36 - Por favor

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Minhas costas batem contra a parede fria do corredor enquanto Cassandra cola seus lábios nos meus, e minha mente desliga em segundos, me deixando inebriada na sensação da sua boca na minha e de suas mãos entrando na minha blusa indo direito até meu peito. Sinto minha pele arrepiar no mesmo instante em que ela me toca, e outra descarga elétrica me percorrer ao passar as minhas mãos sobre seu corpo.

Não sei em que momento nossas roupas foram tiradas, só que ambas estamos apenas com as roupas íntimas. Ainda sem separar o nosso beijo, conduzo Cassandra para dentro do quarto, e sento na cama a puxando para cima de mim, e segundos depois ela me deita tomando o controle da situação.

- Pensei que fossemos apenas amigas. - Sussurra ofegante contra meus lábios.

- No meu país chamamos isso de amizade colorida. - Me encontrava tão ofegante quanto ela, e sequer tento disfarçar. Essa mulher me levava a loucura e todas as minhas células respondiam ao seu toque e provocação.

Mantivemos a provocação silenciosa por um tempo, por pouco tempo, já que não conseguia segurar a vontade de explorar tudo nela.

- Pensei que não quisesse nem isso. - A ruiva sorri, e quase não percebo a ironia em seu tom. Aperto sua cintura com força, e volto a beija-la, dessa vez com mais foracidade e desejo.

Nossas mãos caminham em sincronia até o fecho de nossos sutiãs e em segundos nos livramos das peças, as jogando em qualquer lugar do quarto.
Levo minha mão ao meio das pernas de Cassandra e sua calcinha úmida me faz sorri durante o beijo. Passo o dedo ainda por cima do tecido algumas vezes, e ela ondula levemente o quadril em direção a minha mão.

Uma trilha de beijos molhados é depositada em meu pescoço e sinto uma pontada direto no meio das minhas pernas. Não dou espaço para que ela se empolgue mais do que eu, já que venho sonhando com esse momento a algum tempo, e se não o fizer agora pode ser que perca a coragem e vire uma estrela do mar.

Afasto a calcinha de Cassandra, e começo a estimula-la antes mesmo que possa falar alguma coisa. Os beijos param gradativamente e sua respiração fica mais pesada. O que me atiça ainda mais. Suas mãos me envolvem em um abraço desajeitado e sinto suas unhas cravarem nas minhas costas vez ou outra. Intensifico meus movimentos de acordo com seus gemidos abafados no meu ouvido, suas pernas tremem ao redor do meu corpo e um gemido alto escapa de sua garganta.

Sua mão encontra com a minha, me obrigando a parar e descer até sua entrada completamente encharcada. Demoro dois segundos para atender seu pedido silencioso e deslizo um dedo para dentro de seu corpo. Ela arqueia levemente o corpo, e ouço o momento em que prende a respiração e solta assim que começo a me movimentar, começando um vai e vem levemente arqueado.

Ela solta minha mão pouco tempo depois e a leva até seu clitóris, intensificando seu prazer e os deliciosos gemidos diretamente no meu ouvido. Cassandra acompanhava meus movimentos com o quadril, me fazendo chegar um pouco mais fundo.

- Você pode colocar mais um Bianca, mas se estiver com medo de me machucar, tudo bem. - Sua voz manhosa e carregada de desejo sussurra contra minha boca, provocando reações inexplicáveis dentro da minha calcinha.

Atendo seu pedido, colocando mais um dedo dentro dela e aumentando a velocidade e força em que entrava e saia. Quando estava começando a me cansar, sinto seu corpo tremer, suas unhas cravarem com mais força no meu ombro e sua cabeça deitar no outro, segundos depois minha mão está encharcada e o corpo de Cass mole em cima do meu. Mesmo que ela tenha chegado lá, não paro de imediato, prolongando um pouco mais seu ápice, e aos poucos tiro os meus dedos de seu corpo.

