Cap. 5

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Sofie apareceu, olhando para os meninos.

- Vocês dois, no mínimo, - Minho fala. - São malucos.

Sofie olha pra Newt, que a encara também.

Sofie riu, se abaixando para ajudar Minho.

- Eu concordo. - Sofie lhe fala, dando de ombros. - Bora voltar meninos.

Sofie não falou sobre algo que ela tinha tirado do verdugo, e estava escondido em meio a uma bolsa improvisada.
Mas quando aquilo começou apitar forte por um caminho que eles não tinha visto, Newt olhou para onde vinha o barulho.

- O que é isso? - Newt fala olhando pra ela.

Sem ser a mão que segurava Minho, Sofie levou a outra para a bolsa, tirando algo que parecia indecifrável para Newt.

- Tirei do verdugo. - Sofie lhe fala, olhando aquilo apitar. - Era uma parte daquilo que parecia ser uma perna.

- Por que? - Newt pergunta.

Sofie demorou meio segundo somente.

Ela pensou se poderia compartilhar as suas suspeitas.

- Acho que estão nos testando. - Sofie fala mais baixo. - Verdugo não é um animal, ele é um robô.. - Sofie fala e olha para aquilo que não parava de apitar. - Isso é coisa de humanos.

Newt e Minho estavam chocados demais para falar algo, nenhum som foi ouvidos deles, até Minho finalmente suspirar.

- O labirinto parou de mudar. - Ele fala somente.

- O que? - Newt pergunta.

- Faz uns meses que a gente anda rondando em círculos. - Minho fala. - Mesmo que ele mude toda noite, já começou a repetir caminhos.

Sofie deu mais um passo pro lado, quando o peso de Minho começou a lhe doer.

Minho se soltou de Sofie, não a querendo incomodar, mas nessa hora, o barulho ficou mais alto.

Minho se segurou em Newt, quando Sofie virou aquilo para o outro lado e o barulho cessou, ela olhou incrédula e voltou para onde estava antes, até que a parte do verdugo começou apitar de novo.

Sofie olhou para os dois garotos, totalmente desacreditada.

- Será que isso.. - Sofie parou a sua frase no meio.

Mas Newt entendeu.

- Se o Verdugo é criação de humanos, - Newt lhe diz. - Talvez ele tenha pra onde voltar quando está de dia.

Sofie concordou com a cabeça.

- Vamos voltar para clareira, - Sofie fala. - Ver como está a perna de Minho e quando ele melhorar.

- Vamos voltar. - Minho completa. - Precisamos avisar Alby também.

Newt não respondeu, só ficou imaginando o que mais existia ali que ele não sabia.

——————-

Alby olhava o mapa, em algo que parecia uma cabana, em meio a clareia.

Pelo que Sofie sabia, ninguém tinha permissão para ir ali.

- É só uma teoria, de qualquer maneira. - Sofie diz, ela olhando o mapa também.

- Pode não só ser uma teoria. - Alby fala. - Se os verdugos são robôs, então..

Sofie tocou no ombro de Alby.

Sofie estava grata, ele nem por um segundo, duvidou da palavra dela, eles estavam presos ali a tanto tempo e ela sabia que tinha chances de ele não acreditar nela.

Mas isso não aconteceu.

Assim que ela contou para ele, Alby chamou ela para ver a cabana.

Minho não tinha fraturado e nem se machucado gravemente, no outro dia ele poderia voltar a correr, tinha somente que ficar em repouso.

Alby mostrou todo o mapa que Minho, e os corredores antigos fizeram.

- Podemos sair daqui, todos. - Alby diz sério, a olhando.

- Sim. - Sofie concorda.

Alby balança a cabeça.

Ele passou tanto tempo ali, tudo o que ele se lembrava e sabia, era o labirinto. Não sabia ao certo nem quanto tempo estava ali, mas Sofie chegou e em 3 a 4 dias, tinha dado uma nova esperança.

- Hoje daremos uma festa, - Alby diz sorrindo. - Amanhã, você e Minho entram e verificam isso, se tudo de certo então..

- Iremos embora logo depois. - Sofie conclui.

Alby concorda com a cabeça.

Os dois nem imaginavam que não seria assim tão fácil.

—————

Sofie riu, até sua barriga doer.

- É serio? - ela pergunta.

- Juro. - Chuck responde rindo da risada da Sofie. - Achei que Thomas ia sair voando.

Sofie colocou a mão na boca, tentando parar de rir.

Chuck tinha lhe contado que assim que os portões abriram de manhã, antes dos três retornarem, Thomas olhava fixo para a entrada do labirinto, assim como os outros garotos, aguardando ansiosos.

Mas Thomas deu alguns passos, simbolizando que queria entrar, quando Gally apareceu e num só golpe, fez Thomas voar para longe da entrada.

Newt balançou a cabeça.

- Vou pegar água. - Chuck diz, se levantando.

Sofie olhou pra Newt, que estava com o pensamento longe.

- Por que? - Ela perguntou pra ele.

Ele olhou pra ela, confuso.

- Você disse que não sabe o por que correu pro labirinto, eu só estava me perguntando se você descobriu.

Você - Newt quis dizer, mas não o disse.

- Com certeza não foi pra ter um momento a sós com Minho. - Newt fala, fazendo Sofie rir mais uma vez.

Uma lembrança passou pela cabeça de Newt.

Sofie o olhava, sorrindo.

- Sempre. - Ela lhe diz.

Newt sentiu seu coração acelerar, as bochechas pegaram fogo, e sentiu como se lhe faltasse ar.

- Newt? - Sofie lhe chama, ao o ver a encarar.

Newt não respondeu, ele viu aquela noite virar um caos quando todos ouviram um barulho alto vindo da floresta na clareia.

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