Ela aceitou aquela morte com um sorriso no rosto, salvando seu querido irmãozinho de uma morte iminente pelas mãos daquele almirante.
Mesmo não desejando morrer na frente de seu doce e inocente irmão, as circunstâncias fizeram ser assim.
Sentiu seu corpo desfalecer imediatamente nos braços de Luffy, pode sentir a última chama de calor de seu corpo se esvair com um grande buraco no seu peito. Seus sentidos havia desaparecidos completamente, ele não pertencia a aquele mundo mais.
Mesmo após o seu tempo de vida na terra ter acabado, Ace começou a ouvir o barulho de um relógio, alguém batendo freneticamente o dedo em algo de metal e o pé nas pedras do chão.
Seja quem for essa pessoa, ela fala depois de estalar a língua.
— Mais uma alma arrependida
Ace abre os olhos lentamente com a fala feminina. Ainda parecia se adptar com a estranha luz do lugar, mas olhando ao seu redor, ainda estava no campo de batalha, entretanto, todo o movimento da batalha havia sido parado e congelado no tempo.
A primeira momento, Ace procura Luffy pela multidão congelada, não o encontrando próximo de sim, torcendo para que tenha escapado antes que ele entrasse naquele estranho loop.
— Já acho o que procurava? – a voz feminina fala novamente
Ace encanrou aquela pessoa que ele desconhecia.
A mulher, parecia ser uma jovem garota de mais ou menos 16 anos de idade, estava sentada em uma cadeira de madeira com as pernas cruzadas, vestindo um calção cargo de varios cores de cor marrom, um suspensório marrom e uma camisa branca com listra marrom na manga curta e no colarinho arrendoda, havia um coldre para um revólver branco na lateral esquerda dela. Segurava um relógio de bolso dourado com detalhes em ouro branco. Seus cabelos marrons lisos e muito longos estavam jogados por cima do encosto da cadeira, os olhos âmbar daquela jovem atravessavam as lentes grossas da armação do óculos e encarava os ponteiros do relógio.
— Quem é você? – pergunto Ace com uma voz firme a mulher
— Caçadora de Almas. Mulher do Relógio. Fazedora ou Realizadora de Milagres, tenho muitos nomes – ela fecha o relógio e guarda o relógio num dos bolso da calça e levanta, caminhou para em seguida parar na frente de Ace — Sou Clarisse, a ceifadora que veio atrás de sua alma
Clarisse retirou o revólver branco do coldre rapidamente e apontou para a cabeça de Ace que paralisou com a velocidade daquela mulher e o sorriso simpático e ao mesmo tempo assustador.
Ace não podia fazer nada, estava morto, como ela disse, os poderes de sua Akuma no mi, com certeza não poderiam ser utilizados naquele limbo, assim penso.
— Bem, assim eu devia – ela girou o revólver na mão e guardou no Coldre e colocou as mãos no bolso da calça —, mas não vou fazer isso
— Ceifadores não deviam levar as almas para o submundo mesmo elas não querendo – questionou Ace com a testa franzida
Clarisse deu de ombros
— Devia ser assim, claro, se sua alma estava destinada a morrer e tivesse uma vaga em algum lugar – Clarisse olha para o fundo dos olhos de Ace — Claro, esse devia ser o seu caso, mas não é, por isso eu te chamo de "Alma Vagante" Portgas D. Ace
— Então Luffy estava destinado a morrer e não eu? – Ace sentiu uma dor profunda ao pergunta aquilo
Clarisse suspirou
— Obviamente não, o Destino não foi cumprido ainda, então ele não pode morrer – respondeu de maneira vaga
— Destino?
Clarisse subiu e desceu o seus ombros três vezes, não importava se Ace a perguntasse, ela não o responderia sobre isso.
— Normalmente, iria precisar que destruísse a sua alma aqui e agora, mas... – ela volto e se sentou na cadeira — Algumas pessoas pediram por um milagre, por isso não posso destruir sua alma agora já que preciso devolvê-la de volta para seu corpo
Clarisse retirou o revólver do coldre e começou a trocar as balas deles.
— Milagre? Alguém pedido por milagre? – ele riu incrédulo, Ace não acreditava naquele tipo de coisa, principalmente se alguém pedia para ele viver
— Não precisa rir, normalmente todos que pedem esse tipo de milagre, pedem sem acreditar – avisou ela fechando o cilindro do revólver — Principalmente aquelas cheias de arrependimentos
— Não preciso voltar, não possuo arrependimento – respondeu
Clarisse o encarou incrédula antes de rir alto demais e quase cair da cadeira
— hahaha isso foi hilário – respondeu Clarrise — Qualquer um companheiro meu consegue ver a aura de arrependimentos ao seu redor
Ace se encolheu com aquela fala e repensou se ele tinha mesmo
Ah, mas ele tinha muitos. Muitas promessas feitas e que ele não pode cumprir. Lembro das pessoas que prometeu voltar para Wano, promessas com seu irmão mais novo, Luffy e sabe que deixou o seu querido irmãozinho só, ja que Sabo não estava mais entre eles.
Aquilo entristece o punhos de fogo.
Clarisse o encarou com uma expressão vazia, mas cheia de pena, estalo a língua antes de fala.
— Eu não te disse? Cheia de Arrependimentos – diz outra vez
— Sim, idai? O que posso fazer ja que estou morto? – falou com raiva
— Você vai poder – respondeu
Ace estalou a língua
— Não diga mentiras, isso dói mais que o que deixe para trás
Clarisse suspirou
— Eu sabia que não ia adiantar explicar com amor e doçura para você – respondeu ela, apontando e engatilhando o revólver para ele
Ace caiu para atrás, assustado. Ela não ia destruir a alma dele, certo?
— Tenho uma hora para te mostrar todo o futuro e convencer você a querer voltar por boa vontade – respondeu Clarisse
Ace engoliu a seco a encarando com olhos quase sem vida.
— Vai doer por um momento, mas será rápido, logo você saberá o futuro que te espera se não voltar – Clarisse deu um sorriso — Te fecho do outro lado, Alma Vagante, Portgas D Ace
Clarisse atirou uma bala branca em direção a cabeça de Ace, o fazendo cair desacordado no chão. Seu corpo se junta em uma pequena e flamejante bola de fogo que foi puxada por Clarisse e flutuava em sua mão. Ela pegou o relógio e começou a ver o tempo passar.
— Melhor irmos, o tempo é uma grande arma se você souber usar
Os dois pareciam desaparecer daquela cúpula branca e o tempo, naquela linha temporal, volta a girar.
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Arrependimentos [One Piece]
Fiksi PenggemarAce poderia partir sem muitos arrependimentos por ter salvado o seu querido irmãozinho, Luffy, da morte certa na guerra dos Maiorais. Partiu com um sorriso no rosto. Bem, se não fosse pela pessoa na sua frente sentada com um relógio de bolso conferi...