- Desgraçada... - Pragueja me fazendo rir embaixo dela.

- Te dou um orgasmo e você me xinga? - Me finjo de ofendida e posso jurar que ela revirou os olhos.

Com o braço preso entre o meu corpo e o dela e a minha mão ainda no meio de suas pernas, começo a fazer um carinho sutil entre seus lábios, lhe causando pequenos espasmos.

- Isso porque não deixei metade das ofensas que pensei saírem. - Sua respiração estava um pouco mais regulada e talvez eu não tenha gostado tanto assim.

- Acho que você deveria deixa-las saírem então. - Murmuro e beijo a curva de seu pescoço, voltando a deslizar lentamente para dentro de seu corpo, recomeçando movimentos lentos de entre e sai.

Me sinto melhor aqui, definitivamente.

- Bia... - Sinto sua mão segurar a minha, com mais firmeza que a primeira vez, acendendo uma luz vermelha na minha mente. - Para. - Tiro meus dedos quase rápido demais de dentro dela, e levanto com pressa, segurando na base de sua coluna para que ela não caia.

- Fiz alguma coisa? - Deixo meu nervosismo totalmente aparente e ela sorri. Um sorriso fofo e safado ao mesmo tempo.

- Me fez ter um orgasmo maravilhoso. - Me beija com delicadeza e isso me deixa ainda mais confusa.

- E então? - Deixo uma risada nervosa sair.

- Eu não costumo ser tocada duas vezes Bia, principalmente depois de... chegar lá. Normalmente eu sou a que toca várias vezes. - Seu rosto vai ficando vermelho a cada palavra, e nem parece que essa mulher estava gemendo no meu ouvido a dois segundos atrás.

- Entendi... - Volto a minha mão exatamente para onde estava, e movo o meu dedo de cima para baixo em seu ponto sensível. - Então quer dizer que as mulheres que você fode não se importam tanto com o seu prazer como se importam com o delas? - A ruiva arqueia uma sobrancelha e se afasta um pouco com a surpresa.

- Assunto perigoso Bianquinha. - Murmura com certeza dificuldade, e isso me faz sorrir.

- Não é, acabou de me falar que é exatamente isso que acontece. - Coloco a mão em sua nuca, e a puxo para mim, beijando sua boca devagar, enquanto volto a penetra-la e aumento gradativamente a velocidade. Cassandra se afasta violentamente, e abaixa a cabeça segurando um gemido. - Só vou parar de te tocar quando você me implorar por isso, principessa.

- Figlio di puttana.

- Urrum, até que eu gostei disso, sabia?

Mais alguns minutos e Cassandra molha minha mão mais uma vez, com um gemido ainda mais gostoso de se ouvir, e confesso estou me sentindo uma vagabunda do caralho.

- Primeira vez? Certeza? - Indaga abraçada a mim depois de recuperar o fôlego.

- Muitos anos de teoria. - Beijo sua testa, e deito com ela em meus braços. - Inclusive, me sinto muito mais relaxada. - Ela ri e nega com a cabeça.

- Eu nem te fiz gozar ainda.

- Não teria tanta certeza. - Confesso segurando a risada e a vergonha.

- O que? - Sua voz saí aguda com a surpresa.

- Te ver molhar a cama duas vezes me fez sentir... coisas.

- Imagina o que eu não te farei sentir com a minha boca. - Sua voz de safada me causa sensações diferentes.

- Isso me deixou levemente envergonhada.

- "Só vou parar de te tocar quando você me implorar por isso, principessa." Você não parecia envergonhada! - Dou tapa fraco em seu braço e acabo rindo, mesmo que tenha piorado o meu estado de vergonha.

- E você não implorou, o que significa... - Passo a mão levemente em seu coxa, trilhando meu novo caminho preferido.

- Por favor, me deixe te fazer gozar também, principessa.

Criminal LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora