capítulo 1

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Lilith Scarlett

Eu tinha descobrido tudo, minha família era a porra de uma farsa.

E eu era ainda mais burra por acreditar que eu era "especial" uma doença rara.

Mais também era uma ótima desculpa, de sair dali por pelo menos um tempo.

Por toda minha vida, eu nunca sequer saí de casa.

— Lili...- minha mãe falou pelo apelido, ela parecia chateada.

— eu preciso sair mãe, por pelo menos um tempo.

Minha mãe suspirou, logo chamou meu pai.

— Cristhofer, ela quer sair.

Papai pegou a mão de minha mãe e eles saíram do meu quarto.

Me deixando confusa.

Saí do meu quarto indo ouvir o que eles falavam, eles estavam na sala.

— prometemos que ela iria poder sair com os 15 anos, ela já está com 16 Cris - murmurou minha mãe.

— estamos apenas protegendo ela Melanie, não vamos deixar ela sair!

— tudo bem...

Foi o bastante, o bastante pra decidir que eu ia sair dali.

Desci as escadas dando de cara com eles.

— eu quero sair - falei colocando a toca em minha cabeça, escondendo os chifres.

— filha.. - meu pai disse — é pro seu bem...

— me deixar aqui por 16 anos?! Esconder que você é a porra de um demônio e que minha mãe é uma assassina?? - dei uma pausa — por quanto tempo isso ia durar? Eu só quero liberdade, quero sair um pouco, quero estudar presencial e ter amigos!

Ele suspirou, colocou sua mão em seu bolso e tirou uma chave de lá.

— agora são 20:00, chegue às 00:00 Lilith.

Porra.

Eu iria sair dali, pela primeira vez...

— obrigada pai, obrigada mãe.

— divirta-se.

Sorri e peguei meu celular e bolsa, mandei mensagem para Mavis, minha melhor amiga virtual.

"Eu consegui!"

Abri a porta de casa sentindo o cheiro do asfalto, tinha árvores ali e várias casas ao lado.

Era lindo.

Eu me sentia livre.

Andei mais ainda, me certificando que não ia estar perdida, o caminho era calmo, não passava muitos carros por ali, mesmo que fosse na cidade.

Senti meu celular vibrar e peguei ele vendo uma ligação de Mavis, atendi logo.

matou seus pais pra sair de casa???

eu tive uma "discussão" com eles, e descobri umas coisas.

que coisas?

quando eu ver você te falo, vai que você é um velho de 80 anos - sorri.

haha, mais eai? Como é ser livre?

é ótimo, agora só falta fazer eles me colocarem pra estudar presencial.

que bom!

Ouvi um barulho na ligação, ficando confusa.

— o que foi isso Mavis?

meu gato derrubou um copo, deixa eu limpar rápido, mais não desliga!

ok.

Olhei em volta, era tudo muito soft. Lojas grandes e mercados a vista, prédios também.

Virei uma esquina mais calma, e escura também.

Ouvia música alta em todos os lugares, era normal pra um sábado a noite.

Até que escuto passos barulhentos atrás de mim, olho pra trás vendo um homem encapuzado.

Isso não seria bom, né?

Andei mais rápido, fazendo o indivíduo acelerar seus passos também.

Fiquei em desespero, minha respiração estava ofegante.

Desliguei a chamada com Mavis pronta para ligar pra polícia.

Só que ele andou mais rápido, me fazendo correr.

Ele correu mais ainda, conseguindo me segurar com força e me prender contra a parede.

Estava escuro, não vi o rosto dele mais ele viu o meu, sua mão segurou meu rosto com força.

Pude sentir sua respiração forte, até que ele me beija intensamente, sem meu consentimento.

Ele para o beijo, me deixando mais aterrorizada quando ele fala;

que bom que conseguiu sair Lilith, vou ter mais chance de fuder com você - falou saindo dali correndo.

Como ele sabia meu nome?

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Eu sinceramente, não gostei desse primeiro 💀

Desculpem qualquer erro ortográfico.

Obsessão (parte 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora