Afogamento Seco (Vol.1)

Capítulo 13

Quando acordou, viu um teto familiar.

Achando que tinha um sonho. Ele simplesmente não conseguia se lembrar de nada, exceto por um sentimento vago. 

Sua cabeça latejante parecia que ia quebrar. Então cerrou os dentes e respirou fundo. Só se sentiu melhor depois de algumas repetições.

Ele era o único no quarto espaçoso.

Tadak!

Ian, que mal voltou a si, levantou-se ao som da lenha queimando. 

'Por que estou aqui?' 

Enquanto ele vasculhava sua mente tonta, algo veio à sua mente imediatamente. 

 'Tenho certeza de que caí na neve.'

Ele pensou, mas algo estava errado e ele se encolheu.

Ian lentamente desdobrou as mãos, mas tudo o que viu foi sua pele lisa sem nenhuma cicatriz.

Suas palmas que deveriam ter sido rasgadas tiveram uma sensação de sangue pingando. Ele franziu o cenho nos cantos dos olhos e levantou o futon grosso que o cobria com pressa. 

Os pés no lençol não eram diferentes. Era como se tivesse sido manchado de tinta e o que era azul do frio agora estava branco e limpo.

— ………

Havia duas coisas que se pode supor a partir desta situação.

Um, ele está deitado há meses.

Dois, a medicina é mais avançada aqui do que nos tempos modernos.

Claro, ele sabia que ambos não faziam sentido. Porque ele teria se curado logo depois de machucar o pescoço.

Mais de um mês depois, Ian ainda tinha uma cicatriz no pescoço. 

Eu não sabia olhar mais de perto. Quer dizer, não havia nenhuma razão para poder explicar sua condição de qualquer maneira.

Era hora de ele olhar para sua mão com esse pensamento. 

A porta se abriu com uma batida. Era óbvio quem era.

— Você sempre desmaia.

Não foi uma repreensão, pelo contrário, ele parecia alegre. Ele assentiu moderadamente, imaginando se algo havia acontecido. Edward, que se aproximou da cama, inclinou a cabeça.

— Você deve estar cansado, mas dormiu bem por um dia.

O primeiro palpite também foi um fracasso. Enquanto desenhava um grande X em seu coração, percebeu que o olhar de Ed estava direcionado para sua mão. Ele bateu o dedo rapidamente como se pedisse uma explicação, mas Ed apenas sorriu e não disse nada.

[N/T: Aqui não é a letra “X”. Significa o sinal da cruz “X”.]

 Ele entendeu tudo.

Ele era muito perspicaz como um monstro, então ficou claro que ele estava fazendo isso de propósito. Ficou cada vez mais irritado porque não conseguia falar.

— Ian-nim.

Ouvi uma voz suave.

Ian piscou os olhos, astutamente descobrindo que algo mais estava misturado naquele rosto sorridente.

Se lhe perguntassem quem ele mais conhece desde que acordou aqui, ele apontaria para Edward sem hesitação. Cada pequena coisa passou por ele. No entanto, Ian nunca se sentiu amigável com ele. Mesmo que ele estivesse usando honoríficos, comendo refeições e tornando todas as conveniências possíveis.