˙ . (⏳) ─── Jeong Sunmi
é secretamente apaixonada por
Ryu Sunjae desde que ele se
tornou seu salvador. E quando
finalmente decide confessar seus
sentimentos, é atingida por uma
realidade chocante: Sunjae
cometeu suicídio, exatamente no...
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Ano novo de 2024, Coreia do Sul 📍
O vento gelado soprava através do píer, cortando a pele de Sunmi e intensificando o vazio dentro dela. Cada passo que dava em direção à beira do lago parecia um passo para longe de qualquer resquício de esperança. O dia de Ano Novo deveria ser um novo começo, mas para ela, era apenas um lembrete cruel de tudo o que havia perdido.
Ela não tinha ninguém para amar. Sua família não a entendia, e nem sequer tentavam... A solidão era insuportável. Cada insulto dos seus colegas, cada risada cruel, cada momento de rejeição se acumulava em sua mente como uma pilha de pedras e estava pesando ali.
Sunmi se sentia inútil, invisível, uma falha. Não havia ninguém para defendê-la, ninguém para segurá-la quando caía. O mundo parecia um lugar frio e hostil, onde a escuridão era a única constante. Os piores momentos de sua vida a assombravam constantemente, como se fossem cenas de um filme triste que ela não conseguia desligar.
Uma lágrima escorreu.
─ Eu não quero morrer, mas também não quero viver assim... ─ ela fungou, sentindo uma dor no peito ─ Espero que um dia vocês possam me perdoar.
Os fogos de artifício começaram a explodir no céu, anunciando o início do novo ano que ela escolheu não enfrentar. No entanto, nem mesmo suas cores brilhantes conseguiam penetrar sua névoa de desespero. Com um suspiro profundo, ela deu o passo final e se lançou na água fria. O impacto foi brutal. A água gelada envolveu seu corpo como uma mortalha, roubando seu fôlego e a vontade de lutar. Ela afundou rapidamente, o peso da desistência puxando-a para baixo.
Enquanto afundava, flashes de sua vida passaram por sua mente. O sorriso caloroso do pai, os pequenos momentos felizes que teve com sua família adotiva, as brincadeiras despreocupadas da infância antes que tudo desse errado.
E então, as memórias dolorosas: o dia em que seu pai foi levado, os rostos cruéis dos colegas da escola, a solidão esmagadora. Em meio a tudo isso, uma sensação de arrependimento a atingiu. Ela não queria mais morrer. Mas era tarde demais, o cansaço e a água nos pulmões a arrastavam para a escuridão.
Talvez aquilo fosse o certo. Ela aceitou que era o melhor para todos.
De repente, alguém apareceu, nadando em sua direção com uma determinação feroz. Ele cortava a água como um nadador experiente. Ela tentou lutar e nadar até ele, mesmo sem experiência, porém suas forças a abandonaram. A escuridão a envolveu completamente e ela fechou os olhos, se entregando.
Todavia, ela sentiu levemente um contato com seu braço e um corpo forte a puxando de encontro a ele, mas a consciência a abandonou antes que pudesse se agarrar a ele.
Sunmi logo foi puxada para a superfície e colocada sobre o frio do píer contra seu corpo. Estava inconsciente quando o seu salvador começou a reanimá-la, realizando compressões torácicas. Finalmente, durante uma das compressões, o ar preencheu seus pulmões e ela acordou, vomitando água e ofegando por ar.
