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Na delegacia de Cambridge, Rob, que fora preso por espancar a ex-namorada, recebe a visita de seus pais.

— Eu não lembro de espancar a Sandra! Eu adorava ela.

— É claro que não lembra, você tava misturando ansiolítico com álcool. Meu filho, tem gente que mata alguém e não lembra nessas condições. — o pai dele fala.

— Acontece que eu não estou bebendo há três meses.

— Meu amor... — a mãe dele pega em suas mãos. — Não tem como negar, você estava bêbado.

— Gente, só tem suco de laranja na minha geladeira! Eu juro que eu não estava bebendo mais.

— Mas você espancou aquela moça e estava bêbado, e aí?

— Eu sei o que parece, mas eu não sou esse vagabundo que faria algo assim por vontade própria. Eu não deixaria a Sandra em coma assim, tudo o que eu queria era consertar as coisas com ela.

O rapaz suspira e coloca as mãos na cabeça.

— Nem sei como eu fiquei bêbado. E eu nunca fui violento, que coisa.

Depois foi a vez de Calum.

— Cal, por que você tá assim, cara? — Rob pergunta ao ver o amigo cabisbaixo.

— É porque eu fico triste te vendo nessa situação, é difícil.

— Você me viu bebendo?

— Duas ou três vezes...

— Mas como?! Eu não tinha mais bebida no meu dormitório e não estava saindo pra nenhum bar.

Calum dá de ombros.

— Se você me viu bebendo, né... Merda, não é possível que eu seja esse desgraçado que ia esquecer tudo depois. Eu tava sóbrio há meses!

— Rob, eu vou estar aqui pra você não importa o que acontecer.


No hospital Winston leva flores pra Sandra, que já recebeu flores, ursinhos e balões de melhoras dos outros amigos e das fraternas.

— Meu amor. — o asiático pega nas mãos da moça e faz carinho, sentindo algo inexplicável ao vê-la com vários hematomas e curativos. — Volta pra gente logo. Volta pra mim, eu tô sentindo tanto a sua falta, falta do seu sorriso lindo...

Ele morde o lábio ao que algumas lágrimas descem.

— Você está aqui há pouco tempo, mas todos sentem muito a sua falta.

Winston se inclina e deixa um beijo na testa da namorada, então sai do quarto.

— Tchau, Sr. e Sra. Billings. — ele se despede dos pais dela que estavam na porta.

O rapaz vai até a sala de espera onde estão todos os outros amigos.

— Ai, gente...

Ele abraça o Felix e chora, recebendo um carinho nas costas.

— Eu sinto uma coisa horrível vendo ela com todos aqueles curativos. É tão doloroso...

Todos os outros se aproximam mais pra dar uma força pro asiático.

— Eu entendo bem isso, quando o Krystoff ficou em coma depois do nosso acidente eu fiquei em frangalhos. — Dylan se manifesta.

— Ela vai ficar bem, Winston, e aquele imbecil vai ter uma lição da polícia. — Lisa diz.

— Ele vai se ferrar feio. — Nick diz.

— E é claro que nós estaremos lá quando o Rob receber a sentença. — Marco diz.

Psicose (Thriller)Onde histórias criam vida. Descubra agora