Vamos para casa

127 18 0
                                    

Mauren se alimentou, a comida na mesa era farta, todos se sentavam a mesa, as crianças comiam muito bem, faltava apenas um pouco de etiqueta a Astrid, a menina com um pouco de ensinamento seria uma bela jovem.

Ela olhou mais e Olav era muito  parecido com o pai, maçãs fortes e protuberantes no rosto lhe davam um ar rústico, o menino também seria um belo rapaz.

Ela após o jantar iria dar uma olhada melhor no bebê, o pequeno teria por volta de um ano, mas ainda não andava, ela pensou em fazer como sua mãe fez com ela e seu irmão, fazer uma rotina, assim os três iriam saber o que fazer no dia a dia.

_ Crianças se já terminaram, vão para seus quartos! - exclamou o pai com uma carranca que arrancaria a alma de um inimigo, mas Mauren não se deixaria abater, ela aprendeu nesse tempo só que a coragem faz o guerreiro mais forte.

_Bom, senhorita Mauren como vê minha mãe a comprou, sou outra isso, a escravidão acabou, quero saber como venho parar aqui tão longe de sua terra e na aceito mentira, pois as farejo de longe.

_Filho, não fale assim com a moça. Ela está assustada inda, vamos dar um tempo para ela descansar...

_Nao, quanto mais cedo ela falar, melhor será, vamos comece.

Então ela suspirou e contou tudo, desde a morte de seus pais, o tratamento da tia, como conhecia seus parentes, seu casamento e a gravidez, então ela voltou seu olhar para encarar Frida boquiaberta e Bjorn com um olhar enigmático, então ele falou:

_ Amanhã você escreverá uma carta a sua família e enviaremos, enquanto isso você ensinara as crianças até que seu marido venha te buscar.

_Menina, você e muito forte, sabia que não me enganaria, até que seu marido não vem, ajude meus netos.

_ Certamente irei ajudar, é o mínimo que posso fazer vocês foram gentis comigo, até que Logan possa vir me buscar farei o meu melhor!

Com isso levantam- se e Frida mostra o quarto que ela ficará, a senhora daí do quarto e ela logo trata de trocar sua roupa, deita na cama e logo o sono a consome.

Traçar uma rotina as crianças foi mais fácil que ela imaginou, eles eram animados com novidades, receptivos quanto as lições e bagunceiros como toda criança de sua idades.

Os dias passaram rápido, ela mal via o senhor da casa, porém a tardinha ela tomava chá com a senhora Frida, que segundo ela aprendeu com seu falecido o costume da Inglaterra. De repente seu olhar ficou perdido e ela começou a falar.

_ Quando eu era jovem, fui capturada mas terras de meu pai por bandidos e vendida a um visconde, lá eu tive de trabalhar muito, lembro que qualquer coisa que fazia se fosse julgado errado, nós açoitavam, até que o velho visconde morreu e um primo distante assumiu o seu lugar, ele chegou era noite antes da data prevista, mas lembro o olhar dele para mim, casamos meses depois, virei uma viscondessa, ele não se importou se eu era de outro lugar, apenas me amou, quando ele morreu voltei para cá, Bjorn já era adulto, casou se aqui e formou sua família, deixou o título de seu pai, disse que ele se sentia melhor nessa terra.

_ A senhora sente falta da Inglaterra?

_ Não, apenas de meu marido, dele sim sinto falta, éramos companheiros, amigos e amantes, você sente isso com seu marido?

_Apesar das circunstâncias que conheci Logan, aos poucos eu percebi que o amava.

Mauren sentia saudades de seu amado, dos passeios até a vila dos trabalhadores e até mesmo de sua prima Davina, que com seu jeito maluquinho a fazia rir. Ela sorriu para ai mesma.

_ A saudade e nossa companheira, até que ele volte, minha querida, vamos nos satisfazer com as boas lembranças, pois a vida e feita de momentos, e o que levamos na velhice são as lembranças.

_Olha Mauren, achamos um sapo lá na lagoa. Rindo Olav vem com o bicho mas mãos.

_Solte isso Olav, sapos podem ter doenças.

Rindo o menino saiu correndo.

_ Essas crianças me divertem. - ela tocou sua barriga que agora tinha uma pequena protuberância já, seu bebê estava crescendo e ela na via a hora de ver se ele se pareceria com ela ou Logan

A noite chegou na mesa do jantar Bjorn chega com sua costumeira carranca a qual ela já se acostumou.

_ Tenho notícias amanhã chegará um navio.

O coração de Mauren pulou, ela sorriu na expectativa de talvez Logan estar nele.

_ Pela manhã vocês irão até a vila para comprar suprimentos, vá com minha mãe Mauren quero que compre roupas para as crianças, eles estão crescendo rápido.

_Certamente, nessa idade as roupas se vão rapidamente, comparei vestidos novos  para a Astrid e roupas para os meninos.

Na manhã seguinte , foram as lojas comparam tudo, porém aos sair ela se separou com a jovem Clara que conheceu no navio.

_ Clara? Pensei que não a veria mais.

_ Mauren, oh meu Deus.

As duas se abraçaram, Clara estava com roupas desgastadas, as mãos dela estavam com pequenos ferimentos.

_ Você foi comprada por alguém que a maltrata?

_ Ah minha querida, meu senhorio e um homem rude, a esposa dele e pior, sou castigada por qualquer coisa.

_ Falarei com senhora Frida, de alguma forma irei ajudar você.

Senhora Frida saiu de uma pequena loja e avistou Mauren com uma jovem pequena e franzina, logo ela entendeu pelo olhar de Mauren que a jovem estava sendo maltratada.

_ Por favor senhora Frida, a ajude, quando Logan vir ele lhe devolverá as moedas que usar para a compra de Clara, ela era uma freira e quando me for ela pode dar andamento a educação das crianças.

_Certo irei ajudar. Que os deuses me ajudem quando eu chegar em casa com mais uma mulher.

Não foi fácil a negociação para resgatar Clara, seu senhorio além de rude tinha um olhar cruel. Mas senhora Frida conseguiu.

Senhora Frida a deixaria no porto e levaria clara para sua casa.

Mauren estava ansiosa, ela aguardou o barco chegar, ela olhava e olhava até q apareceu uma embarcação, seu coração trovejou, o barco atracou, pessoas saíram, mulheres como ela também chegaram não havia mãos ninguém, ela estava saindo do local, quando ouviu:

_ Bella mia, que saudades, vamos para casa!

Reviravoltas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora