Remanescentes (3)

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O homem se sentiu como se estivesse naquele mesmo limbo de antes, vivendo como se fosse apenas uma alma vagando em meio a imensidão da morte. Não conseguia sentir seu corpo de nenhuma forma naquele estado.Havia morrido outra vez? Ele não sabia dizer, já que não conseguia caminhar como daquela vez, parecia preso a alguma coisa que ele mesmo não conseguia ver.Flutuava, como se fosse uma chama, não conseguindo ver nada daquele limbo, esperando algo acontecer.Estava vazio, como se tudo ao seu redor fosse apenas a criação de alguém e ele mesmo dependia deste alguém para poder ser chamado de "ser vivo".Ele torcia para não ser isso.Demorou um pouco, mas ele começou a ouvir uma voz, era baixa demais para ele reconhecer quem era, mas se esforçou para seguir, mas agora, ele conseguia se mexer, mas somente em direção àquela voz.Uma forte luz surgiu, uma forte luz que o cegou mais que o próprio fogo.Quando se viu novamente, estava olhando para o teto de madeira, não lembrando como parou ali.— Então você acordou – falou aquela voz, a da marinheira IsukaAce se sento e olhou para Isuka de forma desconfortável, ela parecia esta longe do homem, de alguma forma com medo do "morto-vivo" a sua frente.— Você...— Deveria estar morto, você ia dizer isso, Isuka? – perguntou AceIsuka engoliu a seco, pegou uma cadeira e sentou-se ao lado da cama.— Sim, mas como? Todos viram você morrer naquele momento, então... – a Ruiva não sabia o que falar— Bem, para ser sincero, eu realmente morri naquele dia, mas a história a seguir é um tanto complicada – resumiu Ace —, mas, por que você não me entregou para a marinha? Não seria o que deveria fazer – a perguntaIsuka se encolheu, cruzando os braços e mexeu na cadeira.— Ia fazer isso, mas um homem apareceu – respondeu— Um homem?— Sua pele era tão escura quando a noite, usava um sabre que parecia brilhar e seus olhos pareciam brilhar como aquelas estrelas, mas aquilo foi mais assustador que ver você vivo – afirmou IsukaAce permaneceu ouvido ela falar os detalhes que aconteceu depois que ele desmaiou— Ele parecia aqueles assassinos da Cipher Pol, me ameaçou não te levar para marinha, alem de quer, me avisou de uma coisa – respondeu Isuka— Coisa? Isso não é estranho de avisar – falou AceIsuka deu de ombros— O que ele disse?— Parecia um enigma, na verdade: "Uma garota com chifre saindo de um navio de escravo, se vê-la, deve a salvar", foi o que ele disse – falou IsukaEra de fato confuso a tarefa que o ser havia li dado, Isuka não entendia, era como se ele soubesse sobre alguma coisa que iria acontecer, mas não sabe quando.— Mas não vai me explicar como está vivo agora? Esperou que a ameça daquele homem sirva para alguma coisa – pediu uma explicaçãoAce engoliu a seco, como explicar? Ele se perguntava.Mexeu a boca algumas vezes, tentando pensar em uma explicação que não parecesse tão surreal quando foi, mas estava falhando miseravelmente.— Tenho que explicar mesmo? – pergunto a elaIsuka se sentiu estressada ao pensar o quando burro era aquele homem, mas pensou ser plausível naquele momento.— Não é todo dia que alguém volta a vida, sabe? – ExplicouIsuka ouviu falar de uma akuma no mi desse tipo, mas não sabia se era verdade.— Verdade – Ace não poderia negar aquilo, já que ele próprio era esse fatoFoi assim, que na tentativa e erro, Ace tentou contar o que lhe aconteceu naquele dia, claro, Isuka tentou escutar aquela conto sem clareza e entender o que aconteceu.Claro, não foi fácil, já que tudo parecia ser surreal para ela.— Ta, você ta me dizendo que existe um Criador, um Deus da Morte e uns que podem saber o futuro? E que podem os moldar do jeito que desejam? – perguntou outra vez— Isso mesmo – respondeu outra vezIsuka ainda achava tudo aquilo um conto de fada, mas vendo ele vivo ali, mesmo depois daquele ataque, o mesmo mostrou a cicatriz, acreditava nele.Se jogando para o encosto da cadeira, ela pergunta:— O que pretende fazer agora? Se vingar? O que vai fazer? Ace a olha, as perguntas era algo esperado vindo de alguém da marinha— Não, acho que me vingar pioraria a situação – afirmou, olhando para as mãos — Você mesmo viu, depois que usei a Mera Mera no Mi, fiquei daquele jeito de novo — Você parecia um cadáver naquela hora – afirmou IsukaA cor dele havia sumido, seu brilho nos olhos também, era como um cadáver, como disse Isuka.O aviso daquela mulher foi verdade, não deveria usar os poderes até que eles estivesse totalmente em sincronia com seu corpo revivido, mas ele mesmo não sabia quando isso seria.Ele apertou o punho.— Só que encontrar algumas pessoas e pedir desculpas por partir antes de cumpria o que prometi – diz AceAquilo deixou Isuka surpresa, já o conhecia a um bom tempo, mas o fato dele ser um pirata vinha antes de pensar dele ser um humano com sentimento.— Você vai me impedir?Isuka se calou, desviou o olhar e ficou acanhada.— Não comprometendo civis, o que você fizer não é da minha conta – avisou elaAce deu uma risada, esqueceu que aquela pessoa era uma marinheira— Obrigada— Porque esta me agradecendo – estranho elaMas Ace não respondeu, apenas se sentiu sonolento e se deito novamente naquela cama, parecia mais aliviado agora que pode compartilhar aquilo com alguém que confiava.Na manhã seguinte, quando ele pegou o mapa, uma luz estava indicando um novo ponto, mas desta vez estava com escritos, um nome que ele conhecia bem.Ele estava perto, então ele precisava correr, ate la, mas...— Porque você esta me seguindo? – perguntou ao ver a marinheira ali— Apenas prevenindo que você não vá machucar nenhum civil – diz ela— Nunca faria isso, você sabe bem – avisou— Eu sei, mas como um morto andando por aí, tem certeza que não vai morder ninguém?— Não sou um zumbi – retrucou a fala maldosa dela— Eu sei, mesmo assim, deveria...— Você não tem que trabalhar, ou abandonou a vida na marinha?— Quê! Não, só estou de férias – avisou— Você disse isso da última vez também, e parando pra pensar, você também não estava de uniforma naquele dia, será que foi demitida? – brincou AceEla retirou o florete da bainha e começou a perseguir Ace que correu naquela brincadeira.No fim, ela acabou indo com ele, fazia tempo que ele não tinha algum tipo de companhia para uma viagem, talvez, se ele encontrasse com Deuce novamente, como iria reagir? Ele se perguntouTodavia, só havia um objetivo agora, encontrar com seu irmão, Sabo.

Arrependimentos [One Piece]Onde histórias criam vida. Descubra agora