De Traições e Ternuras

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Abigail tremia enquanto encarava a porta fechada

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Abigail tremia enquanto encarava a porta fechada. A revelação da traição de Emma a deixa em choque, incapaz de pensar com clareza. Ela sabia que precisava agir, mas o medo a paralisava. Com um esforço tremendo, levantou-se e começou a andar pelo quarto, tentando formular um plano.

Andava de um lado para o outro, o medo do que poderia acontecer com o grupo norte deixando-a ansiosa. Pensava se deveria contar a Jena sobre o que estava prestes a acontecer. Abigail sabia que Emma era capaz de matar, e essa ameaça a consumia, superando até mesmo a traição em si.

— Merda! O que eu vou fazer agora? — murmurou Abigail, sua voz um sussurro desesperado na escuridão do quarto.

Ela deixou-se cair novamente na cama, o peso da responsabilidade esmagando-a como uma âncora. O dilema girava em sua mente como uma tempestade implacável. Contar ou não contar? Abigail sabia que, ao revelar a traição de Emma, estaria expondo uma das poucas pessoas em quem confiava. Mas a ameaça ao grupo norte era real e iminente.

Ela segurou a cabeça entre as mãos, os dedos tremendo. Emma poderia mudar de ideia? Abigail desejava com todas as suas forças que isso fosse possível, mas no fundo, sabia que era quase impossível. O olhar determinado e frio de Emma, a certeza inabalável em sua voz...

— Eu não vou conseguir... — sussurrou Abigail, quase como se admitisse sua própria fraqueza ao universo. **Emma tem que mudar de ideia!**

O quarto parecia fechar-se ao seu redor, as sombras nas paredes assumindo formas ameaçadoras. O silêncio opressivo era quebrado apenas pelo som de sua própria respiração ofegante. Abigail sabia que estava presa em um dilema moral que poderia decidir o destino de todos que ela amava.

Deitada ali, com o coração martelando no peito, Abigail sentia-se dividida entre a lealdade à sua amiga e a necessidade de proteger o grupo norte. A tensão era quase tangível, uma presença sufocante que não a deixava pensar com clareza.

Abigail fechou os olhos, tentando se acalmar, mas a ansiedade e o desespero a consumiam como um incêndio incontrolável. Cada respiração era um esforço, e seu coração batia freneticamente, ecoando no silêncio opressivo do quarto.

Se ao menos isso fosse apenas um pesadelo... Abigail apertou os olhos com mais força, na esperança de afastar os pensamentos sombrios. A realidade, porém, era implacável. As palavras de Emma, carregadas de traição, ressoavam em sua mente como um sino fúnebre.

Ela se deitou na cama, os músculos tensos, tentando se convencer de que tudo não passava de um sonho ruim. Emma não seria capaz de tamanha deslealdade... A dúvida se infiltrava em seus pensamentos, mas a evidência era clara e esmagadora.

Abigail puxou o cobertor até o queixo, tentando encontrar algum conforto no tecido familiar, mas a sensação de segurança parecia ter desaparecido.

A tarde se aproximava, e o sol banhava o Vale Verde com uma luz dourada, fazendo o jardim parecer um lugar encantado

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A tarde se aproximava, e o sol banhava o Vale Verde com uma luz dourada, fazendo o jardim parecer um lugar encantado. As crianças estavam espalhadas pelo gramado, concentradas em desenhar suas pequenas obras de arte, enquanto os adultos ofereciam uma mão amiga. Madison estava ao lado de uma menina de cabelos ruivos, que pintava flores com uma dedicação cativante.

— Minha mãe plantava essas flores na nossa antiga casa. São muito bonitas, não são? — perguntou a garotinha, olhando para Madison com olhos brilhantes de entusiasmo.

— Claro, são muito bonitas — respondeu Madison, com um sorriso simpático, apreciando o esforço da menina.

Quando Madison ergueu os olhos, avistou Jena se aproximando. Vestida com um traje de Branca de Neve, Jena se destacava no meio das outras pessoas. Ela chegou até Madison e se sentou ao seu lado, visivelmente envergonhada. Madison não conseguiu conter uma risada.

— Fui obrigada a vestir isso, e também fiz isso para agradar as crianças, tá bom? — disse Jena, com uma pitada de sarcasmo na voz.

— Claro, eu entendo. A fantasia de Branca de Neve combinou perfeitamente com você — respondeu Madison, devolvendo o tom sarcástico.

As duas riram juntas, e Madison apoiou a cabeça no ombro de Jena, soltando um suspiro tranquilo.

— Sabia que a Branca de Neve é minha princesa favorita? Sempre amei a história dela — disse Madison, a voz suave, cheia de uma ternura inesperada.

— Estou começando a gostar da ideia de ter vestido essa fantasia. Nunca mais vou tirar — brincou Jena, o riso dançando em seus olhos.

O momento era mágico, uma bolha de paz e alegria que envolvia as duas. No jardim, as crianças continuavam a brincar, alheias ao mundo, enquanto Madison e Jena compartilhavam um instante de pura conexão e serenidade, um reflexo da beleza e da simplicidade que ainda podiam ser encontradas mesmo em tempos difíceis.

— Você teve notícias da Emma? — perguntou Madison, o tom de voz carregado de preocupação.

— Não a vi, mas Arom me informou que ela vai voltar para o grupo norte para ajudar — respondeu Jena.

— Como assim? Ela vai voltar por conta do que aconteceu hoje cedo?

— Não, ela mesma se voluntariou. Não pude fazer nada, a escolha foi dela.

— Não sei, isso parece muito estranho.

— Também achei, mas Emma é imprevisível.

Um pouco mais à frente, Élio, vestido de Peter Pan, gritou para Jena voltar ao seu trabalho.

— Olha só, agora temos um Peter Pan — disse Madison, debochando com sarcasmo.

— Mas a Branca de Neve ainda ganha — retrucou Jena, com um sorriso maroto, antes de surpreender Madison com um beijo rápido.

Jena se levantou e correu em direção a Élio, mas não sem antes se virar e gritar para Madison:

— Não se esqueça de assistir à peça que estamos planejando!

Madison riu, observando Jena se afastar. Claramente, ela estava adorando os momentos que passava com Jena, especialmente os beijos inesperados e suas brincadeiras divertidas. Sentia que finalmente havia encontrado a paz que tanto buscava, longe de seu irmão, do grupo sul e de seu passado tumultuado. No entanto, o fato de ser considerada a cura ainda a preocupava profundamente.

Enquanto refletia, Madison percebeu que, embora estivesse rodeada por novos desafios, esses momentos de alegria e ternura com Jena a ajudavam a manter a esperança viva. Ela sabia que, independentemente do que o futuro reserva se, esses instantes de felicidade eram preciosos e deveriam ser valorizados.

 Ela sabia que, independentemente do que o futuro reserva se, esses instantes de felicidade eram preciosos e deveriam ser valorizados

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☆ capitulo curto
☆ tadinha da Abigail 😭
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Além do Caos: O Amor em Tempos de DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora