Os meses passaram rápidamente. Juliette teve uma gravidez bem tranquila sempre em casa de Rodolffo.
Voltou algumas vezes a sua casa para trabalho e visitar a família. Mainha tem andado de lá pra cá, mas agora que a netinha nasceu, ela vai ficar um tempo.
Leonor nasceu de parto normal no tempo certo. Rodolffo sempre acompanhou Juliette nas consultas e exames e como era expectável lá estava ele choroso na hora em que Leonor veio ao mundo.
Acabaram por se mudar para uma casa maior e com um jardim imenso onde dona Leia gosta de passar as horas cuidando das flores.
Juliette deixou a decoração do quarto da filha por conta de Rodolffo e só quis ver depois de pronto. Chorou imenso. O quarto ficou a coisa mais linda do mundo. Rodolffo sempre gostou de design e decoração e Juliette ouvia sempre a sua opinião quando queria este ou aquele artigo decorativo.
Alice acabou por se separar do companheiro que hoje colabora com outros influencers, já a ela, restou-lhe aceitar o emprego de balconista numa loja de roupas femininas.
Juliette tem sido muito sondada para campanhas de grandes marcas de roupa e outros artigos de bébé. Por agora tem recusado todos. Ainda não apresentou o bébé ao mundo e por hora não o quer fazer.
Fez alguns ensaios enquanto grávida, mas com a filha quer ser mais cautelosa.
— A nossa filha é bem fotogénica. Olha essa foto aqui, Juliette!
— Linda como a mãe dela.
— E é mesmo, não vou mentir. De mim só tem a boca.
Não me canso de tirar fotos de vocês as duas.— É, mas vem aqui agora que eu também quero fotos dos dois. Tira a camisa.
— Sem camisa?
— Sim. Coloca a Leonor só com fralda sobre o teu peito.
Depois de muitos clics, Juliette e Rodolffo foram analisar as fotos.
— Com estas fotos, duvido haver uma mulher que não quisesse um filho contigo. Estão muito bonitas.
O sol entrava pela janela e iluminava o quarto. Rodolffo estava encostado na cabeceira da cama com a filha no peito que entretanto adormecera, chamou-a para se juntar a eles.
Juliette sentou-se ao lado dele e logo foi abraçada. Deitou a cabeça no ombro dele e ficou alternando o olhar entre um e o outro. Posicionou a máquina e tirou uma selfie.
A seguir pousou a máquina e beijou-o. Um beijo que só não foi mais longe por ela ainda estar de resguardo.
— E pensar que há poucos meses fugias de mim.
— Arrependo-me muito dessa época. Fui infeliz e tu também.
— Mas reagiste e isso é que importa.
— Tive sorte por teres sido paciente.
— Eu sabia que o que era meu estava guardado. Como dizem os sábios, é só uma questão de tempo.
Juntaram as mãos com a da filha e trocaram vários beijos.
FIM
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Simples questão de tempo
Fanfiction...sem pressa. Dar tempo ao tempo que é tempo de colher os frutos.