˙ . (⏳) ─── Jeong Sunmi
é secretamente apaixonada por
Ryu Sunjae desde que ele se
tornou seu salvador. E quando
finalmente decide confessar seus
sentimentos, é atingida por uma
realidade chocante: Sunjae
cometeu suicídio, exatamente no...
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💌 J E O N G S U N M I 🌻 📍South of Korea, Jeju Island ☁ 18:02 p.m
O CORREDOR da escola parecia um túnel infinito de olhares e sussurros. Desde o primeiro ano, ser excluída e ser evitada pelos outros alunos se tornou minha rotina, no entanto hoje era o meu primeiro dia no último ano, e algo estava diferente. O burburinho parecia mais intenso, como se houvesse uma novidade que todos sabiam, menos eu.
Primeiro dia de aula ou amostra grátis do inferno? Vocês decidem.
Meus passos ecoavam nos azulejos frios, meu coração batia descompassado. Eu podia sentir o peso dos olhares queimando minha pele, deixando-me exposta e vulnerável.
A sensação era cruel.
Encontrei a minha sala rapidamente, sentindo uma mistura de enjoo e vertigem, eu mal coloquei os pés na escola e toda a energia negativa me atingiu em cheio. Os olhares, sorrisos maliciosos e os murmúrios cruéis.
Alguém acima de mim parecia estar brincando comigo. Era tão legal assim me fazer sofrer? Gerava entretenimento?
Me sentei na última cadeira da última fileira, próxima a janela. Assim que poderia passar a aula toda observando o jardim que ficava na frente da escola. Eu gostava da arquitetura daqui, mesmo que me trouxesse péssimas lembranças.
Tirei meus materiais da mochila e os coloquei sobre a mesa de forma organizada, já que sabia que a primeira aula seria de Literatura Coreana e o professor era exigente. Por ora, coloquei meu caderno de desenho sobre a mesa e comecei um rápido esboço de flores de cerejeiras no canto da folha.
Eu gostava da Primavera.
Ergui meus olhos no instante que Sunjae entrou na sala de aula pouco depois de mim, seu olhar parecendo buscar o meu mesmo que talvez ele nem soubesse que eu era desta turma. Ele tinha ido na coordenação em busca de todas as informações sobre sua turma, e eu também não imaginei que seria a mesma que a minha.
Mordi meu lábio inferior, nervosamente. Por um lado era ruim, por outro era bom. Se eu não fosse uma aluna constantemente perseguida por malucos, eu iria ficar feliz por fazer um amigo, mas não era nessa posição que eu me encontrava.
Nossos olhos se encontraram por um breve segundo antes que eu desviásse, fingindo interesse no meu desenho quase inexistente.
Percebi pela minha visão periférica que ele escolheu um assento do outro lado da sala, mas eu ainda podia sentir sua presença, como uma chama silenciosa que aquecia o ambiente ao redor dele. Por que ele estava sempre por perto? E por que meu coração batia mais rápido quando ele estava por perto?
Ele nem estava tão próximo, mas eu já me sentia eufórica só de saber que seus olhos estavam presos em mim. Apenas em mim.
O sino tocou, anunciando o início da aula. A porta se abriu com um leve rangido, e o professor de Literatura Coreana, Sr. Han, entrou na sala. Ele era um homem alto, de cabelos grisalhos cuidadosamente penteados para trás, usando óculos que deslizavam frequentemente até a ponta do nariz. Carregava uma pilha de livros em uma mão e um caderno de anotações na outra.
