🥀 - 1.3

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Quando o diretor terminou de parabenizar os formandos, todos bateram palmas gritando de formas variadas enquanto o mais velho ria da empolgação dos alunos, finalizando com um "vocês estão finalmente livres", gerando outra gritaria.

Era difícil parar de sorrir em um momento como aquele.

Sana e Dahyun vieram nos abraçar no momento em que nos encontraram. Começaram a falar coisas desconexas tentando elevar e sobressaltar a voz, mas tudo o que eu conseguia ouvir eram os gritos.


Olhei para Sana. Estava linda como sempre. Olhei para Dahyun. E lembrei de Jennie.

Jennie.

Lembrei de como tive de ser tirada do meio do caminho por não conseguir me mover. Era como se Jennie fosse a própria medusa, me pedrificando inteira só com um olhar.

Jennie.

Lembrei de como ela sorriu para mim quando encontrou meus olhos, como ela riu quando percebeu meu estado, como ela batia palmas animadas apenas para mim.

Jennie.

Inapropriado. Era assim que meu amor por Jennie poderia ser descrito. Precoce. Por ter sido rápido demais com tudo. Errado. Porque ela era professora e eu aluna. Segredo. Ninguém mais sabia.


Tantas palavras, mas nenhuma delas era algo positivo.

E quando a mais velha apareceu ali, tocando o ombro da irmã casula e sorrindo na direção dela, eu travei outra vez. Ela tinha tanto poder sobre mim que se me pedisse para parar de respirar eu o faria sem perceber. Porque estava fazendo aquilo, e ela sequer pediu ou falou algo.

— Eu já volto — avisei, dando as costas para o grupo e andando sem nenhum rumo.

O lugar era grande. Um parque com uma paisagem verde bonita, muitas árvores, um ambiente confortável.

Por isso procurei me esconder na sombra de uma árvore distante do palco e do público, dos estudantes eufóricos, da multidão. Procurei ficar sozinha, e por segundos consegui. Mas fui puxada com força, forçada a andar para mais longe de olhos curiosos, posta contra outra árvore e beijada com fervura.

Fui ao céu e voltei em questão de segundos. Estava tonta. Minhas pernas vacilaram e o ósculo foi rompido quando Jennie decidiu perguntar se eu estava bem. Observou que eu estava e não me esperou responder e confirmar, porque me beijou outra vez.

Ansiosa. Ela estava ansiosa. Feliz. Nervosa. Aliviada. Me segurava como se eu fosse sair correndo dali a qualquer momento, me prendia para não me deixar fugir. E eu fiz o mesmo. Não para fazê-la ter certeza de que eu não fugiria, a segurei para ela não ir a lugar nenhum.

Não deixaria ela fugir outra vez. Nunca mais.

— Por quê?

— Porque você não é mais minha aluna. — Me beijou de novo, prensando os lábios contra os meus com força, enquanto puxava minha cabeça em sua direção. — E agora nossa relação não tem nada a ver com o meu trabalho.

— Que bom. Porque acho que tô apaixonada por você. — Ri, e ela me encarou. Gelei outra vez.

Falei algo de errado? Ela acabaria com tudo? Foi rápido demais?

Mas todas aquelas perguntas, em vez de serem respondidas, foram deixadas de lado, porque ela me beijou mais uma vez, e aquele beijo me passou o recado que ela não conseguiria dar com nenhuma palavra.

Jennie era o meu futuro. E seria meu futuro pelo tempo que pudesse.

Não teve um pedido de namoro, porque não precisávamos daquele título de namoradas, mas Jennie me tratava como se eu fosse o maior tesouro de sua vida. Era como se aquele afastamento tivesse feito tão mal para ela como fez para mim.

Quatro meses depois, eu me mudava para o lar universitário com a ajuda dela e de Rosé, que, por escolha dos pais e dela própria, continuaria morando em casa. Dividiria meu quarto com uma veterana chamada Haerin, que me acolheu bem e me disse para ficar à vontade, acrescentando que agora seríamos boas amigas.

Jennie teve sua crise de ciúmes, mas deixei claro pelo menos oitocentas vezes que nada aconteceria porque era ela quem eu amava.

Dois anos depois, tendo um relacionamento estável e completamente maravilhoso com Jennie Kim, ela me deu um anel, disse que pesquisou muito sobre pedras e joias, e optou por escolher esmeralda, pois representava sentimentos nobres, como o amor e a confiança.

— Jennie, eu te amo — afirmei, um dia, quando fui para a casa dela e nós tentamos fazer alguma receita pegada do google.

— Eu sei. Mas eu te amo mais. — Entrelaçou suas mãos sujas de farinha em meus cabelos antes de se aproximar para me beijar.

Amava ela mais do que qualquer coisa. Estar com Jennie era como estar no céu.

E Jennie era o meu céu.

☆☆☆☆☆

Essa é oficialmente a última fanfic Jenlisa que eu vou fazer, já que não escrevo mais nada do shipp.

Espero que vocês tenham gostado.

Não sei se volto pra postar alguma coisa, então um beijo pra vocês que leram, tchauu!

Não sei se volto pra postar alguma coisa, então um beijo pra vocês que leram, tchauu!

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my teacher - jenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora