Prólogo.

32 7 15
                                    

Gabrielle entrou na sala com um sorriso no rosto, pronta para uma noite tranquila assistindo a um filme com seu namorado. Ela se sentou no colo dele, mas logo percebeu que seu celular no bolso estava machucando sua coxa.

— Meu amor, você poderia tirar seu celular do bolso? Está me machucando — ela pediu educadamente.

— Claro, minha querida. — respondeu o namorado, estendendo a mão para pegar o celular.

Mas, ao invés do celular, ele tirou uma faca do bolso. Antes que Gabrielle pudesse reagir, ele a esfaqueou repetidas vezes. Ela caiu do colo dele, tentando desesperadamente defender-se.

O namorado olhou para o corpo sangrento de Gabrielle, sem expressão.

Enquanto Gabrielle caía no chão, ela olhou para o namorado com olhos arregalados.

- P-p-por quê?! - ela sussurrou, lutando para falar.

O namorado se aproximou, a faca ainda na mão.

— Você realmente acha que eu te amava? — ele disse com frieza. — Você era apenas um passatempo, Gabrielle. Nada mais.

Gabrielle pensou ter visto uma lágrima escorrendo dos olhos dele, mas logo pensou ser uma ilusão da sua mente.

Gabrielle sentiu uma dor insuportável enquanto seu mundo se despedaçava. Ela não conseguia entender como alguém que ela amava poderia fazer algo tão horrível.

— Por favor, não faça isso.. — ela implorou, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

O namorado sorriu friamente.

— Adeus, Gabrielle. Foi bom enquanto durou.

Gabrielle, mesmo machucada e debilitada começou rir, fazendo com que o namorado frança a testa em confusão.

— Ah, você acha que tem o controle? Que você já ganhou? — ela pergunta com uma máscara de dor e determinação em seu rosto.

— Você se esqueceu de uma coisa.. eu nunca sou só o que pareço.

Gabrielle sorri, revelando uma esperança secreta.

— Eu sou uma agente secreta do governo. Esse "relacionamento" foi apenas uma missão para coletar informações sobre você. O meu time está fora dessa casa, esperando meu sinal para invadir.

O namorado fica em estado de choque. Ele larga a faca, olhando para Gabrilele com medo e incerteza.

— Você está mentindo! Isso não pode ser verdade! — ele grita, se afastando dela.

Gabrielle sorri, revelando uma marca escondida em seu pulso.

— Oh, mas é verdade. E você acabou de se entregar, idiota. — ela diz, tentando manter-se consciente enquanto a dor a ataca.

Ao mesmo tempo, as portas da casa são arrombadas e uma equipe de agentes secretos invade o local, prendendo o namorado e prestando socorro a Gabrielle.

Enquanto ela é levada para fora da casa em uma maca, Gabrielle olha para o namorado com uma mistura de triunfo e tristeza.

— Você se aproveitou de mim, me usou e me jogou fora como se eu fosse nada. Mas eu te dou uma coisa, você não me subestimou. Eu sou mais do que uma agente, eu sou uma sobrevivente.

Gabrielle olha para a equipe de agentes ao seu redor.

— Nós nunca permitiremos que pessoas como você vençam. Nós estamos aqui para proteger o que é justo e bom.

Enquanto ela é levada para o carro, Gabrielle olha para o namorado pela última vez.

— Adeus, Henry Cortez. Você não é mais nada para mim.

As luzes do poste estavam fracas e piscando, de uma das ruas no final do bairro se ouvia uma música alta.

"You're mine
And we belong together
Yes, we belong together
For eternity"

...

Gabrielle: O Coração da Lei.Onde histórias criam vida. Descubra agora