Capítulo 5

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— Como você pode ver pela minha impressão, não sou bom em dizer coisas ruins porque tenho uma boa personalidade.

Ele certamente parecia ser bom em mentir. Como se essa reação fosse bastante familiar, Ian casualmente batia em sua bochecha com a ponta da sua mão.

No entanto, quando não respondeu, o homem inclinou a cabeça para baixo e saltou para o terraço.

— Você não acredita em mim, acredita? É a primeira vez que nosso príncipe vê algo assim, não é? Ouvi dizer que mesmo as pessoas de classe baixa em Rox têm uma boa pele?

'...Príncipe?'

Ian fez uma careta para sua escolha de palavras, elas o fizeram ter arrepios.

— Hahaha, — o homem riu alto e continuou falando sobre coisas que ele não perguntou.

— Mas você tem que me agradecer por ter vindo. Eu me ofereci para ir com Claude. Você não sabe como ele é exigente, sabe? Assim que você abrir a janela, você é quem vai colocar a espada no pescoço, sim?

Ian não sabia quem era Claude, mas balançou a cabeça como se isso não importasse.

— Um homem deve ser um pouco flexível, certo? Assim como eu, que vim imediatamente porque estava preocupado com o quão solitário e assustado meu pobre principezinho ficaria. Oh, que bom que você está vivo. Mas não achei que você sobreviveria.

— .....

— Quero dizer. Quando vi nosso príncipe sangrando tanto naquela carruagem, pensei, ah, isso está errado. Não, mas é só! Assim que eu pensei nisso, eu tipo, engoli seco! Você está tentando respirar? Inspirar.  As pessoas dizem que geralmente funciona. Huh? Não?

— ……

—  Ei, você está me ouvindo? Ou você prefere não falar com um bastardo de baixo escalão como eu?

Ele estava falando com tanta velocidade que Ian tinha dúvidas se ele estava respirando ou não. Talvez mesmo se não tivesse machucado a garganta, não teria respondido a essa pergunta adequadamente.

Como ele estava um pouco cansado do rosto daquele homem, deu um passo para mais perto dele.

Ian não poderia responder a esse absurdo, e ele não precisava. A razão pela qual ele saiu para o terraço, mesmo sabendo que havia alguém em primeiro lugar, não foi porque queria falar com ele.

Foi o momento em que o homem abriu a boca mais uma vez, dizendo: — Huh? — Depois de um breve intervalo, Ian alcançou a adaga na cintura do homem. Ele imediatamente percebeu e levantou a mão, mas ele, que havia recuado, agir mais rápido. O homem notou o que Ian havia tomado e endureceu a boca.

— Não, você não pode me matar aqui para resolver um problema…

O homem balançou a cabeça como um jovem mestre inocente e estendeu a mão. Ele também pediu para devolvê-lo à adaga porque era perigoso, e até o convenceu de que ignoraria o que havia acontecido se o devolvesse agora.

Mas Ian, que não tinha intenção de fazê-lo, ergueu a adaga bem alto em sua mão. A luz pálida do dia cortou o céu em pouco tempo, e o rosto do homem parecia intrigado.

— Não vai funcionar se você me matar. Não sei por que todos os aristocratas são tão impacientes.

Ian achando que seria melhor nocauteá-lo golpeando a parte de trás de sua cabeça enquanto ele corria. O homem, que pensou que o príncipe estava correndo em sua direção, ficou onde estava.

— …Eh?

Baque!

O homem que parou com a mão levantada nas gotas de sangue no chão riu amargamente, talvez porque achasse absurdo.

Afogamento Seco (Vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora