aviso importante: é aconselhável a discrição do leitor ao fazer a leitura do capítulo. Contém cenas e ações que podem causar gatilho. Se for muito desconfortável, por gentileza, descontinue a leitura e posteriormente, continue a leitura no capítulo 66.
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Os antigos cultivadores contavam que, ao atingir a êxtase da felicidade, um tipo de iluminação é alcançado. Tang Xiaowen não acreditava nisso e, por experiência própria, entendeu a verdade. Não era um tipo de iluminação divina que o içava a uma entidade superior; era, na verdade, uma iluminação sobre o ego[1] e o superego[2]. Então se perguntou: o que era aceitável nesse nível de felicidade?
Era a primeira vez ao sujar as mãos com a morte e, pareceu-lhe aceitável, desde que houvesse ódio suficiente. Em tempos de guerras, era inevitável e o estranho seria não matar e, ao se tratar de autodefesa, aprendeu com sua mãe a não hesitar para se salvar. Um riso involuntário escapou dos lábios.
"Foi a única coisa boa a me ensinar."
Felizmente, encontrou outra situação em que poderia matar sem remorso. Não sentia arrependimento algum, logo que Chen Jinhai era alguém que almejava destruir sua vida ao tomá-lo como um brinquedo sexual, uma ferramenta onde podia despejar a porra e um substituto para o irmão. Apesar de, não considerar isso uma justificativa para tirar uma vida aleatoriamente, sabia que, no futuro, isso lhe daria alguma vantagem psicológica e o tornaria assertivo ao tomar decisões.
Ele olhou para as próprias mãos. A sensação de enjôo não se dissipou, pelo contrário, amplificou-se ao ver a situação que se encontrava. Ele respirou profundamente e tirou um lenço do armazenamento espacial para começar a se limpar. De tempos em tempos olhava para o cadáver para conferir se ele estava realmente morto.
Quando terminou de se limpar, também trocou a roupa, para uma mais discreta, semelhante à de seu mestre e, nas mãos ele tinha um chicote dourado, o punhal era feito de couro trançado com rubis incrustados nele.
— Onde está indo meu pequeno?
O jovem cultivador travou. Aquele tom característico baixo, carregada por uma sutil raiva estava bem atrás dele. Podia sentir as mãos subirem pelos braços e a temperatura baixa daquele corpo o cercando contra a porta.
Tang Xiaowen era incapaz de se mover além dos olhos fixados na maçaneta da porta. Sabia que a única chance de escapar era abrir aquela porta e correr incansavelmente. No entanto, contra sua vontade, suas mãos e braços inúteis pareciam ser incapazes de se estender à sua vontade e alcançar uma distância mínima necessária.
— Meu irmão mais velho não deve ter lhe contado o que eu sou. — riu, sua voz sussurrando no ouvido do mais novo — Enquanto minhas cinzas estiverem seguras, minha grandiosa existência permanecerá. E esse cadáver que você matou, é apenas mais um dos imbecis aos quais eu consigo possuir e mudar suas aparências para a minha. Ah... devo dizer... há quanto tempo que não mantenho meu corpo espiritual... é bastante relaxante!
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Falhas Eternas - Vol. 02
Romance"- Venha comigo e dance. Beba vinho até que a lua e as estrelas fiquem bêbadas e abrace o sonho passado. Destrua toda a parede invisível que você criou. Venha comigo e beije-me!Traga-me seu desejo e permeie meu ser, visceral. Façamos um futuro junto...