— Oi meu amor, como estás?
— Estou bem, Rodolffo. E aí, conta essa marmota das fotos que andam por aí a circular.
— Tu não acreditaste, pois não? É só uma fã maluca.
— Não acho. Tem coelho nesse mato. Eu já vi essa mulher, mas não lembro onde.
— Sério? Achas que alguém armou isso.
— Desconfio. Ela não apareceu mais?
— Não, mas eu não tenho saído de casa.
— Porquê?
— Por causa de um trabalho.
— Se a voltares a ver dá-lhe corda para ver se descobres a mando de quem ela está a fazer isso.
— Juliette, não gosto dessas coisas.
— Vá lá. Eu preciso saber quem é que nos quer prejudicar. Eu vou aí amanhã. Vou ficar uns dias contigo, posso?
— Que pergunta tão tola. Claro que deves. Por mim não saías mais daqui.
— Olha que eu sou capaz de aceitar!
— Não tens coragem.
— Fia-te na virgem e não corras. Tenho uma notícia para ti.
— O que é?
— Amanhã conto. Tchau. Beijo, te amo.
— Também te amo. Beijo.
Nessa noite, Rodolffo resolveu sair para jantar. Já estava sentado e ia iniciar a refeição quando Rebeca entrou.
Mal o viu, dirigiu-se a ele.— Olha quem está aqui? Estás sózinha?
- Estou.
— Senta-te aí e faz-me companhia.
— Eu disse que não te ia incomodar mais.
— Mas não tem mal duas pessoas jantarem. Qual é o teu nome?
— Rebeca.
— Então, Rebeca faz-me companhia.
Jantaram e conversaram como se fossem amigos de longa data. Rodolffo tentava subtilmente saber mais sobre ela, mas reparou nos jogos de palavras dela para evitar responder.
— Podíamos ir beber um copo a algum lugar, Rodolffo.
— Só se for ao meu apartamento.
— Estás com medo de nos verem juntos?
— Não. Só quero estar à vontade.
— Então vamos.
— Vou pagar a conta. Espera aqui.
Rodolffo dirigiu-se ao balcão e enquanto pagava, fez um telefonema rápido.
Dirigiu-se de novo à mesa e saiu com Rebeca. Em pouco tempo estavam à porta do apartamento dele.
— Que lugar chic. Vives sózinho?
— Sim, mas neste momento não estamos sozinhos. Podes sair Márcio.
— Boa noite. Agente Márcio da polícia militar.
Márcio retirou um cartão do bolso que mostrou de longe a Rebeca.— O que se passa aquj, Rodolffo?
— Só quero saber quem está por trás das fotos de nós os dois que andam por aí a circular?
— Ninguém. Eu é que pedi para tirarem.
— Com que objectivo? Ninguém sózinho faz isso. Ou contas aqui ou na delegacia. Eu já apresentei uma queixa contra ti.
— Eu não posso ser presa. Tenho cadastro sujo.
— Então conta. E vou gravar tudo para que não possas desmentir. Começa.
Rodolffo e o "Marcio" nome fictício posicionaram o telemóvel para gravar.
Rebeca, completamente aterrorizada e temendo ser presa começou a falar.
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Simples questão de tempo
Fanfiction...sem pressa. Dar tempo ao tempo que é tempo de colher os frutos.