Comunicação além da Escuridão

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A madrugada envolveu a floresta em seu manto sombrio, enquanto os infectados vagavam entre as árvores, emitindo gritos angustiantes, como se estivessem sofrendo uma tortura eterna

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A madrugada envolveu a floresta em seu manto sombrio, enquanto os infectados vagavam entre as árvores, emitindo gritos angustiantes, como se estivessem sofrendo uma tortura eterna. O som ecoava pelos bosques escuros, enchendo o ar de uma atmosfera sinistra e arrepiante. Madison não conseguia dormir. Seus olhos teimam em permanecer abertos, resistindo ao convite do sono.

Entediada e incapaz de dormir, ela se levanta com cautela, evitando fazer barulho e despertar os outros moradores da casa. Ao atravessar o corredor, chega à varanda com uma vela acesa, que lança sua luz tênue sobre o lugar.

Jena estava sentada na escada, envolta em um cobertor, observando o ambiente com uma expressão distante. Com medo de tê-la acordado, Madison tenta silenciosamente voltar para o quarto, mas Jena já tinha percebido sua presença.

- Porque você está acordada? - pergunta Jena.

- Não tô conseguindo dormir - responde Madison.

Jena olha para trás e faz um sinal para Madison se juntar a ela. Com um leve aceno de cabeça, Madison obedece, sentando-se ao lado dela.

- Você não está conseguindo dormir por conta dos gritos dos infectados? - perguntou Jena.

- Sim, não gosto de ouvir os gritos angustiantes deles - ela respondeu - Isso acaba me despertando.

- Também não consigo dormir com eles gritando - acrescentou Jena.

Depois do apocalipse, as noites que costumavam ser tranquilas se transformaram em horas de tormento. Os infectados uivam angustiados, como se estivessem sofrendo ou famintos por carne humana, seus gritos ecoando incessantemente até o amanhecer.

Um vento frio passa entre elas, fazendo Madison envolver os braços em si mesma para se aquecer. Jena percebe e, gentilmente, pega um pedaço do cobertor que a envolve e cobre os ombros de Madison, a mesma fica sem graça.

As duas ficam em silêncio, apenas observando o lugar: as coisas desmontadas da festa que teve mais cedo, a sujeira, o vazio e o escuro. Jena olha para Madison e, já tendo notado a cicatriz dela antes, decide perguntar sobre a sua origem.

- Foi o Isaac que fez essa cicatriz em você?

Madison olhou para baixo por um momento, tocando a cicatriz em seu rosto antes de encontrar os olhos de Jena.

- Foi - a voz de Madison desapareceu em meio ao silêncio do local.

Jena fica em silêncio.

- Quando eu era criança, meu pai não era muito presente na minha vida e do Isaac. Ele sempre saía de casa à noite e voltava uma semana depois. Isso irritava muito minha mãe. Então, ela começou a descontar a dor dela na gente, mas principalmente no Isaac. Como ele era mais velho que eu, ela começou a colocar responsabilidade nele, para cuidar de casa, enquanto ela saía para se drogar. Um dia, meu pai saiu de casa de vez. Minha mãe ficou furiosa e começou a ter um surto. O Isaac já estava com a cabeça confusa, então ele pegou uma faca e apontou para a nossa mãe. Eu, ingênua, entrei na frente da minha mãe. Mesmo que ela fosse horrível conosco, eu não queria perdê-la. Foi aí que o Isaac acabou cortando essa parte e deixou uma cicatriz.

- Ele se arrependeu disso? - pergunta Jena.

- Isaac sempre foi abusivo comigo, tanto psicologicamente quanto fisicamente, desde que éramos crianças. Parecia que ele gostava de me machucar. Foi por isso que decidi fugir do grupo sul - responde Madison.

- Sinto muito por essa situação. Saiba que você não está sozinha agora. Você tem eu e Abigail ao seu lado.

Madison sorriu.

De repente, as duas ouviram um barulho atrás delas. Jena imediatamente virou-se para trás, mas não viu nada além da escuridão. Ela se levantou cautelosamente, e Madison a acompanhou. Jena percebeu que não havia nada ali, mas notou que o escritório de Amélia estava iluminado e que o som de um rádio ecoava pelo corredor vazio. Elas trocaram olhares.

Jena pediu para Madison ficar atrás dela enquanto avançava em direção ao escritório. Com passos leves e cautelosos, as duas chegaram até a porta entreaberta do escritório e se depararam com Amélia deitada na mesa, enquanto o rádio ao lado dela estava ligado. Madison soltou um suspiro de alívio ao ver que Amélia estava bem.

- O que ela está fazendo aqui a essas horas, deveria estar na cama - fala Jena.

No momento em que ela estava prestes a desligar o rádio, uma música começou a tocar: "Sweet Child o' Mine". Jena parou no mesmo instante.

- O que foi? - pergunta Madison.

A música parou e uma série de cliques começou a ecoar. Jena rapidamente pegou papel e caneta. Desesperada, ela acabou acordando Amélia, que se levantou assustada. Jena começou a anotar os cliques freneticamente. Nesse momento, Amélia percebeu o que estava acontecendo. E então, os cliques pararam.

Jena encarou o papel e depois olhou para Amélia. A mesma pegou o papel da mão de Jena e olhou. Logo, os olhos de Amélia começaram a lacrimejar.

- Jena, o que está acontecendo - pergunta Madison assutada.

- Essa música a gente usa para se comunicar, caso algum de nós se perca, desapareça ou queira se comunicar. Logo depois, eles transmitem a mensagem em código Morse - respondeu Jena - É muito difícil estabelecer comunicação, mas de alguma forma ele conseguiu.

- Quem?

- O Arom tá vivo, ele conseguiu se comunicar - fala Amélia.

- O Arom tá vivo, ele conseguiu se comunicar - fala Amélia

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☆ eitaaaa, o Arom tá vivo.
☆ o que será que vem pela frente?
☆ coitada da Madison, ela não merece isso.
☆ vote e comente.
☆ o próximo capítulo vai ser top.
☆ bjsss, até o próximo capítulo.

Além do Caos: O Amor em Tempos de DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora