Capítulo XVIII - A verdade para a raposa e o falcão

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Por Srta-Athena

Dois dias antes
Em algum lugar do país dos espíritos.
Mundo Ninja.

As noites pareciam ficar mais frias com o passar dos meses. O outono estava no seu último mês e aquilo fazia com que o falcão ficasse mais lento devido às mudas de roupas mais pesadas para manter a temperatura.

Depois de alguns meses viajando sua próxima parada era na vila Kaisen, um conjunto de pacatas pessoas que serviam a Sacerdotisa do país dos espíritos. Sasuke se perguntava se algo havia mudado depois de tantas estações que permaneceu longe dali — longe de Konoha e de seus velhos laços.

A figura da rosada era nítida em sua mente, da mesma forma que a de Naruto assombrava todas as memórias com o seu jeito espalhafatoso. Mesmo que não tivesse participado ativamente da batalha contra o exército fantasme o próprio mal que assolava aquele país, não teve como despistar a dupla de amigos, e, principalmente, do conflito de seus sentimentos por ambos. Enquanto Sakura demonstrava seu amor incondicionalmente, seu coração parecia não corresponder tão intensamente quando, em pequenos momentos, Naruto demonstrava seu interesse, ironicamente, comedido pela situação óbvia.

Sakura amava o Uchiha mais novo, e Sasuke não correspondia a aquele sentimento plenamente, enquanto Naruto ficava na plateia, sofrendo da mesma forma que o moreno. Quando o Uchiha teve coragem de ser franco com seu coração, depois que seus crimes foram perdoados — em partes —, a rosada já parecia apar do que estava acontecendo.

"Me perdoe, Sakura, eu não posso retribuir seus sentimentos"

"Por que eles nunca foram meus não e verdade?"

O olhar magoado dela ficaria cravado em seu coração com ferro quente. Uma decepção que ele poderia ter evitado se tivesse sido Franco consigo mesmo, contudo, o que ele teria feito, se estava cego pelo ódio que sentia pelo irmão, incapaz de amar alguém. Incapaz de perceber que estava apaixonado pelo herói do mundo ninja.

Sasuke suspirou, afastando aqueles sentimentos, focando no percurso que estava seguindo há quatro dias ininterruptos. Tinha parado duas vezes para descansar as pernas, mas não conseguia dormir por mais que tentasse, estava inquieto, como se algo o estivesse mandando seguir em frente e ele prontamente estava obedecendo, como um perfeito curioso que era — mas também como alguém que não deixaria mais seus sentimentos de lado tão facilmente, até mesmo a intuição mais absurda ele estava cogitando fervorosamente.

Viajar pelo mundo ninja se tornou sua redenção por tudo que tinha feito, tal como Naruto que, naquele momento, estava em seu momento mais memorável como ninja e como pessoa.

— O que Sakura estaria fazendo, as vezes me pergunto isso — sussurrou para o vento, caminhando calmamente pela floresta, rumo ao ponto brilhante no que parecia ser a saída daquele emaranhado verde.

Talvez fosse egoísmo da sua parte pensar no que ela estaria fazendo. Sakura era uma mulher maravilhosa, independente dos sentimentos que tinha a seu respeito, foi capaz na guerra, era inabalável em qualquer coisa que ela fazia, entretanto, nem ele é nem Naruto conseguiram expressar aquilo em palavras e isso era o pior pecado de ambos.

O amor que a raposa é o falcão sentiam era recíproco, ambos sabiam bem tudo a respeito um do outro, trocavam cartas todas as vezes, sendo momentos íntimos ou  relacionado ao que era encontrado pela viagem, eles nunca se desgrudaram ou ficaram 2 semanas sem trocar palavras sinceras. Todavia, ambos deixaram a cerejeira em seu canto, desabrochar, ficar com os galhos cheios de folhas verdes, frutos e, por fim, secar duramente no inverno. Eles eram um time, porém, a Haruno parecia negligenciada, por ambos.

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