Capítulo VIII

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No dia seguinte, eu já tinha que acordar para escola de novo, como eu queria que os finais de semana durassem mais que dois dias.
De manhã, parecia que o horário passava  voando. Quando eu já estava um pouco mais consciente, eu já estava no carro quase chegando na escola.
Eu gostava da minha nova escola, era um ambiente legal, as pessoas eram legais, eu tenho amigos. Mas ninguém merece acordar às 6 horas da manhã para ir estudar morrendo de sono.
Meus primeiros horários de hoje eram de matemática, eu não precisava me preocupar muito já que era uma matéria que eu não tinha tanta dificuldade.
Me despedi de minha mãe, e segui pelos portões do meu grande terror de manhã, eu até preferia estudar à tarde, mas o ensino médio só estuda de manhã ou de noite, e eu não estava afim de ir estudar a noite.
Fui diretamente até a minha sala, não passei para cumprimentar o Arthur como de costume, pois ele estava sempre com o Gabriel, e eu não estava afim de ver os dois, vulgo o Gabriel, logo de manhã.
Fui me sentar e esperar a aula começar.
Enquanto nenhum professor chegava, Fernanda que estava em minha frente se vira para falar comigo

—Oie Luke! Bom dia!—Estava animada—Tem alguma novidade?

—Bom dia Fer! Acho que não tenho nenhuma novidade não, mas pelo jeito que você está animada você parece ter— Automaticamente ela concordou sorrindo— Conte tudo

—Como a gente tá na metade do ano já, você deve saber que nossa sala tá faltando gente né? Então, abriram vagas já, e hoje cedo, eu bem curiosa né, fui falar com o diretor e pelo visto vai ter duas alunas novas na nossa sala!

Automaticamente rio da situação

—Como você fica sabendo dessas coisas tão fácil?

—Ser amiga do diretor trás benefícios. Eu acho que as duas vão vir na escola hoje falar com o diretor, no recreio a gente pode ficar observando para ver se você conhece

—Porque eu conheceria? As duas são da minha escola antiga?

—Eu não sei, mas vai que são— ela sorri

Ficamos conversando mais um pouco sobre as novidades e sobre a expectativa de conhecer as novas alunas. A chegada de novas pessoas sempre traz uma certa curiosidade.
A professora de matemática chegou, e a aula começou. Eu me concentrei nos exercícios, que eram sobre equações quadráticas. A matéria fluía bem para mim, mas não pude deixar de notar que, de vez em quando, meus pensamentos voltaram para o final de semana passado, especialmente para os momentos com Arthur. Era estranho e confuso, mas de algum modo, também me fazia sentir bem.
O sinal para o intervalo tocou e Fernanda me chamou para ir com ela até a área comum, onde os alunos costumavam se reunir. Enquanto caminhávamos, meus olhos buscavam instintivamente por Arthur, mas não o vi. Provavelmente estava com seu grupo em algum lugar.

— Vamos ver se conseguimos descobrir quem são as novas alunas — disse Fernanda, com um sorriso travesso.

Concordei, meio distraído. Estava ansioso para ver se as novas alunas realmente trariam alguma mudança ou se eram apenas mais duas pessoas para preencher os assentos vazios.
Chegamos ao pátio e nos posicionamos estrategicamente perto da entrada do prédio administrativo, onde provavelmente elas teriam que passar para falar com o diretor. Havia um grupo de alunos lá, mas ninguém que eu reconhecesse como novo.

— Ei, Luke, olha ali! — Fernanda cutucou meu braço, apontando discretamente.

Olhei na direção que ela indicava e vi duas garotas que pareciam um pouco perdidas, tentando encontrar o caminho. Uma delas era alta, com cabelo claro e olhos verdes. A outra era um pouco mais baixa, com cabelo castanho cacheado e um ar de confiança.
Eu as conhecia, as duas eram da minha escola antiga, pro meu azar e para minha sorte, uma delas era a irmã do Arthur, a Nayara, e a outra era minha melhor amiga, a Laura.

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