Cap - 64

155 29 40
                                    


Depois de finalmente ter sido liberada da enfermaria, fui até a cozinha forrar o estômago que estava suplicando por algum alimento qualquer que seja. Eu não conseguia falar ainda mas conseguia ouvir claramente minha barriga roncar e certa vez até ouvir ela pedir um pedaço de bolo generoso, brincadeira, estou exagerando.

O conselho de Melissa viajava minha mente, ficava entre a certeza e a incerteza de talvez tentar reatar as coisas com Natasha. Sentia a falta dela como um cachorrinho sente da mãe, mas estava pensando muito em sua felicidade, ela pediu para sermos amigas, talvez porque esteja feliz com a nova namorada. Ficante? casinho? não sabemos, mas se desejou ser minha amiga deve ser porque não quer mais nada com essa querida jovem imatura e indecisa.

– Eu estive pensando.. – A voz de Sam surge do nada ao pé do ouvido me causando arrepios involuntários.

Dou um pulo e sinto minha garganta rasgando com o pequeno gritinho que acaba saindo sem querer.

– Calma. – Ele mostra as mãos me incentivando a ficar tranquila, corre seus olhos até meus braços e lança um olhar malicioso ao ver meus pêlos arrepiados. – Nós dois somos bissexuais, certo?

"antes de ser qualquer coisa sou um ser humano com reações involuntárias"

Apenas reviro os olhos e continuo depositando café na xícara. Sam me olha confuso pelo fato de eu ter ficado calada.

– Está me evitando? fiz algo? você viu meu último tuite? eu juro que não estava falando de você. – Ele se apressa ao meu lado que lentamente ando até a cadeira e me sento deixando minha xícara sob a mesa.

Antes que ele tenha um ataque do meu lado aciono edith que o avisa o que está acontecendo comigo.

Ela está brevemente sem voz, não totalmente sem, apenas evitando falar. Indicações médicas. – Edith informa.

– Ah, que susto, viu? achei que estava chateada.

Tem motivos? – Cacete as vezes acho que edith está ligada ao meu cérebro.

– Não. – Ele diz desconfiado. O Sam sabe de algo.

Escrevo no meu bracelete o que quero que edith fale e assim minha IA faz.

Sabe de algo? desembucha, rápido.

– Não sei de nada, eu juro. – Sam levanta as duas mãos em sinal de redenção. Fito meus olhos desconfiados no chocolate voador e ele parece encurralado.

O que você sabe que eu não sei...

Firmo ainda mais meu olhar ameaçador e ele acaba falando. Não pela cara feia que fiz mais sim por não aguentar segurar uma fofoca, ele é terrível.

– Então, deixa eu te contar. – Sam arruma a postura na cadeira se virando totalmente para mim segurando minhas mãos. – Natasha está de casinho com alguma garota do instituto careca.

Instituto Xavier. – Edith corrige.

Não mostrei espanto, mas confesso que aquilo me abalou. Não por ela estar com alguma mulher do orfanato carequinha, mas sim por ela realmente ter seguido em frente tão rápido. Tá vendo Sn como você está sobrando?

– Mas não é nada confirmado. – Esclarece. – Apenas ouvi uma conversa dias atrás e pensei que deveria te falar já que vocês estão juntas.

Para o maior fofoqueiro da torre, até que você foi bem incompetente dessa vez.

Sam faz uma careta após a fala da minha IA

– Da pra você calar a boca desse robozinho e me responder via mensagem, grato.

_Imagine S/n Stark_Onde histórias criam vida. Descubra agora