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TAEHYUNG POV

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TAEHYUNG POV

Eu havia a deixado em seu apartamento e subido o mais rápido possível, tentando organizar meus pensamentos e em uma batalha de consciência, eu me sentia dividido entre voltar a sua porta e dizer tudo o que queria e em ficar quieto e esconder tudo, no fim escolhi a última. Eu não podia arriscar-me a prrguntar e depois acabar tomando em pé, porque o clima ficaria estranho novamente.

Me sentia um merda de um stalker, por ter descobrido através de Jungkook onde ela estaria e um amigo de bosta ter o convencido a ir junto comigo nessa missão meio esquisita.

Pois eu precisava me redimir.

Desde que a dona do meu colar voltou a minha vida, eu simplesmente não consigo pensar em outra coisa a não ser ela.

Min Yie-Jin, você está me deixando louco.

Quando cheguei ao meu quarto, larguei as chaves do carro em cima da mesinha e a jaqueta na cadeira, sentei na cama tirando o passarinho de dentro da roupa, acariciando o pingente.

Sorri ao observá-lo, lembrando-me de suas palavras: "Você vai se curar, só precisa de tempo." Talvez Yie-Jin não tenha percebido o quanto aqueles minutos de conversa comigo significaram, superando muitas outras coisas em minha vida.

Ela não fazia ideia de como passei noites pensando em como ela estaria depois de tantos anos e se assim como eu, ela pensava no estranho que conheceu na ponte de Nakdong e se ele estava bem.

De alguma forma você, Yie-Jin, já ocupava o meu coração antes mesmo de vir para a cidade.

(...)

Acordei com uma dor lancinante no pescoço e o som insistente de batidas na porta. Era Suga, impaciente como sempre.

— Acorda logo cara, temos que trabalhar. — ele vociferou, sua voz ressoando pelos corredores como um alarme.

— Vai importunar a porra do seu pai! — gritei, agarrando meu travesseiro e tentando abafar o barulho ensurdecedor.

"Que desgraça", pensei, meu cérebro lentamente tentando processar a realidade do momento.

Eu havia acordado de mau-humor.

Arrastei-me para fora da cama, meus músculos protestando a cada movimento, e segui para a cozinha, os olhos ainda semicerrados pela claridade invasiva. Servi-me de uma xícara de café, agarrando a garrafa como um náufrago agarra uma boia, e me acomodei à mesa.

— Que horas você voltou? — perguntei a Jungkook, que emergiu do quarto parecendo tão sonolento quanto eu.

— Já era quase três da manhã. Eu e o Park nem vimos o tempo passar. — ele comentou, servindo-se de café e se juntando a mim à mesa — Quase me esqueci, você conseguiu perguntar para ela?

Através Do Seu Olhar | Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora