Ace sentia seus pulmões queimarem, cada parte do seu corpo sendo torrada e ao mesmo tempo tentando se juntar novamente.
Como se tivesse sido afogado em um lago de sangue, ele cuspia tudo o que estava em seus pulmões.
Doía respirar.
Doía sentir cada parte do seu corpo se regenerar.
Doía viver.
Ace estava tentando aguentar, era como se tivesse nascido de novo e como se tudo aquilo fosse novo.
Como se tudo aquilo ali não fosse verdade.
Alguém estava o ajudando, ele ouvia passos e vozes, mas não estava totalmente claro para si o que estava acontecendo naquele momento.
Ace sentiu seu corpo ficar fraco novamente, mas agora, ele estava vivo e nao morto.
Shanks, depois de toda aquela confusão, estava perplexo com tudo. O mesmo estava sentado ao lado da maca de Ace.
O ruivo viu acalmaria daquelas três mulheres, como se estivesse totalmente acostumada com aquele tipo de coisa. Ele ainda estava incrédulo com a possibilidade de ver uma pessoa morta reviver.
Havia passado algumas horas, a Angiel entrou na barraca novamente.
- Vai querer ficar até ele acorda? - pergunto
Shanks olhou em silêncio para Ace adormecido e respirando, logo em seguida se levantou.
- Não, só estou muito chocado com isso - respondeu
- É normal, normalmente até aqueles que pedem isso ficam assim - avisou
Shanks deu uma risada leve
- É deve ser - diz antes de caminhar para fora da barraca
Angiel olhou para ele indo e mexeu no bolso para pega.
- Ei Ruivo! - exclamou
Shanks se virou e aquela mulher jogou algo nele e o mesmo pego na mão.
Parecia ser uma nota música, mas não sabia dizer qual seria, ela estava revestida por alguma coisa brilhante e parecia ser comestível. Angiel gritou:
- Você tem uma filha, certo? Em um momento, ela vai recusar ser curada e vai entrar em um coma profundo, use isso no lugar só depois que ela já entrou nesse estado - falou o uso daquele biscoito
Shank apertou aquilo na mão e olhou receoso para ela.
- O que você quer dizer? Na verdade, como você sabe?
- As vezes, vocês nos chamam de profetas do destino
Ace não se lembrava da última vez que sentiu a brisa vinda do leste na encosta de Goa. Era como se ele estivesse sentado mais uma vez naquele lugar, como quanto era menor, e se perguntando o porquê de ter nascido.
Porém, agora, Ace não era mais aquela criança que olhava pensativo para o horizonte finito do céu alaranjado de Goa.
Ace levantou e começou a caminhar para o fim daquele monte.
Todavia, quando mais ele descia, parecia nunca sair daquele lugar, como se ele fosse sugado para algum lugar.
Ele tropeçou, olhou para suas pernas, alguém tipo de tentáculo feito de lodo o puxava para baixo.
Ace fica trêmulo e por mais que tentasse sair dali, ele não conseguia se soltar daquelas coisas feito de lodo. Usava fogo, que esse tal lodo parecia odiar, mas não adiava, ele continuava o perseguir e tentava o levar para algum lugar.
Em um momento ofegante e desesperados, quase sucumbido ao lodo, fechando os olhos, ele ouve uma voz, uma voz extremamente familiar que o faz despertar.
Quando ele olhou ao redor, parecia uma casa próximo do mar, ja que conseguia ouvir o bater das ondas e a maresia pelo ar que conseguia sentir mais uma vez.
Havia caído da cama, olhava tudo como se fosse novo, desconhecido, ja que o último lugar que esteve antes de morrer foi uma prisão.
Ace olhou para as próprias mãos, toco no rosto e no meio onde havia uma ferida cicatrizada.
Novamente vivo, foi isso que ele pensou quando se beslicou e sentiu aquela dor latente por toda a região do seu corpo.
Não havia uma reação exata para o que ele estava sentindo agora.
Tristeza? Felicidade? Raiva? Rancor? Medo?
Ace não sabia descrever aquela estranha sensação que estava sentindo.
A porta do quarto foi aberta e o homem olhou na direção dela e viu aquela figura, a ceifadora, encostada nela.
- Parece que acordou - falou olhando para ele - Pensei que iria sucumbir depois de todo trabalho nesses últimos três dias
- Três dias? Ainda fiquei desacordado por mais três dias? - pergunto Ace tentando se levantar, mas caindo de volta para o Ace
- Exato, deve ter encontrando com o conhecido "Deus da Morte" no processo de sono - afirmou ela o ajudando a volta para cama
- "Deus da Morte"? Não, o que você quer dizer com tudo isso? Ainda estou processando que estou vivo e você ainda me traz mais informações?
Clarisse apenas afirma com a cabeça, antes de explicar básica sobre o dito Deus da Morte que vai começar a perseguir Ace por ele ter saído da linha temporal original com a ajuda dela e que ele deve escapar, etc, e etc.
Ace não sabia como lidar com toda aquela informação vindo a tona na sua mente.
Fugir da morte mesmo estando vivo? Ele ja estava acostumado, mas LITERALMENTE, fugindo dela, isso era algo impensável.
Clarisse explicou que o corpo dele teria que se adptar novamente, isso quer dizer, ele não consegui andar direito.
Decepcionadante, pensou Ace.
Clarisse se levantou, se preparado para ir embora.
- Ah, Aparti de agora, acho que você consegue se virar sozinho, não tem motivos para eu ficar ao seu lado enquanto você procurar as pessoas - respondeu Clarisse saindo do quarto
- Ei, espera...
Não houve tempo para falar, ela simplesmente foi embora da vista de Ace.
Claro, o rapaz sempre esteve sozinho, mas era os primeiros momento do renascimento dele, alguém com ele seria algo legal também.
Ace suspiro e novamente olhou pela janela e viu o mar, logo ali.
Não lembrava a última vez que viu o mar com tamanha beleza, mesmo sendo o mesmo mar em todo lugar do mundo.
Havia muita coisa que Ace deveria fazer, aquela ceifadora havia dito que em algumas semanas ou menos ele poderia andar como antes, avisou que ele ainda tinha sua fruta.
Assim, ele transformou sua mão em chamas, comprovando ser verdade.
Tudo era verdade, por mais que não parecesse ser tal coisa.
Agora, o que fazer? Bem, só havia uma coisa que ele deseja fazer agora e é cumprir o que ele deixou de fazer.
As suas, promessas.
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Arrependimentos [One Piece]
Fiksi PenggemarAce poderia partir sem muitos arrependimentos por ter salvado o seu querido irmãozinho, Luffy, da morte certa na guerra dos Maiorais. Partiu com um sorriso no rosto. Bem, se não fosse pela pessoa na sua frente sentada com um relógio de bolso conferi...