Confissões e Confrontos

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O dia se arrastou em uma mistura de alívio e tensão

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O dia se arrastou em uma mistura de alívio e tensão. Cada membro do grupo tentava processar a notícia sobre Madison e o que aquilo significava para o futuro. Os chuveiros quentes e roupas limpas eram um conforto bem-vindo, mas não dissiparam a sensação de incerteza que pairava no ar.

Ao cair da noite, a comunidade Vale Verde se reuniu em um espaço aberto, onde mesas de madeira rústica estavam repletas de alimentos frescos e bebidas. Pequenas luzes penduradas entre as árvores criavam uma atmosfera acolhedora. O grupo se misturava aos moradores locais, tentando encontrar um pouco de normalidade em meio ao caos que haviam vivido recentemente.

A um lugar um pouco distante da festa, Arom e Jena estavam juntos, observando em silêncio a floresta escura. O vento sussurrava entre as árvores, e a luz da lua desenhava sombras misteriosas no chão. Depois de um longo período de silêncio, Arom finalmente quebrou a tensão que pairava no ar.

- Ela te contou que estava infectada? - perguntou ele, a voz suave mas carregada de preocupação.

Jena desviou o olhar das árvores e encontrou os olhos de Arom.

- Não, mas eu consegui perceber - respondeu ela, a voz um fio de som. - Pela quietude dela e pelo seu rosto inquieto.

Arom suspirou profundamente, seus olhos refletindo uma tristeza profunda.

- Queria poder vê-la uma última vez, ter dado um último adeus.

Os dois ficaram em silêncio novamente, deixando as palavras pairarem no ar, enquanto a escuridão da floresta parecia envolver seus pensamentos e lembranças.

- E se eu tivesse ajudado a tempo, antes dela cair? - Jena murmurou, a voz tremendo. - Ela estaria viva.

As palavras mal haviam saído de seus lábios quando os soluços começaram a rasgar seu peito, e lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto.

Arom a puxou para um abraço apertado, sentindo a dor dela como se fosse sua.

- Não se culpe, Jena. Você fez de tudo para ajudá-la. Não pode se sentir assim. Esse foi o destino dela. Você não poderia ter feito nada - disse ele, a voz firme mas gentil. - Por favor, não se culpe.

Por um momento, eles ficaram ali, envoltos no consolo mudo de sua presença.

- Você acha que Madison pode ser a verdadeira cura? - perguntou Jena, a voz ainda embargada, mas agora com um fio de esperança.

Arom suspirou, seu olhar perdido na escuridão da floresta.

- Eu não sei - respondeu ele, sinceramente. - Mas espero que sim.

O silêncio voltou a envolvê-los, carregado de incertezas e esperanças silenciosas.

- Olha aí, achei vocês! - disse Élio, surgindo de repente e interrompendo o silêncio.

Além do Caos: O Amor em Tempos de DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora