Prólogo

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                        𝐌𝐈𝐋𝐋𝐄𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐁𝐄𝐑𝐓

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𝐌𝐈𝐋𝐋𝐄𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐁𝐄𝐑𝐓

Estou em uma festa da faculdade, tomando whiskey, que parece ser falsificado, embora os donos com certeza negariam.Por mais que eu goste de caloradas, eu já bebi muito e minha cabeça está começando a doer.
Tem um homem muito esquisito que não para de me encarar. Ele parece estar vindo em minha direção quando eu resolvo sair para procurar uma amiga que veio comigo.

Minha cabeça está latejando, droga de música alta. Eu procurei a Sophie, mas ela não quer ir em bora de jeito nenhum. Ela parece estar aproveitando bastante, diferente de mim.

Não me entenda errado, eu gosto de festas, mas estava cansada depois da semana de provas da faculdade de psicologia e precisava descansar.

Foi quando eu tomei uma das piores decisões de todas, decidir ir em bora sozinha. Rezei para que o homem estranho não me seguisse e fui até a saída. O prédio de dormitórios da faculdade não era longe, então decidi ir andando. Me arrependi no primeiro instante que vi o quanto a rua estava escura.
Não deveria me espantar, até porque está de madrugada, mas mesmo assim, eu não estou acostumada a andar naquela rua tão tarde.

Mas o que poderia acontecer? Era melhor ir e chegar no meu dormitório do que ficar naquela festa horrível. Comecei a andar pela rua e relaxei quando nada aconteceu. Talvez eu tenha exagerado um pouco nos documentários criminais que eu assisti.

Porém, no momento em que eu virei a esquina, meu corpo congelou.. completamente.
Eu nunca tinha visto nada como aquilo na minha vida e nem sei por onde começar a descrever.

Uma mulher, que aparentava ser dois anos mais velha do que eu, estava matando alguém. Na verdade, tinha acabado de matar alguém, porque eu tenho certeza de que não tem mais vida nesse corpo. Toda a bebida que eu tomei começou a revirar no meu estômago. Não tinha muito sangue espalhado pela rua, até porque a mulher misteriosa provavelmente não gostaria de ser pega pelas autoridades, mas o pavor nos olhos do cadáver já era suficiente para aterrorizar qualquer um.
A mulher tinha cabelos castanhos e seus olhos verdes estavam fixados nos meus. Não sei por quanto tempo fiquei paralisada, encarando ela, mas quando voltei a consciência, corri o mais rápido possível. Nem pensei em olhar para trás ou pedir ajuda, eu só corri, como nunca antes.

Cheguei no dormitório bem rápido e tranquei a porta e as janelas.
Tentei me convencer de que estava tudo bem, até porque eu estava bêbada. Pode ter sido tudo um furto da minha imaginação e amanhã tudo estaria bem. Fui direto para a cama, mas mesmo assim, só conseguia pensar naquela mulher e na sua pobre vítima.

Será que a pessoa morta tinha feito algo à garota?

Não conseguia pensar em uma resposta plausível. Na verdade, não conseguia pensar em nada. E mesmo assim, o rosto da mulher misteriosa que ficou me encarando continua em minha mente.

E eu fiquei pensando nela até pegar no sono. .

No dia seguinte, tinha aula, para minha tristeza.
Quem tinha inventado aula no sábado?
Os outros 5 dias da semana já não eram o suficiente?

Tenho certeza de que metade dos alunos vão faltar por causa da festa, mas eu precisava pegar alguns livros na biblioteca para estudar de qualquer jeito, então precisava ir.

Eu tomei um banho gelado para despertar, me arrumei e fui tomando café no caminho.
Eu ainda estava um pouco distraída com os acontecimentos da noite anterior, mas tentei ignorar ao máximo.

Entrei na faculdade correndo e esbarrei em uma garota sem querer. Antes que pudesse me desculpar, nossos olhos se encontraram e eu fiquei muito surpresa e aterrorizada.

Era a mulher misteriosa..
Merda, ela existe mesmo..
E ela me reconheceu..
Eu sei que ela me reconheceu, pude ver no olhar dela. Ela estava tão confusa e assustada quanto eu.

-Você está sempre correndo por aí, loirinha?- ela teve a audácia de perguntar com um sorriso sarcástico.

Se eu não estivesse morrendo de medo e de raiva pela falta de vergonha na cara dela, teria pensado que ela era uma mulher muito atraente..
Mais do que eu percebi ontem, no escuro.

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𝐑𝐞𝐝 𝐅𝐢𝐫𝐞 (𝐛𝐫)Onde histórias criam vida. Descubra agora