— Banks, eu quero te soltar, juro que quero, mas preciso me certificar de que não vou levar outro soco - ela olha pra mim com dificuldade.
— Tudo bem, não vou fazer nada
— Vou confiar em você - uma péssima ideia dizer que vai confiar em um Torrence, solto a corda e estendo a mão para ajuda-la a levantar, ela me encara com desconfiança e depois se levanta sozinha. — Sempre te admirei, você não é como a Fane, não é uma criança medrosa - ela cerra os olhos.
— Não preciso da sua admiração
— Você não precisa de nada não é? - pergunto observando-a. — O que há entre você e Kai? - ela ri sarcasticamente.
— Então você é uma das mulheres de Kai, é isso? - Kai é o cavaleiro mais paciente, mas ainda sim não faz meu tipo.
— Deixo o cargo pra você, prefiro os problemáticos - ela ergue as sobrancelhas.
— E você acha que Kai é normal?
— Apenas acho que Kai não é como o seu irmão - ela me encara com os olhos arregalados.
— Meu irmão? Não sei do que está falado - Damon e Gabriel escondem Banks, como se ela não fosse da família.
— Você se parece com ele - me sento a um banco enquanto ela se vira para arrumar o depósito.
— Não sei do que está falando - ela repete.
— Por que eles te escondem? Tipo, só quero dizer que eu jamais esconderia uma preciosidade como você - ela me olha outra vez. — Sabe como é difícil encontrar mulheres fortes como você? Você é bem mais do que pensa Banks - digo me levantando.
— Do que está falando? - me aproximo dela colando suas costas a parede.
— Só estou dizendo - me aproximo de seu ouvido. — Que Damon tem muita sorte em ter você - suspiro ainda próxima em seu ouvido. — eu daria tudo por você - me afasto e olho em seus olhos, ela lambe os lábios enquanto sua respiração se altera. — Posso te tirar das mãos do Kai - olho para seus lábios e me afasto. — Nunca fui sua inimiga Banks - sorrio e saio do depósito.
Damon não será o único a receber uma visita, Trevor também vai se lembrar de mim, mas não agora.
6 anos atrás...
Não sou católica, mas venho a catedral as sextas, gosto de estar aqui, e infelizmente Kai de Damon também.
Ouço as portas da igreja se abrindo e me viro para olhar, Torrance e Mori, o boato é que Damon come algumas coroinhas nas cabines de confissão, isso faz mais sentido do que ele se confessar.
Os dois passam reto pela missa e vão direto as cabines de confissão, Damon não me enxergou aqui, mas não estou fugindo dele de qualquer forma.
Após alguns minutos de missa me levanto para ir até o toalhete, entro e vejo apenas uma cabine ocupada.
Entro na cabine livre e faço minhas necessidades, assim que saio da cabine penso em ter visto uma silhueta grande perto da porta, olho outra vez e não enxergo nada.
Lavo minhas mãos a pia e depois as seco, me olho no espelho por segundos e vou em direção a porta, assim que estou saindo sinto uma mão enlaçar minha cintura e outra cobrir minha boca.
— Pensou que eu não iria vir atrás de você? - uma voz rouca e abafada diz, olho para trás e noto a mascara preta de Damon, desgraçado!. — Você vai aprender a se comportar - ele fecha a porta do banheiro e tranca com a chave, eu permaneço em silencio sem lutar. — O que ouve? Por que está quieta tão de repente? - ele pergunta debochando da situação.
Ainda me segurando ele me prensa na pia, estou de costas pra ele e de frente para o espelho, consigo vê-lo.
— Você vai gritar se eu tirar a mão de sua boca? - balanço a cabeça que não, não adianta gritar, está tendo uma missa, ninguém me ouvirá. — Não confio em você - ele tira a mão de meu rosto e espera minha reação.
— Está pretendendo fazer o que comigo? - pergunto em tom normal.
— Eu não pretendo, irei fazer - ele sussurra enquanto agarra meus peitos com força. — Eu vou foder você do jeitinho que você gosta - ele sorri e começa a se esfregar em mim, consigo sentir algo duro roçar em minha bunda, Damon é um babaca não um monstro.
— Não acho que seja uma das melhores ideias - sorrio e ele para de se movimentar e me encara, está confuso com minha calmaria.
— Cala boca - ele tampa minha boca e continua roçando em mim, sinto-me estremecer, sentindo seu peito colado as minhas costas, mas quando encaro o espelho me dou conta.
Mordo sua mão em um gesto desesperado, ele puxa ela com força e sai de sua guarda, aproveito o momento para empurra-lo para longe.
Sua mão está sangrando e ele me olhando com o diabo nos olhos, me mantenho em guarda enquanto ele se aproxima devagar.
— Eu vou acabar com você! - ele áspera irritado.
— Sua palavra vale uma aposta? - sorrio para me mostrar menos nervosa.
Prontos para uma luta corporal somos interrompidos pelo Kai arrombando a porta do banheiro.
— Que porra é essa?! Damon, temos que ir! - ele diz encarando nós dois em guarda de briga.
Assim que me viro para pegar meu colar que havia caído sinto mãos fortes me empurrarem, caio com o impulso e sou levantada por braços fortes.
Assim que me viro ainda presa ao seu agarre, Damon ri.
— Quem você pensa que é? Sua vadia! - ele rosna enquanto me ergue pelo pescoço, sinto uma ardência em meus pulmões e logo em seguida dor.
— Todo monstro tem seu pesadelo - rio e ele me ergue mais ainda, sinto lágrimas surgirem em meus olhos. — Eu serei o seu - gargalhei fazendo o mesmo me soltar.
Suas mãos me largaram em um impulso até o chão, minha cabeça latejou ao mesmo instante e a visão de repente ficou fraca.
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𝐋𝐢𝐥𝐢𝐭𝐡'𝐬 𝐫𝐞𝐮𝐧𝐢𝐨𝐧 { 𝘋𝘦𝘷𝘪𝘭𝘴 𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵
FanfictionSe os anjos caídos são os errados, por que eles estiveram no céu um dia?