Bad Bunny_Billie Eilish✔

14. Identidade revelada

Capítulo 14

"Identidade revelada"

Billie E.

Então era você? Todo esse tempo?

Billie E.

Você só queria rir de mim.

Billie E.

Me fez gostar de você para simplesmente me apunhalar.

Billie E.

Você conseguiu. Me afundou. Da pior maneira possível.

Billie E.

EU TE ODEIO

Foi tudo que Billie disse. Não posso culpá—la, eu cavei minha própria cova. Teria de entrar em algum momento.

Depois que saí da loja de discos sequer tive coragem de ir ao hotel. Tudo ficou para trás, segui direto para o aeroporto. Queria sumir, mas não tem como fugir sem passaporte. Então pedi para Seth levar tudo. Ele não havia ajudado Roxy, já que o mesmo ficou tão surpreso quanto o resto do mundo com a notícia de que era eu o rosto por trás do anônimo inimigo de Billie.

Já no aeroporto houve um alvoroço com a minha imagem, algumas pessoas me reconheceram e faziam perguntas. Precisei colocar um boné e óculos para tentar esconder um pouco o rosto, alguns funcionários do aeroporto me ajudaram me levando para uma sala segura até que o meu voo saisse.

Quando desci em Los Angeles segui para casa, mas parece que subestimei a fama de Black Sheep, o senhorio me expulsou com um cachorro sarnento. Sem direito a nada.

Deveria ter imaginado.

De algum modo sei que mereço isso.

Todo esse ódio, é apenas o reflexo do que fiz com Billie.

Segui para a única pessoa que confiava naquele momento, Elliot.

Lio me acolheu como sempre, confesso que isso foi até bom, tenho me aproximado mais do meu melhor amigo e conseguimos conversar sobre os últimos anos.

Também comecei a fazer terapia, que tem me ajudado a lidar do o hate e a ignorância das pessoas.

Antes tarde do que nunca.

O dono do antigo boliche me aceitou de volta e tenho ao menos uma renda.

Também estou longe do celular e qualquer rede social há pelo menos uma semana, ordens de Elliot, depois que tive uma crise de pânico fodida por ter recebido uma ameaça.

Nunca pensei que voltaria as crises novamente.

—Como se sente hoje, Alexa? –Ouço o homem com a voz suave e o encaro, estávamos nisso há semanas e não sentia que havia muita salvação para mim.

Depois de toda bomba explodir, o óbvio aconteceu.

Todos passaram a me odiar.

É a lei da semeadura.

—Não sei, me diga você, doutor. Algum avanço comigo? –O encaro e o homem ri fraco. Rahsan já estava acostumado a esse meu jeito cheio de ironias e sarcasmos. Segundo o mesmo era uma forma que eu tinha de lidar com as coisas.

—Considerando que você agora vem quase todos os dias, sim. Diria que estamos tendo grande avanço.

—Você mente mal. Sabe que só estou vindo por causa do Lio, né?

—Por falar nele, como está?

—Bem. Ele disse que o novo remédio dá menos sono... –Paro pensando no que o moreno tinha dito hoje cedo, como estava mais disposto e como isso me deixava feliz, não contenho um sorriso ao recordar.