Em um mundo devastado por um vírus que transformou as pessoas em seres loucos e canibais nos anos 80, a sobrevivência é uma batalha diária. Após quatro anos de solidão e luta pela vida, duas jovens, Jena e Madison se encontram em circunstâncias ines...
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Eles seguiram por um tempo, os cascos dos cavalos ecoando na estrada vazia enquanto se afastavam do abrigo do Grupo Norte. O sol começava a surgir no horizonte, atingindo o céu de tons de laranja e rosa.
Depois de uma curta distância, Amélia decidiu parar o grupo. Ela chamou Élio para ajudá-la com o mapa, determinando a melhor rota para chegar a Wisconsin.
Enquanto isso, Jena fez um sinal para Madison seguir com o cavalo. As duas adentraram a floresta, Jena na liderança, indicando o caminho para Madison. Seguiram por entre as árvores, o silêncio apenas quebrado pelo som dos cascos dos cavalos e dos pássaros distantes.
Após algum tempo, Jena parou ao lado de uma imponente árvore Acer saccharum, e desmontou do cavalo.
Enquanto observava ao redor da árvore, Madison notou várias lápides e objetos deixados como lembranças. Havia um casaco pendurado em um galho baixo, um livro apoiado em uma das raízes expostas, algumas peças de roupa cuidadosamente dobradas sobre uma pedra.
- O que é tudo isso? - perguntou Madison, sua voz ecoando ligeiramente na quietude da floresta.
Jena olhou para as lembranças ao redor da árvore e suspirou.
- São homenagens, lembranças daqueles que perdemos- explicou ela - Cada item representa alguém que fez parte do nosso grupo e que não está mais conosco.
Madison observou as lápides improvisadas e os objetos deixados como tributo.
- São muitas pessoas - comentou ela, sua voz um sussurro respeitoso.
Jena assentiu, um olhar melancólico passando por seu rosto.
- Infelizmente, sim - concordou ela - Espero que Arom não se junte a esta coleção.
Ao observar mais de perto, Madison percebeu uma lápide que trazia inscritos os nomes "Lion Wilson" e "Ella Wilson", com a assinatura de Jena logo abaixo.
- É sua família? - perguntou Madison, olhando para Jena com compaixão.
Jena assentiu, seus olhos baixando para o chão enquanto uma dor antiga ressurgia.
- Sim, meu irmão e minha mãe - murmurou ela - Infelizmente, eles foram infectados - Ela engoliu em seco, lutando para controlar as emoções que ameaçava transbordar - Lion era apenas uma criança quando os dois foram infectados. Minha mãe... ela me pediu para... para.
Jena hesitou, as palavras parecendo se prender em sua garganta.
- Para quê? - Madison incentivou suavemente.
- Minha mãe pediu para eu atirar neles - confessou Jena, sua voz quase um sussurro - Ela não queria ver Lion sofrendo com esse vírus, nem ela mesma.
Ela fez uma pausa, respirando fundo para conter as lágrimas que ameaçavam cair.
