A discussao

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Um mês se passa rapidamente, passo os meus dias cuidando do jardim, costurando meus próprios vestidos, conheci todos os criados da propriedade e também cavalheiro algumas vezes com Andrew.
Estou no jardim plantando narcisos quando o mordomo Jacob chega perto.
_ Milady, vossa graça a chama para ir a biblioteca, para lhe falar algo.
_ Ele disse o que era?
_ Não, apenas disse para ir até lá.
Aceno com a cabeça, porém pensando o que diabos ele quer falar comigo, será que ele arranjou um casamento com algum cavalheiro? O medo era palpável na me sinto pronta, meu luto recente, sinto falta todos os dias de meus pais.
O que me ajudou muito foi conhecer as crianças da vila próxima, comecei aos domingos indo a igreja com titia e aos poucos fazendo amizades, conheci o reverendo  Phillipe, um senhor idoso, que ajuda as crianças com menos condições, ele tinha uma pequena escola, me propus ajuda- lo  na pequena escola comunitária duas vezes na semana.
As crianças são maravilhosas, espertas e inteligentes aos poucos estou conseguindo ensinar eles.
Chego em frente a porta do escritório, coração acelerado e bato.
_ Entre.
_ Jacob disse que queria falar comigo.
_ Mauren, recebi uma carta da Escócia, é de seu tio Gregor. Pode levar a carta e ler sozinha, qualquer coisa estou aqui no escritório.
Pego a carta em mãos com o coração batendo rápido, aceno para Andrew e saio para o jardim com a carta em mãos. Sentada abro a carta que tem o mesmo selo do brasão da família de mamãe.
              
                      Querida sobrinha!
     Ah muito queria conversar com você, recebi a noticia do acidente
    Amava muito sua querida mãe, mesmo depois de tudo o que
    Aconteceu sempre nos falamos por cartas.
    Como está se sentindo?
    Queremos te conhecer, pedimos que venha para a Escócia
     Somos sua família, amamos você!
      Espero que considere meu pedido!

            Com carinho, seu tio Gregor.

Quando terminei de ler a carta percebi que meu rosto estava molhado, ninguém havia perguntado até agora como eu estava, mas meu tio mesmo longe perguntou.
Limpando meu rosto com as costas da minha mão, fui até o escritório novamente, bati na porta.
_Entre!
_ Vossa graça, eu quero ir para a Escócia morar com a família da minha mãe.
_ Mauren tem certeza? É longe daqui me preocupo com você.
_ Está tudo bem, eu quero ir.
Ele respirou fundo, e despejou uma bebida em um copo, tomou um gole e me olhou.
_Esta certo, quando você quer ir?
_o mais breve possível - falei entusiasmada demais, mas lembro me que logo terei de frequentar os salões, ir a bailes e chás e um possível casamento.
_Certo, então responda a carta a seu tio e vamos marcar sua viagem.
Saio o escritório quase dou um pulinho, mas me reprimi, por que encontro tia Valentine na sala.
_O que de tão bom aconteceu para você estar radiante?
_Tio Gregor respondeu a carta que enviei contando sobre o acidente.
Ela me olha com aquela cara dela de nojo de sempre e me estuda, olhando de cima a baixo.
_E o que ele disse?
_Para eu ir para a Escócia, então eu disse a Andrew que irei.
Ela bufa e diz:
_Espero que não se arrependa de sua decisão, pois eu já estava a fazer uma lista de pretendentes pra você, havia escolhido homens que não ligariam para seu corpo... Grande!
_Não se preocupe tia, me amo e me aceitou como sou,meu corpo não me impede de nada!
_Você que pensa, na sua idade eu já tinha Andrew...
_E ficou sozinha para cria-lo!
Ela arregalou seus olhos para mim, seu olhar amargo voltou.
_Você não sabe de nada.
_E nem a senhora sabe de mim!
_Chega! – estávamos tão focadas em nosso conflito que não vimos Andrew chegar na sala.
_Mauren suba para seus aposentos, comece a arrumar seus pertences, eu vou levar você até a estação.
Respiro fundo e subo para arrumar minhas coisas, pelo vou mais rápido que pensava embora.

Reviravoltas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora