#3.II

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Kyle e Marco estão no dormitório arrumando uma mala pra passarem alguns dias na casa do Dylan.

— Vou jogar o lixo fora. — o loiro diz tirando uma sacola do banheiro.

— Tá bom, meu bem.

Ele sai do dormitório e desce as escadas, saindo pela porta da frente e a soltando, indo em direção as latas de lixo. Segundos depois ele escuta a porta bater com um barulho alto, então se vira estranhando.

— Eu nem empurrei...

Dentro do dormitório, Marco ouve passos até que eles param em frente a porta, fazendo sombra.

— Amor?

Sem resposta.

A sombra desaparece, então os passos ficam cada vez mais distantes.

Marco pega seu celular e manda mensagem pra todos os amigos.

Marco: Gente, tem alguém aqui.

Kyle sobe as escadas novamente, e antes de virar o corredor toma um golpe no rosto com um taco de beisebol.

— Ahh! — ele grunhi de dor sentindo o nariz latejar e sangrar, então cai no chão.

O loiro fica tonto por uns segundos e consegue ver o assassino em sua máscara sem rosto erguendo o taco pra lhe acertar mais uma vez, então arregala os olhos e coloca o braço na frente, tomando outra pancada que faz a dor subir por seus ossos.

— MARCO.

Ele empurra o taco pro lado e chuta a barriga do mascarado, conseguindo levantar.

— Sai!

Kyle desvia quando vê o taco indo em sua direção mais uma vez, então Puckguy tira uma faca da roupa.

— Hoje não! — Marco aparece com um extintor de incêndio e acerta nas costas do mascarado, que cai pra frente. — Vem, Kyle!

O loiro tenta passar, mas o mascarado raspa a faca na lateral de sua cintura.

— Filho da puta! — Marco o puxa pelos braços e o empurra pra parede. — Passa, amor!

Kyle passa atrás dele, então o assassino pega empulso com as mãos e levanta o pé, empurrando Marco e o fazendo cair por cima do parapeito até o térreo.

— MARCO.

— Ai...! Eu tô bem! Corre!

O loiro corre ao ver o assassino fazer menção de atacá-lo, entrando em seu dormitório e passando a tranca na porta. Puckguy olha pra baixo e não vê mais o Marco, então suspira e segue pelo corredor atrás do Kyle.

— Merda... — o loiro diz colocando a mão na ferida, se assustando com uma batida na porta. — Vai embora!

Várias outras batidas e chutes frenéticos são ouvidos, o que faz a porta se mexer. Kyle coloca uma cômoda na frente da porta bem na hora que o trinco quebra, segurando conforme o assassino tenta entrar a todo custo.

— Ei, cuzão! — Carrington aparece no corredor e atira, acertando de raspão na perna do assassino.

O mascarado corre e Carrington vai atrás.

— Amor, tá tudo bem, pode sair. — Marco diz chegando na porta.

Kyle tira a cômoda da frente e abre a porta, se jogando nos braços do namorado.

— Ai, Marco, eu fiquei com tanto medo!

— Tá tudo bem agora.

— E você? Como tá?

— Tenho quase certeza que torci o tornozelo na queda.

— E eu quase certeza que meu nariz está quebrado.

— E o seu corte?

— Não foi profundo...

Carrington volta colocando a arma no coldre.

— Ele sumiu. Vocês estão bem, garotos?

— Sim. Mas precisamos ir no pronto-socorro.

Dylan e Krystoff chegam correndo.

— Kyle! Marco!

— Estamos vivos.

— Graças a Deus...

— Obrigado, Carrington. Obrigado aos três por terem vindo o mais rápido possível.

— Não, com certeza. — o asiático diz. — Se depender de mim, ninguém mais vai morrer.


Eles entram na casa de Dylan, Kyle com o nariz imobilizado e Marco usando uma tala com muletas.

— Ai, até que enfim. — Lisa levanta.

— Que bom que vocês estão bem. — Maverick diz.

— Hoje esse desgraçado não venceu! — Nick diz.

Winston corre até eles.

— Desculpa! Kyle, Marco, a culpa é toda minha! — ele diz chorando. — É culpa minha que esse assassino está aqui querendo acabar com vocês. Eu nunca quis colocar ninguém em perigo.

— Não, Winston, para. — Kyle diz. — Não é culpa sua que esse desgraçado qualquer está querendo chamar atenção do seu tio. A culpa não é sua e nem dele.

— Mas pela minha relação com vocês, todos estão em perigo.

— Winston, você não fez esse assassino querer nos matar. — Marco diz. — Não te culpamos.

Os dois colocam a mão no ombro dele.

— Pessoal, vamos esquecer esse assunto. Quem tá com fome? — Kyle diz.

— A pizza já deve estar chegando. — Maverick diz. — Só pedimos quando vocês disseram que estavam saindo do hospital.

— Gente, então os quartos ficarão como? — Dylan pergunta. — Pode ser eu, o Krystoff, o Marco e o Kyle no nosso quarto. E aí Winston, Lisa, Maverick e Nick no quarto de hóspedes.

— A gente pode trazer meu colchão. — Winston diz fungando e secando as lágrimas.

Todos concordam.

Dylan olha pro casal mais velho.

— Não se preocupa com a gente, Dylan, ficamos bem no sofá. — Carrington diz. — Estamos passando por uma situação atípica, então alguém precisa fazer sacrifícios.

Uma moto buzina na frente da casa.

— Eu busco. — diz Maverick levantando.

— Então, ele tava usando um taco de beisebol? — Lisa pergunta.

— Pois é. — Marco responde. — O desgraçado me empurrou do primeiro andar, mas não era alto o suficiente pra me matar e deu chance pro Kyle correr. Burro. Ele tava muito enganado se achou que eu não ia proteger meu loiro com unhas e dentes.

Kyle abre um sorriso.

Continua...

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