Crônicas do Espaço

Capítulo IV: Dicotomia

Pit é conduzido para uma instalação aos fundos do castelo, amarrado com correntes de um metal estranho, amordaçado, vendado, com todos os seus dedos quebrados, seus ouvidos tapados e privado de utilizar qualquer órgão do sentido para escapar de seu cárcere, a Rainha da Noite Clara é a governante suprema das terras que nunca viram a luz, a cerca de 300 anos ela apareceu por essas terras em meio a praga das criaturas do subterrâneo que saíram de sua toca para atormentar o povo que morava naquela região, Clara apareceu subitamente como uma figura de liderança, sua força e carisma permitiram aos habitantes sobrevirem e se organizaram para um contra-ataque, eles elegeram ela como nova governante e lhe deram o título de Rainha da Noite, o que era inédito já que essa posição era herdada e não obtida por mérito, mas como Clara matou friamente a realeza incompetente daquele país nada mais justo do que ele usurpar seus status.

100 anos após a conquista do trono a cidade avançou em população, tecnologia e poder militar, e durante esses 100 anos um novo castelo foi erguido para saudar a nova líder, uma estrutura enorme, feita com o as rochas que refletiam apenas 0,1% de luz, revestida do metal de Aatorato com uma boa resistência, mas não maior que o metal de Amianto que era raríssimo e só era usado para as armaduras dos soldados da elite. Clara renomeou aquelas terras como Oblivia, e em seguida teve seu segundo desafio, resolver o maior impasse daquele povo, o planeta onde eles vivem está em uma zona muito propícia a desenvolver a vida, mas esse planeta não tem o movimento de rotação (ele não dá a volta por seu próprio eixo) , o que significa que em uma metade do planeta é uma noite eterna e a outra metade é um deserto escaldante com um sol que brilha o ano inteiro, o que fez a vida nesse lugar se desenvolver de forma peculiar, os dois povos tanto o da Luz quanto o da Trevas vieram de um mesmo ancestral que se desenvolveu em uma faixa do planeta chamada de Transicional, essa faixa é bem curta mas dependendo do ano ela recebe tanto a noite quanto o dia, o que permitiu o desenvolvimento de nascentes de água que logo se espalharam pelo planeta inteiro, não se tem relatos dessa espécie ancestral, o que aconteceu é que ela evoluiu para se adaptar a os dois climas extremos, o problema de Clara é que essa faixa atualmente é controlada na maior parte pelo Imperador Luminoso Ishigami governante de Heliolita a outra civilização, o objetivo de Clara é dominar a faixa, mas essa missão é quase impossível, o povo das Trevas não aguenta uma luta no deserto e o povo da Luz não venceria o povo das Trevas na escuridão, a briga pela faixa acontece a muito tempo, mas foi interrompida por uns anos devido a invasão das criaturas do submundo, mas agora que esse problema foi controlado pela Rainha da Noite e com a aparição da criatura que pode desequilibrar o confronto o cenário está perfeito, Clara após prender a criatura chama sua criada mais leal, discípula do Clarismo e uma das guerreiras mais poderosas de seu povo: Débora a Sacerdotisa. E após isso ela dispara suas palavras para a pessoa que ela mais confia: "Nobre Débora, você se provou digna, esse é o maior tesouro de nosso povo aceite de bom grado", o presente que foi confiado a sacerdotisa foi a Espada da Penumbra, uma relíquia feita da Espada Dupla da Eterna Escuridão de Clara, a Espada dupla de Clara é um mistério até mesmo para ela, tudo que ela sabe sobre esse item é que ele a acompanha a pelo menos 400 anos e é por ele que ela consegue canalizar a maioria de seus poderes, a Espada da Penumbra é uma réplica mais fraca feita de Amianto puro, um dos principais investimentos de Clara quando ela ascendeu ao trono foi pesquisas militares e de tecnologias para conseguir uma maneira de conquistar o Império Luminoso, e Débora foi um de suas maiores conquistas, ela podia resistir a uma certa quantidade de luz, diferente de Clara que ficava a maior parte do tempo retida em seu castelo porque até mesmo a luz da pequena lua e das estrelas a enfraquecia, embora mesmo com a luz da lua e das estrelas a enfraquecendo ela ainda continuava soberana e imbatível em seus domínios, Débora passou por diversos rituais e foi oferecida para a Lua quando criança, o Deus daquele planeta concedeu bençãos para Débora porque via algo por trás dela, mas logo após isso ele desapareceu subitamente com a aparição da criatura que fora derrotada posteriormente por Pitágoras, Débora foi criada pela nobreza e foi a única poupada por dar uma luta "digna" a Clara, após provas de lealdade ela conseguiu a confiança da Rainha da Noite e agora a soberana das terras sombrias passa a maior missão: "Te entreguei esse tesouro por que você vai encarar sua missão mais difícil até o momento, dome a fera selvagem que está selada pelo meus poderes, assim como você ela é peça chave no meu plano para o futuro". Débora acata a ordem e adentra as catacumbas do castelo encontrando Pit em um estado deplorável, totalmente imóvel e passivo, parecia até morto...