Torre dos VingadoresO caminho até a torre foi em total cantoria. Fiz meu pai cantar várias músicas e foi de cair o queixo quando ele soube "Toxic" da Brittaney, se bem que essa música deveria ser considerada um hino mundial.
Ao chegar no estacionamento, papai me olhou e em um gesto rápido ele encontrou minha mão na sua, ficou surpreso de início mas não demonstrou nenhum tipo de desconforto. Entramos na torre e ele permanecia com sua mão entrelaçada a minha.
Tudo estava calmo, silencioso. Diferente do que era com toda aquela gente gritando e rindo ao mesmo tempo. Rhodes passou por mim como um cavalo furioso não me olhou mas era como se estivesse me fuzilando com o olhar.
T: Não se preocupe com ele – Disse ao ver o modo como meu padrinho Rhodes me ignorou friamente
Sn: Não ligo. – Dei de ombros. Subimos as escadas e mesmo de longe, pela vidraça, era possível ver as pessoas dentro da sala. – Pai, eu..
E lá estava ela, com seu cabelo ruivo magnifico e sua jaqueta de couro. Natasha estava sentada do lado esquerdo da grande mesa gesticulando para o agente Ross. Do lado dela estava Visão (eu ainda odeio essa torradeira). Steve estava de pé com os braços cruzados e wanda sentada ao lado dele, ela o encarava enquanto ele também falava algo para Ross. Ao perceber que Natasha ia virar o rosto para o lugar onde eu e me pai caminhávamos, me escondi atrás dele rapidamente e corri para a sala mais próxima que havia ali. Papai ficou sem entender muita coisa e foi atrás de mim. No entanto, antes dele me alcançar, fecho a porta e me dou conta de que estou em um armário cheio de vassouras, estava na dispensa.
T: Ei, o que aconteceu? – Ele pergunta batendo na porta. – Saia do armário!
Sn: Eu já saí – Posso estar nervosa mas nunca perco a chance de fazer piada.
T: Não do armário gay, desse armário!
Sn: Ela tá na sala. Preciso de um tempo
T: Quanta frescura, Sn! – Ele diz inquieto. – É só uma mulher
Sn: Não é só UMA mulher. – Penso um pouco, tentando alinhar as ideias e saber como vou agir. – Me dê um tempinho.
T: Você vai ficar bem?
Sn: Vou sim! não se preocupe. – Respondo o mais calma possível
T: Eu te amo
Sn: Eu também te amo.
Ouço seus passos se afastando. Acho que não foi uma boa ideia vir depois de tudo, depois de ter terminado com Natasha e de nem ao menos ter certeza do que estou fazendo aqui. Quer dizer, eu tenho, participar da reunião. Peguei meu celular em uma rapidez desesperada e procurei o número de Mônica na lista.
M: Oi Oi, não me diga que está com a corda no pescoço. – Deu uma risada alta.
Sn: Você não deveria fazer esse tipo de piada por mais que eu ame – Repreendo com muita vontade de rir
M: Brincadeiras à parte. Como posso ajudar?
Sn: Estou na Torre..
M: Siga o que combinamos. – Diz sem muito rodeio
Sn: Não é tão fácil assim e eu acabei de ver ela – Digo – Eu quero resolver as coisas.
M: Eu entendo a sua agonia de resolver tudo desesperadamente, porém, me ouça. – Pausou e eu presto mais atenção. – Você não vai fazer nada extremo, você não vai puxar conversar.
Sn: Eu só quero saber se ela tá bem.
M: Esse deve ser seu único assunto com ela, apenas isso.
Antes de desligar ela me orienta sobre o que devo falar, como devo agir, assim como estudamos na sessão passada. Pego um pedaço de papel higiênico e anoto as palavras que Mônica diz e pego outro pedaço atrás da capinha do meu celular, o mesmo onde havia anotado coisas na sessão passada. Antes que fique estranho eu carrego uma caneta pra qualquer lugar, caso as ideias de projetos surgirem do nada.