Os mapas sempre foram algo bem incerto na verdade, principalmente se você não soubesse os ler.
Ace era alguém bom em navegação, mas havia algumas limitações devido a sua falta de localização atual.
Havia certas incerteza sobre onde estava, mesmo com um logpose de primeira.
Ele coçou a cabeça olhando para o mapa, imerso naquela cartografia que era o básico para todos os navegantes.
Olhou para a entrada naquela cidade. O mundo era imenso, mas as notícias corriam rápido.
A mulher que lhe ofereceu casa e o reviviu avisou para tentar se disfarçar o maximo possivel, a noticia de sua "morte" ainda corria o mundo.
O moreno retirou aquele caderno de couro, aquela mulher avisou para seguir o que estava naquele caderno, pedido para le-lo e tenta ao maximo nao interverir nas coisas, porem, em que coisas?
'Não queremos irritar os deuses'
Foi o que ela apenas respondeu, mesmo nao acreditando em forças maiores, Ace sentiu uma certo temor quando ela disse aquilo, não era um pedido, era uma ordem.
Encapuzado e sentado em um bar, Ace começou a folhear aquelas páginas escritas a mão com muitos detalhes.
Estava impressionado, nunca havia visto algo daquele tipo, era como um livro de profecias.
— Inacreditável – sussurou o Moreno
Era tudo que conseguia dizer diante daquelas páginas.
De repente, ele acaba por se sentir sonolento, parecia que sua narcolepsia nao o havia o abandonado, sendo que a ressurreição havia curado a maioria dos seus males.
A forte sensação de sonolência havia o tomado, logo sentido sua cabeça cair em direção ao balcão, inesperadamente nao sentiu a madeira, mas uma sensação macia e gentil segurando a sua cabeça antes de adormecer completamente.
Logo quando iniciou a pirataria, ele havia encontrado alguém ao qual possuí uma amizade tão forte que nao poderia esquecer.
Lembrou-se daquele naufragou, lembrou que ate encontraram a mera mera no mi naquele dia, com fome, partilharam ela sem saber que era uma fruta do diabo, e assim, Ace ganhou seus poderes sem querer.
Ainda se lembra daqueles cabelos azuis que pareciam o calmo céu diurno sem muito sol. Aqueles olhos púrpura que encarava quando falava algo animadamente.
Aquele velho amigo que fazia algum tempo que não encontrava desde que começou a caçar o barba Negra, maldito homem.
Ainda se lembrou dos momentos antigos que passaram juntos, enquanto lentamente abria seus olhos de forma sonolenta.
Um rosto reconhecido estava o seu lado, ao perceber quem era, deu um pulo de sua cadeira se levando ao lado dela e encarando a pessoa ao seu lado.
— D-deuce? – gaguejo baixo
O azulado se virou em direção a Ace e o olhou meio confuso com um pequeno copo de cachaça.
— Como sabe meu nome? – o perguntou
Ace engoliu a seco e se ajeitou para não parece assustador e puxou mais seu capuz.
— O cartaz... – respondeu tentando mudar a voz
— Ohh... Aquilo – resmungou Deuce olhando para frente com um olhar vazio — Aquilo foi a muito tempo atrás, não acho que continuarei naquele ramo
Ace arregalou os olhos, mas tentou manter a compostura.
— Você vai... Desistir da... Pirataria? – Ace o questionou
Deuce deu um suspiro pesado.
— É um tipo de "profissão" perigosa, de qualquer forma – falou de forma triste brincando com o copo de cachaça na mesa — Posso tentar pelo menos viver por ele – falou baixo
Foi um curto momento de silêncio antes de Ace o pergunta
— Você perdeu alguém por causa dos piratas?
Deuce sorriu em um suspiro e olhou para cima
— Acho que sim, mesmo sendo a escolha dele salvar seu irmão, ainda me lamento por sua morte, era alguém... Especial pra mim – respondeu de forma entristecida
Ace engoliu a seco com aquela resposta e Deuce continuo:
— Nossas aventuras me trouxeram uma vontade boa de viver e também....
Deuce começou a falar muitas coisas e em muitas delas parar para respirar, temendo chorar na presença de um "estranho".
Ace as ouvia com o olhar baixo e em completo silêncio, como uma pintura que ouvia os lamentos de quem a via.
— Você me lembra essa pessoa – falar, ao encarar Ace encapuzado
Ace deu um pequeno pulo de sua cadeira, assustado
— Porque você... Acha isso...? – pergunta Ace
Deuce suspiro e se encostou na cadeira.
— Não sei, é como uma estranha sensação de familiaridade que tive com você, principalmente quando você acabou caindo do nada, me lembrou esse velho amigo – ele riu
Ace riu baixo com ele.
O moreno percebeu que o mesmo continuava como sempre, mesmo estando de luto por sua "morte". Como será que seria a sua reação ao descobrir que aquele amigo não morreu? Ace perguntou para si.
Engolindo a seco, Ace resolveu pergunta:
— Se esse... Amigo... Voltasse a vida... O que você... Faria?
Os olhos de Deuce se arregalaram para aquela pergunta, parecia um absurdo na visão de alguém normal, mas em alguém de luto? Como seria essa reação?
Deuce voltou a olhar ao copo vazio de bebida.
— Acho que daria um soco bem no meio da cara dele primeiro – respondeu Deuce, Ace arregalou os olhos — Depois daria um abraço forte dele e posso acabar chorando no ombro deles por saudades, acho que faria isso
Ace engoliu a seco, ver os sentimentos de algumas pessoas na visão daquela mulher era dolorido, mas ouvir as palavras de cada pessoa que o conheceu, doía tanto quando aquilo.
— Mas os mortos não podem voltar a vida... Certo? – Deuce se pergunto com certeza incerteza
Isso era naturalmente verdade, como ele estava vivo agora? Uma alma que se arrependeu e voltou a vida? O mesmo não sabe.
Os dois continuaram bebendo, até que Deuce acaba por cair no sono.
Ace deslumbrar o rosto de seu amigo querido, antes de sorrir e deixa um certo recado ao lado do adormecido e bêbado Deuce.
Sussurrando em seu ouvido com a voz normal, diz:
— Nunca diga nunca quando ao destino
Antes de sair por aquela porta no entardecer.
Ele não tinha muito tempo, mas ver uma velho amigo naquele momento, era de certa forma... Um alívio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Arrependimentos [One Piece]
FanfictionAce poderia partir sem muitos arrependimentos por ter salvado o seu querido irmãozinho, Luffy, da morte certa na guerra dos Maiorais. Partiu com um sorriso no rosto. Bem, se não fosse pela pessoa na sua frente sentada com um relógio de bolso conferi...