserys, que parecia mais vigoroso do que nos dias anteriores. Seus olhos estavam mais claros e coesos, e ele mastigava algo sólido, um sinal promissor de recuperação.
Em seu colo havia uma bandeja com algumas frutas, pão e o que parecia ser uma sopa ou canja.
"Com licença, Vovô..." - eu disse, minha voz baixa em respeito ao seu momento de comer. - Vim me despedir antes de partir com meu pai."
O rei levantou o olhar para mim, um sorriso fraco, mas genuíno, adornando seu rosto cansado apareceu em seu rosto.
"Lucerys, meu querido neto, sentirei sua falta." - ele falou com uma força que eu não ouvia há tempos.
"Eu também vou sentir a sua, vovó." – Eu o respondi.
"Mas admiro sua coragem e desejo de aprender com seu pai. Ser o Lorde de Derivamarca é um destino nobre. Chegue mais perto." – Ele pediu.
Suas palavras aqueceram meu coração, e eu me aproximei, segurando sua mão com gentileza.
"Obrigado, Vovô. Vou orar todos os dias pela sua saúde e pelo seu contínuo fortalecimento." – Eu disse, soando honesto.
Ele apertou minha mão em resposta, a gratidão brilhando em seus olhos.
"E eu aguardarei ansiosamente seu retorno, Lucerys. Quando você voltar, discutiremos seu futuro e o casamento com um dos príncipes." – Ele disse, e em seus olhos eu vi a promessa dessa frase.
Eu assenti, a promessa de um futuro cheio de responsabilidades e decisões pesando em meus ombros. Mas por agora, a aprovação e a paciência de meu avô eram tudo o que eu precisava para embarcar nesta jornada com esperança e determinação. Talvez seja o meu desejo de ir embora o mais rápido possível, mas eu estava feliz em poder partir. Minha mãe e meu irmão, no entanto, não pareciam tão felizes assim.
Dei um pequeno abraço em meu avô e então partir para os aposentos de minha mãe.
"Você já está pronto para ir embora? Realmente quer se livrar de nós, não é mesmo?" – Disse Jacaerys quando me encontrou no caminho.
"Não diga isso. Eu vou sentir falta de vocês." – Eu disse, soando honesto.
Jacaerys suspirou.
"De que horas vocês irão?" – Jace perguntou.
"Assim que papai chegar de Derivamarca." – Respondi, enquanto entrava nos aposentos da minha mãe.
"Não quis enfrentar o poderoso lorde Corlys ao desistir de casar com o seu neto favorito?" – Jacaerys perguntou, ignorando a presença de Baelon e Daemon nos aposentos de nossa mãe.
Baelon se levantou e saiu dos aposentos assim que Jacaerys e eu entramos.
"Jace." – Rhaenyra repreendeu.
"O que? Era só uma piada. . ." – Jacaerys respondeu na defensiva.
Mamãe revirou os olhos. Daemon apenas ignorou.
"Já sabe para onde vão?" – Jacaerys perguntou.
"Ele mencionou alguns lugares. . . como as terras disputadas e Qohor, mas eu ainda não sei exatamente por onde vamos começar." – Eu o respondi.
"Queria poder ir com vocês." – Jacaerys comentou.
"E por que não vem conosco?" – Eu perguntei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Príncipe Exilado
FantasyApós arrancar o olho do meu tio, eu sabia que nada seria como antes. Eu estava vivendo uma nova tragédia nesse momento. A minha tragédia pessoal. Minha vida mudaria para sempre nesse momento.