Capítulo 8

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Acordes sob a tempestade

Já se passavam das dez horas da noite quando Mina criou coragem para ir ao Gato Cerveja, que como sempre, estava aberto para receber a todos

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Já se passavam das dez horas da noite quando Mina criou coragem para ir ao Gato Cerveja, que como sempre, estava aberto para receber a todos. Seja para tomar uma simples cerveja, fofocar a respeito da vida alheia ou desabafar com o Barmen sobre sua vida amorosa e conjugal.

A fachada era simples, de tijolos à mostra. E quando se entrava pelas portas dava de cara com três mesas de sinuca de madeira robusta, e mesas rústicas espalhadas cuidadosamente. Próximo às paredes haviam bancos de alvenaria com almofadas, no teto algumas luminárias foram feitas no formato de garrafas de whisky. E mais a frente estava um balcão imenso de madeira envernizada onde tinha duas mulheres vestidas com blusa de botão branca com gravata vermelha, uma delas chamava atenção, ela limpava a coqueteleira enquanto seu cabelo tricolor estava preso em um rabo de cavalo alto, deixando evidente suas orelhas pontudas.

Enquanto andava em direção de Keitlin, a caçadora observou que em todas as mesas haviam cópias com a foto de Kieran e em cima do balcão havia uma pilha delas em um canto. Haviam poucos clientes naquele horário, um cochilava próximo a mesa de sinuca e outro estava abraçado com uma garrafa de whisky em uma das mesas. Logo logo a Seelie dispensaria a última funcionária e tiraria os clientes bêbados à força. Várias vezes ela foi uma daqueles clientes. Mina riu com a lembrança de quando foi arremessada para a calçada e levou uma suspensão de três dias por ser tão pesada e dar trabalho para a dona do estabelecimento.

- Já estamos fechando Mina, volte amanhã pois não vou te dar nenhuma cerveja. - disse ríspida. - Estou cansada e tenho que tirar esses dois palermas daqui.

- Precisamos conversar. - respondeu, recebendo um olhar curioso da bartender. - É importante.

- Vera, pode ir para casa, eu termino as coisas por aqui. - disse se virando para a outra mulher que estava varrendo o chão.

- Você tem certeza?

- Absoluta, vá para casa e dê um jeito de descansar. Tire o dia de folga amanhã. - respondeu enquanto sorria. - Aproveite.

E então, quando sua funcionária saiu ela se virou para Mina com um olhar raivoso.

- Faça alguma coisa útil e termine de varrer, vou tirar esses panacas do meu bar.

Ela caminhou em direção à mesa de sinuca, retirando um dos tacos do suporte e então simplesmente o acertou com força na mesa, quebrando-o ao meio fazendo com que o velho ali perto acordasse.

- Sinto muito, senhor John. Mas você passou do toque de recolher, nas quintas fechamos mais cedo e eu não tenho paciência com pessoas que não respeitam as regras da casa. - não precisou de muito para que o velho de cabeça desprovida de cabelos saísse.

E então ela foi em direção do homem musculoso abraçado com uma garrafa de whisky enquanto fazia juras de amor.

- Isso é deprimente Ferb, mas mesmo assim preciso que vá embora.

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