Cap. 2

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- Verdugos? - Sofie fala, balançando a cabeça.

- Doido não é? - Alby fala sorrindo. - Mas é isso.

Alby explicou tudo para Sofie e Teresa, as duas em total silêncio enquanto aguardava ele falar cada coisa desde o dia que chegou.

- Temos tarefas aqui, - Alby fala. - Chuck vai lhe mostrar sua tarefa, - Alby se aproxima de Teresa e a guia até Chuck.

Ele era o mais novo de idade, era claro, e Alby queria que ele levasse Teresa, ja que ela ainda parecia desconfiada.

- E ela? - Teresa pergunta, olhando Sofie.

Sofie ergue uma sobrancelha, não entendendo o interesse de Teresa sobre o que ela ia ou não fazer.

- Tenho algo para Sofie. - Alby diz somente.

Teresa não respondeu, seguindo Chuck.

- Que curiosa. - Sofie fala mais para si. - Então, no que eu seria útil?

- Quero que conheça uma pessoa. - Alby diz e ela o segue.

Eles ja estavam no meio da clareia quando Sofie avistou um garoto, que estava se alongando.

- Minho.- Alby fala sorrindo, ao se aproximar cada vez mais perto.

Minho era um pouco mais alto que Alby, os cabelos preto curto, era musculoso também.

- Olá. - Sofie o cumprimenta.

Ela estende a mão pra Minho e ele estica sua mão também.

- Sofie. - Ela se apresenta.

-Minho. - Ele diz meio vermelho, nunca tendo que falar com uma garota.

- Minho é o líder dos corredores. - Alby fala. - Minho, achei uma parceira pra você, não terá que ir sozinho amanhã.

- Tinha alguém antes? - Sofie pergunta.

Alby deixa o sorriso cair.

- Pego por um verdugo. - Minho responde e olha pra Alby, tentando disfarçar a tristeza por mais um amigo perdido. - Tem certeza?

- Ela é rápida, - Alby responde. - E é boa em escapar. - Ele fala lembrando dos meninos tentando a pegar. - Vou deixa-los sozinhos para conversarem. - Alby olha para Minho, o rosto sério.

Um silêncio foi presente por um minuto.

- Você pode dizer "não", - Minho lhe diz. - Sabe, se não quiser se arriscar assim.

Sofie sorri.

- E deixar pra você se divertir sozinho? - Sofie responde. - Não se preocupe, se isso for ajudar a gente de alguma maneira, gostaria de fazer isso. - Minho sorri pra garota ao ouvir aquilo. - Alem do mais, é melhor do que ficar presa.

Minho ri.

- Hoje não iremos ao labirinto, - Minho explica. - Com a perda que tivemos ontem, e com tudo que aconteceu hoje, - Minho diz, olhando Sofie. - Alby me deu o dia de folga, iremos amanhã, assim que abrir.

- Vou ver se um dos meninos tem uma roupa que caiba em mim, que seja melhor para correr então, - Sofie fala pra ele. - Acho que essa calça não aguentaria muito.

Sofie sai por um momento, deixando Minho.

Newt se aproximou enquanto isso, Minho vendo Sofie se afastar.

- Cara, - Newt começa, e Minho se vira pra ele, o notando. - Traga ela viva.

Minho ergueu uma sobrancelha, sugestivo.

- Preocupado? - Minho pergunta malicioso. - Ela chegou hoje.

- Eu sei, - Newt fala, nem ele mesmo sabendo o que estava sentindo. - Mas quero ela viva e bem, aqui, falei com Alby, mas ele estava firme sobre a sua decisão, não entendo e não sei explicar.

Minho ergueu uma sobrancelha de novo.

- Acha que na verdade se conhecem? - Minho pergunta baixo agora, somente para Newt ouvir.

- Não sei, mas ela sabia meu nome, talvez.. - Newt deixa a fala cair.

- Podem ser família. - Minho diz, colocando a mão no queixo. Logo após riu, e antes de terminar a sua frase, ele se afasta. - Não, ela é bonita demais para ser sua parente.

- Puto. - Newt fala, vendo Minho ja longe, mas ainda o ouviu rir.

——————-

Quando a noite chegou, os garotos tinham se preparado para uma festa na fogueira.

Sofie tinha arrumado uma roupa melhor, para correr, e ela já sairia com Minho no outro dia.

Estava sentada ao lado de Alby, quando Gally lhe estendeu um copo.

- O que é isso? - Sofie pergunta, olhando para Alby.

- Não sei, - Alby fala rindo. - Gally que criou.

- Todo mundo bebeu quando chegou. - Gally diz sorrindo.

- Mas você não precisa se não quiser. - Alby fala olhando Sofie.

- Qual é Alby. - Gally fala revirando o olho.

Sofie viu Thomas beber, ao longe, Newt lhe entregando, e riu ao perceber que primeiro, ele fez uma careta, depois, viu começar a passar mal.

- Não pode ser tão ruim. - Sofie fala e bebe um gole grande, Gally a olhando com expectativa, logo após isso, Sofie baixou a mão com cuidado. - Me enganei.. - Ela começa. - Tem gosto de morte.

Gally ri, Alby o acompanhando.

- Olha ai novato, - Gally fala alto. - Sofie é melhor que você.

Thomas olha pra Sofie e se aproxima.
Newt o acompanha, curioso,

- Como não está passando mal com isso? - Ele pergunta, chocado.

- Deve ser por que isso matou minha alma antes de eu ter qualquer reação. - Sofie fala, olhando o copo. - Serio Gally.

Gally bate as mãos, ainda rindo.

- Isso pra mim, é elogio. - Ele fala.

Vários grupinhos estavam ao redor do fogo, Teresa olhava de longe a interação de tudo.

- Deveria experimentar isso. - Sofie fala olhando pra ela. - É uma experiência única.

Sofie não ia com a cara de Teresa, mas ela realmente odiaria deixa-la sozinha, longe, ja que aparentemente, ela não era uma pessoa que falava muito.

Teresa se aproximou.

- Agora to reconsiderando, - Sofie fala a olhando. - Você pode me acusar de te envenenar, pois isso aqui, - Ela levanta o copo. - Tem gosto de veneno.

- Ei, - Gally fala, olhando Sofie. - Não fale assim da minha criação.

Sofie ri, e estende o copo pra Teresa que o pega.

Teresa cheira, o cheiro não era ruim.

Mas quando deu o primeiro gole,  o líquido voltou na mesma hora, todos ao redor se afastando.

Um silêncio constrangedor seguiu, até que Sofie falou.

- Não falei. - Ela diz. - Gosto de morte.

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