Marisol
Cheguei em casa antes das seis, o almoço com Mia foi divertido com seu pai contando histórias vergonhosas sobre ela, sair de um lugar cheio de risadas e conversas para este cheio de solidão é meio traumatizante.
A casa estava vazia quando entrei, procurei Grey no quarto dele para o cumprimentar mas ele não estava então apenas me dirigi ao meu quarto tomei um banho e dormi.
[...]
Batidas grossas me acordaram do meu sonho com Miles, estávamos na mesma posição de mais cedo só que desta vez terminou com um beijo ardente em vez de Nico e Mia nos espirrarem com água.
— Sim? — minha voz sai rouca do sono e me sento esfregando os olhos. Veronica entra no quarto com um sorriso calmo.
— Boa noite senhorita, está na hora do jantar — grunho me jogando de volta na cama.
— Não quero comer agora — Lá se foi a minha tentativa de tentar seguir as regras da casa da família Diniz. Veronica comprime os lábios.
— Seu pai mandou chamá-la — diz tensamente.
— Diga a ele que não quero comer agora — Veronica me olha como se eu tivesse pedido a ela para fazer um acordo com o diabo, talvez eu tenha, suspiro e me levanto arranjando os fios rebeldes do meu cabelo com os dedos — Eu mesma direi, não se preocupe Vê. E ah, me chame de Marisol a partir de agora, não vou responder a "senhorita" — deixo ela para trás e desço as escadas ciente do meu visual nada adequado para o jantar.
Shorts de pijama e regata não fazem parte da estética da mesa de jantar da família Diniz.
Meu pai arregala os olhos quase engasgando em seu vinho quando me vê, Stella, Andressa e Grey me olham da mesma forma.
— O que falamos sobre como se vestir? — ele entoa me avaliando, cruzo os braços pronta para ser uma piralha birrenta, se ele não vai me tratar como uma filha, eu não vou agir como uma.
— Vim informar que não quero jantar, ou pelo menos não na mesa — digo erguendo a postura, meu pai massageia as têmporas.
— Esta casa tem regras Marisol. — ele diz autoritário, dou de ombros e ele olha para Andressa como se pedisse socorro.
— Marisol querida, todos nós gostaríamos de ter você aqui, por favor vá se vestir e venha se sentar connosco — nego e aponto para Stella.
— Ela não gosta de mim e tenho certeza absoluta que está feliz de eu não estar na mesa agora, além do mais, ela me chamou de bastarda — meu pai lança um olhar para Stella que nem mesmo eu gostaria de receber. — a menos que o senhor de um castigo a ela, não me sentarei à mesa nunca mais! — cruzo os braços e faço bico como uma garotinha mimada porque a partir de hoje pretendo agir assim, não vou facilitar a vida do meu pai, ele me abandonou — podemos dizer de passagem, por quinze anos, ele me tirou da minha tia e por mais que eu tenha prometido a mim mesmo e a minha tia ser uma boa garota, ele não tem sido um bom pai, não vou facilitar a vida dele.
— Ela está mentido! — Stella se defende.
— Não, não está — Grey me defende, a mãe lança um olhar para ele mas o pequeno sorri.
— Ele me empurrou contra o carro! — Stella queixa.
— Porque você disse que eu estraguei tudo com minha chegada e que eu sou bastarda!— queixo de volta, uma gritaria de acusações começa.
— Já chega! — pai bate na mesa silenciando a todos, pulo assustada e mordo as unhas, ele aponta para Stella — Festa de doze anos cancelada — todos arregalam os olhos, ele aponta para mim — Sente-se à mesa.