Capítulo 14

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6 anos atrás...

— Angel Russof? - sussurros por todos os cantos 

— Aquela é a Angel? - garotas me encaram com desprezo, os garotos riem, e, Damon? Bom, ele finge não ouvir nada enquanto puxa meu braço.

 — Eu vou ficar mal falada nessa droga, por sua causa - murmuro alto o suficiente para que ele ouça, e ouve mesmo, porque sorri.

— Você já não é mal falada? Deixa eu fazer uma perguntinha, quem é Kevin Castilho? - meu coração bate forte contra o peito como se quisesse sair. 

— Como sabe sobre o Kevin? - pergunto enquanto ele se enfia em uma sala escura e me leva junto.

— Ouvi dizer que ele terminou com você - ele ri. — Talvez tenha ouvido boatos sobre nós - franzo a testa e sinto meu estomago doer. 

— Nós? Nunca existiu nós - um riso, apenas isso para me fazer calar a boca. 

— Você tem certeza? - no meio do breu que esta sala está não consigo mais localizar Damon, nem mesmo ouvi-lo. 

— Droga, por que aqui é tão escuro? - uma corrente de ar gelada sopra minhas costas, fazendo-me arrepiar. 

— Tem mesmo certeza? - ele reforça sua pergunta enquanto tento distinguir de onde sua voz suave vem. — Tem certeza de que não temos nada? - algo gelado passa por minhas costas me fazendo virar para trás, breu. — Não temos nada Angel? - outra passada, dessa abaixo da minha coxa. 

— Droga, o que está fazendo? - nem noto quando minha voz sai tremula.

— Quem é Kevin? Ainda não me respondeu - suas mão apalpam minha bunda rapidamente, meu corpo estremece com suas brincadeiras. — Responda, Angel! - meus seios são agarrados com força mas logo deixados de lado, minha respiração está pesada com suas mãos em mim e me sinto ferver de tanto calor. 

— K-Kevin é meu namorado - ele ri de algum canto. — Era - sua risada para, e sinto um empurrão me jogar ao outro lado da sala, com as costas presas a parede. 

— Você não pode sair por ai com qualquer idiota que tente te comer - seu corpo se aproxima do meu fazendo minhas pernas vacilarem, sinto necessidade de protestar mas esqueço quando sua mão segura fortemente meu pescoço. — Você me ouviu? - sua respiração quente bate ao nódulo de minha orelha me dando a sensação de arrepios pelo corpo todo.

— Idiotas como você? Por exemplo? - ele ri enquanto sua mão livre encontra o tecido fino de minha saia, ele ultrapassa a peça e arranha minha pele com força.

— Idiotas como o Kevin, que nem protestou ao me ver intimida-lo - franzo rapidamente o cenho. Como assim Damon intimidou ele? 

— O que disse? - sua mão empurra meu rosto para o lado , deixando minha boca a centímetros da sua, encaro seus olhos sentindo minha respiração tão pesada quanto antes.

— Que o tal Kevin não te queria de verdade se não lutou por você - o pior de toda essa merda é ele estar completamente certo, e não sei se sinto raiva de Kevin ou de Damon.

— Cale essa boca - rosno quase contra seus lábios, que me chamam, me hipnotizam. 

— Ou o quê? Anjinho? - sinto mil borboletas despertarem em meu estomago quando sou prensada contra a parede gélida do quarto escuro, suas mãos me apalpam pelo corpo inteiro e sinto me estremecer quando sua boca toca meu pescoço. — Em? O que vai fazer? - suas unhas arranham a parte de trás da minhas costas me dando algum tipo de prazer. 

— Damon  - sussurro baixo.

— Shi - ele põe seu polegar ao centro da minha boca, então por impulso beijo seu dedo fazendo ele me encarar. Minha espinha inteira se arrepia só de olhar para seus olhos. — Vou devolver sua moto em breve - ele se afunda entre meu pescoço me soltando um gemido fraco. — Mas não espere ela inteira - sorrio quando ele me morde.

— Não espere que eu não vá revidar o golpe - uma de minhas mãos puxa o cabelo de sua nuca com força, e gemo outra vez quando ele se afasta. 

— Se você tiver coragem - ele sorri e vira de costas ofegante. A confusão me toma. Estou deixando Damon brincar comigo, porra!. — Vamos, quero te mostrar muito ainda - ele estende sua mão, mas evito ela e dou um passo a frente. 

— Então me mostre o caminho, eu sei andar sem um tutor - seus olhos me fuzilam, ele está puto.

— Se conseguir não fugir como um cão sem dono, eu lhe agradeço - minhas veias borbulham ódio nesse momento. Eu odeio Damon.

— Felizmente sou adestrada, não preciso de adestramento como você - rio, lembro-me de ter ouvido algo parecido quando estava presa ao porta malas. — Como Emory disse, posso cuidar disso se quiser - suas mão seguram meu braço com força e me empurram a parede, bato a cabeça. 

— Segura sua língua, porra! - sua mascara roça meu abdômen, ela está engatada em sua calça e sinto meu peito subir e descer com rapidez. 

— Ou o quê? Anjinho - rio sentindo-me por cima da situação, sua mão toca meu seio.

— Ou eu vou te comer, aqui, e agora, anjinho - ele aproxima tanto seu corpo que me sinto sufocada, mas não sei se é com o peso ou com as suas palavras. 

— Você jamais terá tamanho privilégio - ele ri e eu o desafio com os olhos.

— Você irá implorar pelo meu pau, e quando acontecer, eu vou te foder duro pra cacete - sinto-me molhada dentre as pernas e me odeio por isso, meu corpo reage com um pequeno estralo e ele ri. 

— Preferia morrer ao ser sua - tento empurrar ele que permanece duro como uma pedra. 

— Aposte para ver, anjinho - ele sorri e sai de cima de mim, meu peito sobe e desce de alivio. 

𝐋𝐢𝐥𝐢𝐭𝐡'𝐬 𝐫𝐞𝐮𝐧𝐢𝐨𝐧 { 𝘋𝘦𝘷𝘪𝘭𝘴 𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora