Em um mundo devastado por um vírus que transformou as pessoas em seres loucos e canibais nos anos 80, a sobrevivência é uma batalha diária. Após quatro anos de solidão e luta pela vida, duas jovens, Jena e Madison se encontram em circunstâncias ines...
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Depois do encantador momento com as crianças, todos se reuniram para assistir à peça de teatro que Madelyn havia organizado. A apresentação, destinada a desmistificar a origem do vírus e o funcionamento do mundo atual, tinha como objetivo aliviar a tensão. Para tornar o tema mais leve e acessível às crianças, Élio, Jena e Arom vestiram fantasias, arrancando risadas e aplausos do público.
Madison, sentada na primeira fila, não conseguia conter o riso ao ver Jena desempenhando seu papel com entusiasmo e charme. O brilho nos olhos de Jena e a energia contagiante de Élio, fantasiado de Peter Pan, trouxeram um alívio bem-vindo ao coração de todos. Arom, com sua presença forte e tranquilizadora, completava o trio, e sua atuação arrancava gargalhadas sinceras.
No meio da apresentação, Madison avistou Abigail se aproximando. Sua expressão carregada e triste destoava do ambiente animado. Preocupada, Madison chamou sua atenção com um gesto discreto.
— Está tudo bem, Abigail? — perguntou Madison, sua voz suave e carregada de preocupação.
Abigail hesitou por um momento, evitando o olhar direto de Madison. Com um esforço perceptível, ela respondeu:
— Estou — disse ela, com uma voz fraca e trêmula, que não conseguiu esconder a angústia que a consumia por dentro.
Madison franziu a testa, incapaz de ignorar a evidente perturbação de Abigail. O contraste entre a atmosfera alegre da apresentação e a tristeza que emanava de Abigail criou uma dissonância inquietante no coração de Madison.
Ela sabia que algo estava errado, algo que exigia sua atenção e cuidado. Mesmo enquanto as risadas continuavam a ecoar ao redor, a preocupação por Abigail se instalou no fundo de sua mente, não permitindo que ela desfrutasse plenamente do momento de leveza proporcionado pelo teatro.
Após o teatro terminar, Jena correu ansiosa em direção a Madison. Avistando-a ao longe, Jena não conteve a empolgação e a abraçou com força, um sorriso radiante iluminando seu rosto.
— O que você achou da minha atuação? — perguntou Jena, a expectativa evidente em seus olhos.
— Foi melhor que a do Arom — respondeu Madison, rindo. — Ele parecia mais perdido do que qualquer coisa.
Jena riu junto, o som ecoando como música para Madison.
— O que você vai fazer agora?
— Vou conversar com a Abigail. Ela parecia um pouco distante da realidade hoje. Depois, talvez, a gente se veja à noite.
— Tudo bem — respondeu Jena, um brilho de compreensão nos olhos.
Madison então se dirigiu ao quarto que dividia com Abigail. Como esperado, encontrou Abigail deitada na cama, em silêncio, envolta em seus próprios pensamentos.
— Quer conversar? — perguntou Madison, sentando-se ao lado dela.
Abigail permaneceu em silêncio por um momento antes de responder.
