Capítulo 18

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Ao entrar no quarto noto que não fiz uma boa escolha, já que o quarto é claro demais para quem quer se esconder e não ser pega.

Ao quarto, o único lugar a se esconder é dentro do armário, aonde julgo ter mais gente, pois as garotas que entraram aqui não estão mais visivelmente amostra.

Um minuto não é tempo de sobra para que eu saia daqui direto para outro lugar, e a coisa mais "esperta" a se fazer é entrar na droga desse guarda-roupas e esperar que alguns idiotas ignorem minha existência.

Caso não aconteça, ainda posso dizer que não quero fazer parte dessa brincadeira de merda.

Abro a porta do armário e noto três garotas dentro dele, nenhuma me parece muito feliz em me ver, mas entro, me espremendo entre seus corpos e tentando caber ao mínimo espaço que há entre nós.

— Quem diria, a esquisita Angel Russof estar em uma Devil's Night - uma delas sussurra alto para que eu escute.

— Não é por opção, pode apostar - ouço os risos das três garotas abafados, Damon me fez virar  a droga de uma piada.

— Eu aproveitaria a única chance de chegar perto do melhor cavaleiro, se fosse você - ergo as sobrancelhas e solto a espécie de um sorriso de desgosto ao ar.

— Damon aparentemente tem sido bem caridoso - ouço a porta do quarto se abrir, então finalmente as garotas se calam, me deixando em paz.

— Shi!! - uma sussurra, e então começa a se mover me espremendo cada vez mais para o canto, encaro a garota sem conseguir enxerga-la.

— Que merda está fazendo? - pergunto a ela que quase me empurra para a beirada do armário.

— Não quero que fique com o melhor lugar, e além do mais? Ninguém te escolheria - ao terminar de jogar suas palavras ácidas a porta do armário é aberta, a garota sorri de imediato, e as outras brilham os olhos, mas não consigo enxergar quem é daqui.

A pessoa permanece quieta, e noto que a garota fica confusa, elas ficam, então uma sai do armário e as outras seguem atrás.

Mas a brincadeira não é essa.

Quando a ultima garota sai a porta se fecha, e ouço a porta do quarto abrir e fechar, então tudo se torna em extremo silêncio outra vez.

Questiono se devo ou não sair do guarda-roupas, mas fico parada, apenas tendo certeza de que todas se foram.

Quando finalmente descido sair do armário, a porta se abre a minha frente e mãos fortes me puxam para fora do espaço em que me escondia.

Me sinto paralisada pelas mãos, e tento me soltar do agarre, enquanto tento ver quem é o babaca que me agarra.

Mas paraliso ainda mais ao ver Kai, me segurando firmemente, com um sorriso sádico ao rosto.

— Surpresa ao me ver? - ele sorri enquanto me analisa. 

— Não quero participar dessa brincadeira, me deixe em paz - digo ríspida enquanto vejo-o se aproximar cada vez mais. Meu peito sobe e desce conforme sinto-o seu olhar demasiado em mim.

— É uma pena - um corpo alto e forte pareia sobre minhas costas, me travando no lugar. Sinto-me estremecer por completa, assim ficando paralisada, como manda o jogo.

— O que você quer que eu diga para te manter paralisada? - a voz aguda sopra meu pescoço me fazendo arrepiar, o rosto se aproxima tanto que consigo vê-lo, é Will. — Ou o que quer que eu faça? - Kai sorri e se põe a minha frente, olho para cima, para conseguir seguir o caminho de seus olhos.

— Diga, anjo, o que quer? - minhas pernas vacilam quando as mãos grandes de Will descem até o meu quadril, e me puxam contra seu corpo.

Largo um pequeno suspiro, e noto Kai tão perto de meus lábios que posso sentir a quentura de sua proximidade. 

𝐋𝐢𝐥𝐢𝐭𝐡'𝐬 𝐫𝐞𝐮𝐧𝐢𝐨𝐧 { 𝘋𝘦𝘷𝘪𝘭𝘴 𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora