16 • Consequências e pontos finais

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ELISE

      Depois de tudo o que aconteceu, de tanto eu pedir e implorar, ele continua fazendo o que quer sem se importar com as consequências.
Meus olhos já estavam cheios d'agua e quando vejo que o cara morto no chão não era o pai dele, fico mais desnorteada ainda...
Mais que ele quando me viu.
Ligo para a emergência e peço para virem.
Dessa vez, não vou defender.
Ele teve chance...
Várias...
E não aproveitou.
Agora, eu tenho a obrigação de agir como policial.
Engulo o choro e respiro fundo.

- Elise... Eu... Eu posso explicar... - Ele tenta falar.

Sua voz estava trêmula.
Dava para perceber o pânico.
Eu finjo não ouvir e caminho em direção à ele.
Com fogo nos olhos.

- Amor... Eu vi o meu pai... Era ele... Eu tenho certeza... - Ele fala, se esquivando de mim.

- Me entrega a arma... - Eu falo, séria... Fria...

- Elise... - Ele me chama com voz de choro.

- A arma... - Eu falo, estendendo a mão.

Ele me entrega e percebo que era a minha arma.
Eu gelo.
Olho para ele com fúria nos olhos.
Toda raiva do mundo era pouco para descrever o que  eu estava sentindo naquele momento.
Respiro fundo sem falar nada e coloco a arma na cintura.
Viro ele de costas para a parede e puxo seus braços para trás.

- Elise, o que está faze... - Ele começa a falar, mas lhe interrompo.

- VOCÊ... Tem o direito de permanecer calado... Você está sendo preso por assassinar este homem...
- Eu falo, enquanto lhe algemo.

Tremendo.
Com meu coração em mil pedaços.
Com vontade de bater nele, mas de abraçar ao mesmo tempo.
Mas, não...
Dessa vez, não!

- Elise, por favor amor... Para com isso... Eu... - Lhe interrompo outra vez.

- Não me chama mais assim. Acabou. A partir de hoje, não somos mais nada... Acabou JungKook...
- Eu falo, me segurando para não chorar.

- Agora... Entra na viatura... - Eu falo, fazendo sinal para ele.

Ele faz cara de choro e abaixa a cabeça entrando.
Eu engulo a seco o nó que se formava na minha garganta.
Espero a ambulância chegar, eles levam o cara morto para o hospital e eu sigo com ele para a delegacia.
Já o pai dele... Conseguiu fugir...
De novo.
Chegamos na delegacia e entro com ele, lhe sentando na cadeira de frente para minha mesa.

- O que está acontecendo aqui? - O delegado Kim pergunta perplexo.

Eu não respondo.
Apenas abro o arquivo no computador para interroga-lo.

- Elise, por que ele está aqui? - Kim pergunta novamente.

- Eu estou apenas fazendo o meu trabalho. - Falo, olhando pelo canto dos olhos.

Namjoon se cala.
Olho para Jeon que estava com a cabeça baixa.

Olho para Jeon que estava com a cabeça baixa

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