Em um mundo devastado por um vírus que transformou as pessoas em seres loucos e canibais nos anos 80, a sobrevivência é uma batalha diária. Após quatro anos de solidão e luta pela vida, duas jovens, Jena e Madison se encontram em circunstâncias ines...
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A luz suave do amanhecer filtrava-se pelas cortinas esgarçadas, lançando faixas douradas sobre o chão de madeira do quarto. Três camas estavam dispostas lado a lado, cada uma com cobertores de cores diferentes, embora todos desbotados pelo tempo. O ambiente estava envolto em uma penumbra tranquila, com apenas o som distante dos pássaros quebrando o silêncio da manhã.
Madison foi a primeira a acordar, seus olhos ajustando-se lentamente à fraca luminosidade do quarto. Ela levantou-se cuidadosamente, tentando não fazer barulho para não acordar Jena e Abigail, que ainda dormiam profundamente. As cobertas levemente levantadas ao ritmo de suas respirações tranquilas.
Antes de sair, Madison se aproximou da cama de Jena, agachando-se ao lado dela. Observou o rosto sereno de Jena, os traços delicados suavizados pelo sono. Sem resistir, passou a mão gentilmente pelo cabelo de Jena, sentindo a maciez dos fios entre os dedos. Um sorriso suave surgiu em seus lábios, um reflexo do carinho profundo que sentia.
Madison levantou-se lentamente, certificando-se de que Jena continuava a dormir, e então dirigiu-se para a porta. Ela abriu-a com cuidado, evitando qualquer ruído que pudesse perturbar a paz do quarto. Ao sair, foi saudada pelo ar fresco da manhã e pelo brilho do sol nascente, que prometia um novo dia repleto de possibilidades e desafios.
Madison saiu para o exterior da casa, sentindo o frescor da manhã em sua pele e deixando que o sol nascente dissipasse as sombras que ainda pairavam em sua mente. Ao caminhar pela área comum da comunidade, avistou Élio sentado em um banco de madeira, com uma caneca de café fumegante entre as mãos.
Ele levantou o olhar quando percebeu a aproximação de Madison e acenou com um sorriso. Ela se juntou a ele, sentando-se ao seu lado e apreciando o calor reconfortante do sol.
— Bom dia, Madison — saudou Élio, a voz carregada de uma calma habitual.
— Bom dia, Élio. — Madison respondeu, tentando corresponder ao sorriso dele.
— Estava pensando na festa de ontem — começou Élio, olhando para a distância. — Foi bom ver Jena e você juntas. Ela estava tão feliz. Acho que nunca a vi tão radiante.
Madison sorriu, uma lembrança calorosa do beijo da noite anterior aquecendo seu coração.
— Sim, estou feliz que as coisas deram certo entre nós. É... especial.
No entanto, Élio percebeu algo no semblante de Madison. Havia uma sombra em seus olhos que não combinava com suas palavras.
— Mas e você, Madison? Você parece preocupada. Está tudo bem?
Madison ficou em silêncio por um momento, olhando para suas mãos entrelaçadas. A lembrança do beijo da noite passada era agora um contraponto à incerteza que a assombrava.
— Élio, estou com medo. Esse negócio de eu ser a cura... sinto que pode acabar em outra tragédia, como aconteceu com Amélia.
Élio franziu a testa, sentindo a profundidade do medo de Madison.
