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Rob é levado pra sala do delegado.

- O que está acontecendo? - ele pergunta estranhandoz ganhando um tapinha nas costas de seu pai.

- Você vai ser solto, garoto.

- O quê? Como?

- Os pais da Sandra retiraram a queixa.

- Por quê?

- Por que ficou provado que você não bebeu por vontade própria. Álcool foi colocado em algo que você estava bebendo.

- Mas quem colocou álcool no que eu bebia?

- Filho. - a mãe de Rob pega nas mãos dele. - O Calum foi ameaçado. Eles fizeram ele fazer isso com você.

Rob sente uma raiva o invadir.

- Quem ameaçou o Calum?! Eu quero ver a cara desse desgraçado!

- Ele está morto, rapaz.

- Menos mal, assim eu não preciso matar ninguém.

- Rob!

Depois de resolvidas todas as burocracias, eles saem da delegacia e encontram um Calum nervoso roendo as unhas.

- Calum!

- Oi... - o indiano diz envergonhado enquanto Rob se aproxima. - Desculpa, eu não queria! Eu fui obrigado. Por favor, não me odeia.

Rob o dá um abraço forte.

- Eu não te odeio. Como eu poderia?

Ele sinaliza pra seus pais entrarem no carro primeiro.

- Como convenceram os pais da Sandra a me tirarem daqui?

- Foi o tio do Winston.

- Atual dela?

- Rob, ele era um dos assassinos que eu falei em uma das nossas visitas.

- Quê?

- Eu fazia parte do plano maquiavélico dele também. Eu saí com ele sem saber quem ele era e a gente transou, só que ele gravou tudo e ficou me chantageando.

- Ele o quê?!

Rob fecha as mãos com força.

- Isso aconteceu com você por culpa minha.

- Mas você não fez porque quis! Eu não posso te culpar quando você foi ameaçado de maneira tão torpe.

- Desculpa, desculpa... - ele encosta a cabeça no peito do amigo.

- Para de se desculpar, por favor. Por que o Winston queria que eu batesse na Sandra? Quer saber, não importa.

Calum o olha com os olhos cheios de água, mas o maior limpa com os dedos.

- Não precisa mais chorar.

- Eu me odeio tanto por não ter lutado e deixar isso acontecer com você. Eu te amo, Rob.

- Ah, eu também te amo.

- Não, Rob, eu te amo como homem. - Calum diz com um olhar diferente, coisa que Rob nunca viu, mas gostou de conhecer.

- Oh... Espera um minuto.

Rob manda seus pais embora, dizendo que vai jantar com eles mais tarde, então volta pro Calum e o puxa pro seu carro. Dentro do veículo, ele pega na mão do indiano e o dá um selinho longo, seguido de outros beijos em suas bochechas.

- Vamos voltar pro nosso dormitório. - Rob abre um sorriso, alisando a perna de Calum.

O mais baixo cora enquanto Rob dirige de volta pra Universidade de Boston.

Psicose (Thriller)Onde histórias criam vida. Descubra agora