Ele destruiu a minha vida.

9 5 12
                                    

Enquanto Marcus falava, a máquina de lavar ao lado deles continuava trabalhando, fazendo um barulho alto e constante. O ruído das roupas se movendo dentro da máquina e o som do água correndo eram o fundo sonoro da conversa.

A sala de lavanderia era pequena e escura, com pouca iluminação natural. A máquina de lavar estava no canto, encostada na parede. Ela era branca e quadrada, com uma pequena janela na parte superior onde era possível ver as roupas sendo lavadas.

O cheiro de sabão e água era forte na sala, misturando-se com o cheiro de suor das roupas. O ar era úmido e quente, fazendo com que Gabi e Marcus suassem.

Enquanto Marcus estava falando, o celular de Gabi tocou. Ela tirou o celular do bolso e olhou para a tela. Era uma ligação de Sarah.

— Desculpe, Marcus, preciso pegar essa ligação — disse Gabi, se afastando um pouco.

Marcus olhou para ela com uma expressão sombria, mas não disse nada.

Gabi atendeu a ligação.

— Oi, Sarah, tudo bem? — perguntou Gabi, com uma voz forçada.

Sarah começou a falar rapidamente sobre um problema no trabalho e pediu a ajuda de Gabi. Gabi ficou desconcertada e olhou para Marcus.

— Tudo bem, vou ajudá-la. Só me dá um minuto — disse Gabi, cobrindo o microfone do celular com a mão.
Marcus olhou para ela com ciúmes e perguntou:

— Oque ela quer agora, nessa hora? — perguntou Marcus, com uma voz um tanto acusatória.

Gabi olhou para ele com um misto de frustração e cansaço. Ela não tinha paciência para os ciúmes de Marcus nesse momento.

— Sarah é minha amiga, Marcus. Ela está com problemas no trabalho e precisa de ajuda — explicou Gabi, com uma voz calma.

— Eu não posso deixá-la sozinha nesse momento.

Marcus cruzou os braços e virou as costas para Gabi. Ele não queria demonstrar que estava com ciúmes, mas não conseguia esconder sua irritação.

— Tá bom, Gabi. Vá ajudar sua amiga — disse Marcus, sem olhar para ela.

Gabi suspirou e colocou o celular no ouvido.

Gabi agarrou suas chaves e saiu pela porta sem se explicar, deixando Marcus com uma cara de desconfiança. Ela foi até seu quarto e vestiu roupas mais formais, como se estivesse se preparando para um encontro importante.

Minutos depois, ela estava na casa de Kim, onde Sarah a esperava. Sarah parecia completamente louca, falando depressa e com os olhos arregalados.

— Gabi, Henry quer te ver — disse Sarah, sem preâmbulos.

Gabi ficou paralisada, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Henry era um homem com quem ela havia tido um breve relacionamento no passado, e que havia terminado de forma muito ruim.

— O que você está falando, Sarah? Por que Henry quer me ver? — perguntou Gabi, com uma voz trêmula.

Sarah respirou fundo e continuou:

— Ele está preso, Gabi. Relaxa, ele não vai te machucar. Um parente dele me contatou e disse que Henry quer que você vá visitá-lo na cadeia e que só você pode resolver o problema dele.

Gabi olhou para Sarah com uma expressão de medo e incerteza. Ela não sabia se deveria acreditar em Sarah ou não, mas a possibilidade de Henry estar preso a deixou com um nó na garganta.

— Eu não sei, Sarah. Eu não quero me envolver com Henry novamente. Ele já me machucou muito no passado — disse Gabi, com uma voz fraca.

Sarah pegou Gabi pelo braço e olhou nos olhos dela.

Gabrielle: O Coração da Lei.Onde histórias criam vida. Descubra agora