capítulo III

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Me encontrei em um lugar totalmente Branco, não sabia o que estava acontecendo, abrir os olhos em um local que não fosse meu quarto era esquisito e desconfortável. Uma porta aparece em minha frente, eu a abro, vejo algumas memórias, Duas delas, as mais marcantes eram quando meu pai estava me ensinando a andar de skate e quando estávamos rindo muito e outra era eu e o Arthur na praia. Me aproximei das memórias e era como se eu estivesse realmente lá. Eu e meu pai estávamos nos preparando para andar de skate novamente, mas quando percebi, era o dia em que tudo aquilo tinha acontecido. Meu pai estava prestes a me ensinar a descer de um lugar íngreme para minha primeira competição de skate, ele me apoiava a todo momento e estava na minha frente quando eu precisar, porém, toda essa preocupação dele fez esquecer que estávamos descendo uma descida com uma estrada no final. meu pai estava na minha frente e acabou chegando primeiro na pista, um caminhão em alta velocidade o acertou, eu tentei não passar por aquele momento de novo, eu tentei o avisar, mas foi aí que percebi que era tudo um sonho. O sonho que se repetia sempre que alguma coisa acontecia em meu dia ou na semana. Achei que o sonho acabaria ali, vendo meu pai morrer novamente, mas, o sonho continuou, outra porta se abriu. eu estava chorando pela situação que havia acabado de acontecer, não estava muito atento com a nova porta porém vejo o Arthur, meu novo amigo nessa nova porta, junto com as memórias que tínhamos criado hoje/ontem, isso me fez feliz, por saber que o Arthur seria uma nova memória feliz em minha mente, assim como foi a do meu pai.
Acordei em meu quarto, pelo visto tinha acordado mais cedo que o normal, fiquei refletindo sobre esse sonho por alguns momentos. Rever a morte de meu pai todos os dias na minha mente era algo muito doloroso para mim, mas eu nunca cheguei a conversar sobre isso com minha mãe, eu era muito apegado a ele..
Levantei-me da cama e caminhei até a cozinha para tomar um copo de água, estava escuro, o sol não tinha nascido ainda, então era mais ou menos 4 horas da manhã. Enquanto voltava para meu quarto, naquele corredor que estava escuro comecei a pensar sobre o sonho.

"Qual o sentido daquele sonho? Bom, ele foi bem objetivo, provavelmente significa uma nova fase na minha vida. Essa mudança e essa conexão que tive com o Arthur logo de cara, é claramente uma nova fase, estou confuso, o que raios significa? O final vai ser ruim assim como o final do meu pai? Eu espero que não seja isso, de verdade mesmo."

Coloquei o uniforme da escola ainda pensativo, estava tudo uma confusão e eu estava com sono. Uma claridade no meu quarto aparece do nada, olhei para trás confuso, era minha mãe ligando a luz do quarto para me acordar.

—Acordou sozinho hoje, filho? Que ótimo. Vai para cozinha, já que acordou cedo vai dar tempo de comer o café da manhã. — Ela me olhava sorridente, como eu poderia acordar feliz igual a ela?

Apenas concordei, não estava afim de falar logo de manhã.
Terminei de colocar meu uniforme e fui pegar meu tênis, tinha duas opções, o all star preto, ou o all star vermelho, como o uniforme tinha detalhes em preto, escolhi o all star preto.
Finalmente fui à cozinha, minha mãe estava me esperando na mesa, me sentei  na cadeira ao lado dela.

— Dormiu bem, Luke?— Dizia ela com uma cara preocupada, será que ela havia percebido que estava pensativo?

— Dormi sim, mãe, e você? Dormiu bem?—Sorri para tentar tranquilizá-la

—Que bom, filho! Dormi bem também.— Minha mãe parecia ter se lembrado de alguma coisa e se levantou

Fiquei confuso, do nada ela levantou. Fingi não me importar muito e tomei café normalmente. Ela voltou com um copo de água e alguma coisa na mão, tinha esquecido que eu tinha que tomar remédio cedo.

—Já ia esquecer de novo né? Anda logo, pode tomar.— Ela me entregou o remédio e o copo da água

Coloquei o remédio na boca e engoli com ajuda da água, ela pareceu mais tranquila. Começamos a compartilhar alguns momentos antigos que tivemos, era uma conversa agradável que eu não queria que acabasse tão rápido. Infelizmente acabou, fui diretamente escovar os dentes, logo em seguida pegar minha mochila. Minha mãe já me esperava com a chave do carro na mão, fomos em direção ao carro, entramos, minha mãe ligou o carro e infelizmente ou felizmente estávamos indo em direção a escola.
Enquanto a estrada se estendia diante de nós, minha mente vagueava entre os eventos recentes. A conversa com Arthur, o sonho, e a rotina escolar, tudo se misturavam, formando um nó de pensamentos. Minha mãe dirigia em silêncio, e eu me perguntava se deveria compartilhar meus sentimentos com ela, cheguei a conclusão que não devia, provavelmente ela iria me entender, mas eu não queria preocupar ela logo cedo.
O som suave do rádio preenchia o carro enquanto nos aproximávamos da escola. Desviei o olhar para a janela, perdido em pensamentos sobre o que iria acontecer hoje. Minha mãe percebeu meu olhar fixo na paisagem e me cutucou de leve

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