Eu sei

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+ POV luiza +

Ajudamos a Alexia descer para a sala que continuava ansiosa e brava mas alba estava lá a consolando e eu vim pra sala externa
Passo a mão em minha barriga pensativa

- não sei se consigo fazer isso meu anjinho - uma lágrima cai do meu olho, na minha cabeça essa fase dela já tinha acabado - não posso fazer isso filho e você me entende

- o que que você não pode fazer? - me assusto com a ruiva que está parada na porta mas logo se senta na ponta do sofá longe de mim já que o sofá é bem grande,com um copo de água o bebendo -  em loira eu prometo guardar segredo

- Gabriela eu tô me segurando pra não te meter a porrada, não por você mas pelo meu filho - ela dá uma risadinha fraca bebendo sua água

- nossa agressiva, sua amiguinha é meio doidinha né - a olha com um olhar mortal - aí tá bom

- você não me conhece e não conhece nenhum de nós que está aqui então não mexe com quem está quieto - me levanto dando as costas pra ruiva

- o diretor me contou - paro no meio do caminho - e se você não fizer eu faço e coloco o culpa em você

- já parou a chuva, vai embora - falo mas agora olhando em seus olhos - agora

A ruiva joga o resto da água do copo na piscina e passa por mim rindo, alguns minutos de passa e eu volto pra sala onde tudo está em silêncio, dá apenas pra ouvir as respirações das irmãs putellas

- não é muito bom você ficar com sua perna baixa Alexia - falo pra ela que apenas me olha e desvia o olhar

- Alexia - alba chama sua atenção e ela sustenta a perna para mim colocar o banquinho almofada em baixo, já que não dá pra abrir o sofá por ela já estar sentada
Nala começa a chorar e Alexia a chama que simplesmente não obedece o chamado da dona, como eu já estava em pé eu vou e pego ela e entrego pra Alexia que dá um beijo na cachorrinha e fica fazendo carinho na mesma

- não é muito bom você ficar abaixando né - alba fala e eu a olho sentando também no sofá - por conta do bebê

- não posso mas não faço toda hora - ela concorda com a cabeça

O celular da mesma toca e ela levanta pra atender, e me levanto para pegar água pra Alexia que ainda está agoniada pela situação
Camila tem sorte de ter Alexia e Alexia tem muita sorte de ter Camila, a conexão delas é sem explicação

- era a mãe - alba volta - ela falou que a Camila já foi atendida mas ela tá na medicação e ela tá mais calma e perguntou por você Alexia

- eu queria está lá - Alexia diz chateada

- ela vai ficar bem - digo baixo - ela sempre ficou pelo menos

- como assim ? - Alexia pergunta com o copo cheio água ainda

- ela sempre teve crises mas os pais delas levavam como se ela não tivesse deus no coração por ter essas crises, mas nunca foi de pânico era de ansiedade - faço uma pausa tentando me recordar - ela deu um selinho em uma amiga brincando e os pais dela xingaram ela e ela teve uma crise muito forte, eles escutaram e chamaram enfermeiros de reabilitação e eles levaram ela, ela ficou cinco dias internada mas minha mãe conseguiu conversar com a mãe dela para tirar ela de lá, mas até hoje ela fala que foi os cinco dias mais assustadores pra ela

Um silêncio estrondoso se faz presente, e Alexia fica olhando pra mim, e gael mexe em minha barriga e passo a mão ali pra acalmar ele

+ POV Alexia +

Me estranho muito a forma que Luiza fala da Camila, não sei explicar mas minha perna começa a doer mais que o normal e alba percebe

- vamos subir ? - ela fala pra mim - a mãe não vai chegar agora e você precisa descansar

Subimos e alba me ajuda a deitar, tomo meu remédio pra dor e olho pro lado vendo que a parede cor de creme tinha marca do sangue do corte da camila 

- para de olhar Alexia - minha irmã fala de deitando comigo me abraçando - um dia você cuidou de mim e hoje eu vou cuidar de você

Ali durmo abraçada com minha irmã, mas com o coração em outro lugar

+ POV Camila +

( 8:46)

Assim que saímos do hospital muito diferente do que eu cheguei, agora totalmente consciente, Eli estava a todo momento do meu lado senti tanta falta da minha mãe, sei que ela errou muito comigo mas ela é minha mãe
Chegamos e Eli me ajuda a descer do carro por eu ainda estar tonta pelos medicamentos

- você tá gelada, tem que tomar um banho e comer alguma coisa pra ir descansar - ela fala não como um pedido mas sim mandando apenas concordo com a cabeça

Entramos e a primeira a vim nos receber é nala, que balança seu rabinho freneticamente que não olho muito pois estou enjoada, dona Amelia vem até nos

- oi filha bom dia - vem me ajudando a descer os degraus que tem ali na entrada e me levam até o sofá - bom dia dona Eli, eu vou preparar um café reforçado pra vocês

Eli passa as mãos em meus cabelos ainda com mechas sujas pelo sangue, mas como falam mãe é mãe, não importa de quem seja o filho
Eu ainda estava longe, mas levantei pedindo licença e fui no banheiro que tinha ali em baixo e me ajoelhei no vaso passando mal, sinto uma presença atrás de mim e é Luiza

- ei Matilda - fala o apelido de quando éramos menores, ele surgiu quando eu cortei meu cabelo e não deu muito certo e virei Matilda o resto da vida agora - como você tá?

- bem até - me levanto lavando a boca - e o neném ?

- tá bem, vai deitar um pouquinho - ela me dá um abraço - levou ponto - ela fala olhando minha cabeça

- levei só cinco - ela me olha e saio do banheiro indo para a escada, subo com muita tontura por conta dos medicamentos e dou de cara com alba

- oi - ela fala com voz mansa e me dá um abraço apertado e eu retribuo - tá melhor?

- tô melhor, me desculpa se te machuquei - falei vendo um aranhão em seu braço, se é meu eu não sei mas possa ser que tenha sido

- tá tudo bem, Alexia tá preocupada com você mas ela tá dormindo, aproveita e vai lá descansar também - ela me dá mais um abraço e sai - até depois

Entro no quarto e vejo a loira deitada, tiro meu chinelo e me deito com a mesma, não estou bem pra tomar banho ainda
Sinto Alexia levantar a cabeça e eu passo a mão em sua nuca e ela me puxa mais pra ela, coloco minha perna por cima da sua cintura para não encostar no seu joelho e durmo escutando a respiração da loira em meu pescoço

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Oi gentee
Me desculpem os erros e espero que gostem

Boa leitura 😉

conexão - Alexia putellas Onde histórias criam vida. Descubra agora